27/11/2025
A maioria das pessoas acredita que, se treina algumas vezes por semana, está protegida. “Eu faço musculação”, “Eu corro”, “Eu caminho todos os dias”. Mas o coração não funciona por compensação. Ele sente não apenas o exercício — sente também as horas em que você ficou imóvel, sentado, sem circulação ativa.
Hoje sabemos que f**ar sentado por longos períodos aumenta o risco de insuficiência cardíaca, trombose, hipertensão e até morte prematura. E esse impacto acontece mesmo em pessoas que se exercitam regularmente. Isso surpreende muita gente, porque crescemos ouvindo que “atividade física salva”, mas quase ninguém fala sobre o que as horas de inatividade fazem no corpo.
Quando você passa 8, 9, 10 horas sentado, a circulação desacelera, a musculatura perde estímulo, a insulina trabalha pior e o coração precisa fazer mais força para manter tudo funcionando. O corpo interpreta essa imobilidade como um modo de alerta, ativando mecanismos inflamatórios que, aos poucos, se transformam em doença.
E o pior: esse sedentarismo não parece sedentarismo. Parece apenas “trabalhar no computador”, “resolver pendências”, “assistir algo”, ou “descansar no sofá”. Mas ele vai se somando, dia após dia.
A solução não exige mudanças drásticas. Caminhar 5 minutos a cada 1–2 horas, levantar para alongar, fazer pequenas pausadas entre reuniões, trabalhar parte do dia em pé, escolher subir escadas. Cada movimento “quebra” o ciclo de risco.
Seu treino é importante. Mas o que você faz entre um treino e outro pode ser ainda mais determinante para o seu coração.