07/12/2025
ENCONTRO DAS AMIGAS DA VIDA TODA
“Existem encontros que mudam a nossa história. O meu aconteceu quando eu tinha 16 anos.”
Lá atrás, quando eu dizia: “Vou fazer o meu colegial em Bauru e depois vou fazer a faculdade de Fonoaudiologia”, eu não imaginava o tamanho da história que estava começando.
Fui morar em um pensionato… e foi ali que encontrei minhas amigas da vida: Elisa, Glauce , Malu, Luciana, Luciane e um ano depois chegou a Emília.
O que era para ser apenas uma fase virou um laço eterno.
Moramos juntas no pensionato por alguns meses e depois montamos nossa própria república. E aquela casinha simples, de 1993 a 1997, virou palco de uma das histórias mais bonitas que já vivi.
Ali nós fomos tudo: jovens, imaturas, sonhadoras, cheias de planos e cheias de leveza.
Dividimos noites estudando, choros, risadas, crises, dúvidas, marmitas, boletos, sonhos enormes e uma coragem que só a juventude tem.
Construímos ali uma amizade que não era só amizade — era encontro de almas.
E o mais bonito é que 32 anos depois, essa irmandade continua intacta.
Hoje cada uma tem sua vida, sua família, sua carreira, seus desafios… mas quando nos encontramos, é como se o tempo voltasse. A conversa flui, o riso vem fácil, as lembranças saltam, e a sensação é sempre a mesma:
“Estamos em casa.”
Falamos de casamento, de filhos, de trabalho, da vida, das perdas, das vitórias, das dores e das alegrias… tudo com a mesma cumplicidade que começou na juventude.
E sempre que nos reunimos, eu percebo: algumas amizades não passam. Elas permanecem. Elas sustentam. Elas curam.
Este fim de semana foi o nosso encontro anual — aquele compromisso sagrado que fazemos questão de manter vivo.
Mais do que reencontrar amigas… é reencontrar uma parte de mim mesma.
Que venham as fotos, as gargalhadas, o vinho, as histórias repetidas (que sempre parecem novas) e o abraço que recarrega a alma.
Porque irmãs nem sempre nascem na mesma família.
Às vezes, a vida coloca no mesmo pensionato.
E essas minhas irmãs vão comigo para sempre.