21/12/2018
RASTREAMENTO DO CÂNCER DE MAMA E DO COLO DO ÚTERO
Saúde e bem estar
De acordo com os dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), teremos cerca de 57.120 casos novos de câncer de mama e 15.590 novos casos de câncer do colo do útero em 2014. O número de mortes por câncer de mama para este ano é estimado em 13.345. O câncer do colo do útero deve matar 5.160 brasileiras. Sua incidência é maior nas regiões norte e nordeste do Brasil. A doença é típica de países pobres ou em desenvolvimento.
Fatores de risco do câncer do colo do útero
Início da atividade sexual antes dos 18 anos de idade, pluralidade de parceiros se***is, tabagismo, higiene precária e uso prolongado de contraceptivos orais. Os vírus do tipo HPV (Papilomavirus Humano) desempenham papel importante na transformação das células cervicais em células cancerosas, particularmente o HPV 16 (50%) e o HPV 18 (20%). A transmissão do papilomavirus humano (HPV) está diretamente associada ao s**o desprotegico e a troca frequente de parceiros.
Prevenção do papanicolaou
O rastreamento através do exame do papanicolaou continua sendo o melhor método preventivo. A recomendação atual é que ela comece aos 25 anos. A coleta de material para o exame inclui amostras de células da região externa e interna do colo do útero. A eficácia do exame depende da observação de certos cuidados. A mulher deve evitar manter relações se***is, usar duchas, medicamentos va**nais ou anticoncepcionais locais nos dois dias anteriores ao exame.
Frequência do Exame
Um por ano, nos dois primeiros anos. Se ambos os resultados forem negativos para displasia ou neoplasia, o exame pode ser feito a cada dois anos. Ele deve ser feito por toda mulher sexualmente ativa, ou que já manteve relações se***is, depois dos 25 anos. A presença de distúrbios como menstruação muito longa, sangramentos va**nais no meio do ciclo ou depois de relações se***is pode exigir a frequência maior do exame, a critério medico. Dor e sangramento durante a relação sexual são os principais sintomas, quando o tumor já está em estágio invasivo de desenvolvimento.
Fatores de risco do Câncer de Mama
Estímulos endócrinos como o excesso de estrogênio em circulação no sangue, de origem orgânica ou provocado por exposição a fatores do meio ambiente – como a exposição a pesticidas, plásticos, poluição – aumentam o risco da doença, bem como a idade e herança genética. História de um parente de primeiro grau com câncer de mama antes dos 50 anos, por exemplo, pode indicar predisposição genética familiar associada à mutações em determinados genes. Mulheres que tiveram a primeira menstruação (menarca) precocemente (antes dos 12 anos) e entraram tardiamente na menopausa (depois dos 50 anos), também correm mais risco, assim como aquelas que engravidaram após os 30 anos, ou não tiveram filhos, e fizeram reposição hormonal na menopausa por mais de cinco anos.
Outros fatores de risco importantes são o consumo diário de bebida alcoólica, acima de 30 gramais (o equivalente a dois drinks de bebida destilada); o peso excessivo, especialmente após a menopausa e o sedentarismo. A atividade física e o aleitamento são considerados os principais fatores de proteção contra o câncer de mama.
Métodos de rastreamento
A melhor forma de prevenir o câncer de mama é cultivar hábitos saudáveis de vida, que inclua dieta pobre em alimentos gordurosos, atividade física regular, pouca ingestão de bebidas alcoólicas e nenhum cigarro. Outra forma de prevenção é o rastreamento e identificação da doença nas etapas iniciais, quando são seguras as chances de cura.
O autoexame, o exame clínico das mamas, feito por um profissional treinado e a mamografia periódica são os procedimentos recomendados para a detecção precoce da doença
Autoexame: como fazer
Os médicos recomendam o autoexame a partir dos 20 anos de idade . A periodicidade deve ser mensal e o ideal é fazer a palpação das mamas entre o quarto e sexto dias após o fim do fluxo menstrual. Mulheres que não menstruam devem fixar uma data para fazer a avaliação.
O autoexame não substitui o exame clínico de rotina, que deve ser feito a cada dois anos. Mas, a mulher pode descobrindo alterações em sua mama, fazendo o autoexame, o que contribui para a prevenção. A presença de um nódulo mamário não indica, obrigatoriamente, neoplasia maligna e as mamas nem sempre são iguais, advertem os médicos para evitar confusão na prática preventiva.
De acordo com os especialistas, as mulheres devem fazer a apalpação dos seios em frente ao espelho e deitadas ou durante o banho, observando o seguinte:
Em frente ao espelho: deformação ou alteração no formato das mamas, abaulamentos ou retrações e feridas ao redor do mamilo.
No banho ou deitada: presença de caroços nas mamas ou axilas, secreção nos mamilos.
Primeira mamografia
É o único exame capaz de detectar uma lesão cerca de cinco anos antes desta tornar-se palpável, ainda na fase de microcalcificação. O aperfeiçoamento das máquinas, obtido nos últimos anos, aumentou muito a confiabilidade das imagens registradas. Os mamógrafos digitais, mais recentes, calculam inclusive a densidade das glândulas mamárias para chegar a melhor imagem possível. O uso da mamografia, associado ao ultrassom, garante 97% de acerto nos diagnósticos de câncer de mama.
Os médicos recomendam a primeira mamografia entre 30 e 35 anos. Ela serve como base ou referência para comparações futuras. Por volta dessa idade começam a ocorrer as primeiras transformações hormonais no organismo feminino. A mamografia é importante ainda porque mulheres que trazem algum gene mutante, por herança genética, podem manifestar o câncer justamente nesta época da vida.
SOGESP - ASSOCIAÇÃO DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA DE SÃO PAULO