05/07/2022
Desde muito cedo, somos expostos a situações que nos fazem considerar respostas quase certeiras para hipóteses baseadas no " se...", "quando..."
A questão maior é que são respostas hipotéticas para experiências que nosso corpo não viveu e nem está vivenciando.
Nosso narcisismo se coloca a responder hipóteses com o nosso corpo experiências e lugares que outros corpos estão vivendo.
Como se fosse possível habitar o futuro!
"... ah se fosse meu filho...", "... quando eu for mãe...", "... assim tá errado! Tem que fazer desse jeito...", e por aí vai.
Mesmo que essas hipóteses não sejam reveladas em voz alta, elas permanecem como compromissos a serem cumpridos sem nenhuma flexibilização.
Essas hipóteses ganham um peso a mais caso em algum momento da vida isso tenha sido verbalizado. Quem ouviu suas palavras no tempo em que você era diferente do que é, pode te fazer sentir réu de sua própria vida.
Para não se estar nessas condições em seu próprio julgamento, muitas vezes a pessoa se coloca a dar conta daquilo que não cabe mais naquele momento, dar conta do que não faz mais sentido, seja pelo motivo que for.
O preço a ser pago pode ser muito alto, pode custar a saúde mental, relações socioafetivas, econômicas, a vida enfim.
Rever as imposições que foram feitas diante do desconhecido, negociar e renegociar quantas vezes forem necessárias e flexibilizar, são coisas altamente necessárias na manutenção da vida.
Faça o que for melhor para você naquele momento!
Peça ajuda, converse, se acolha!
Se perdoe por ter feito um pacto com o desconhecido e flexibilize como for melhor para você.
Leve com você apenas o que fizer sentido.
Busque apoio!
Bernadete Santos
Psicóloga
06/111433