05/11/2025
No luto, existem dias de subida, onde a vida parece retomar seu fôlego e o futuro soa possível. E existem dias em que a saudade atua como essa cama elástica: ela nos puxa de volta com uma força que surpreende, não como falha, mas como um lembrete da profundidade do que foi perdido.
Precisamos de ambos os movimentos. O de olhar para a vida que continua e o de honrar a dor que fica. É um ritmo muitas vezes exaustivo, mas é o ritmo da cura. Tentar apenas ‘subir’ é negar a ferida; tentar apenas ‘ficar na dor’ é negar a vida.
Por isso, não se culpe pelas quedas. Elas não são um retrocesso. São a parte mais exaustiva, porém necessária, de um processo que não busca o esquecimento, mas a integração. É aprender a carregar o amor como parte da sua história.
Compreender o processo é o primeiro passo para atravessá-lo.
Artista: Yoann Bourgeois