20/05/2025
Estereotipias, ou o termo em inglês stimming, são comportamentos vocais ou motores repetitivos e restritos, que para entender sua função é necessário é preciso uma análise funcional e que são frequentemente observados em indivíduos com Transtornos do Espectro Autista (TEA) de forma particular e em outras condições neuropsiquiátricas. Ou seja, podem ser definidas como ações repetitivas ou ritualísticas vindas do movimento, da postura ou da fala.
Seu surgimento está frequentemente relacionado ao mau funcionamento do sistema de controle de conduta, impulsos e motivações no desempenho de algum movimento ou vocalização. Conforme a incidência, a qualidade dos episódios e a idade da criança, de uma forma ou de outra, as estereotipias comprometem o desenvolvimento motor, linguístico e as atividades físicas, sociais, emocionais, cognitivas e educativas.
Para Laznik (2011), as estereotipias são meios de descarga, manobras de evitamento e de defesa contra as lembranças ou percepções dolorosas provenientes do mundo exterior. Ou também podem ser respostas repetitivas que visam a auto estimulação para se auto regular.
É primordial que terapeutas e demais interlocutores compreendam as pistas multimodais, gestuais ou vocais, da linguagem das crianças autistas inseridas no contexto interativo, principalmente se os sinais semânticos forem voltados ao “não”, evitando uma possível desregulação emocional e/ou sensorial.