24/05/2020
Estamos vivendo um contexto delicado, pois além de nossas histórias e dificuldades subjetivas, nos encontramos 'num misto de sentimentos de insegurança, ansiedade, tristezas, angústias, medos, dúvidas etc em relação às questões coletivas sobre a pandemia. É um tema amplo, que exige muita profundidade. É importante refletirmos sobre algumas questões: uma delas é a cautela que devemos ter quanto a intensidade que esse contexto apresenta, permitindo enfatizarmos e reconhecermos o que é bom, mas também nos colocando em contato mais direto com o sofrimento, intensificando sentimentos de impotência e vulnerabilidade. E a pergunta é: O que há de mal em nos sentirmos frágeis e nos conscientizarmos que não somos super heróis/heroínas? O fato é que a sociedade nos vende uma ideia de que temos sempre que dar conta, que ser produtivos e "fazer o impossível". Mas será que isso é possível o tempo todo? O que está realmente em nosso controle?
O sistema nos apresenta a ideia de que tudo tenha um prazo, desde um trabalho a entregar, uma meta a cumprir. "Time is money". Assim, quando aparece alguma situação que não temos controle e muito menos um prazo, como a pergunta "quando a pandemia irá acabar?", entramos novamente em contato com a consciência de que somos seres humanos: faltantes, imperfeitos, sensíveis, frágeis, impotentes. Podemos fazer o que está ao nosso alcance, o que nos é possível, mas com ressalvas, pois temos nossos limites.
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