21/03/2019
Você deixaria seu filho pequeno ir a pé até outro país?
Parece até um absurdo essa minha pergunta.
Mas é exatamente isso que você faz quando não supervisiona
e monitora o que ele acessa.
Ainda vejo muitos pais caindo no erro de não transferir os
cuidados que se tem na vida real para o acesso online.
Assim, como na vida real, existem perigos e pessoas mal intencionadas,
na internet há muito mais! E pessoas que entendem ainda de tráfego de informações,
algoritmos e meios de acesso.
Coisas que talvez você nem faça ideia que exista.
Incluindo, as facilidades de acesso que faz com que até um chimpanzé consiga
se conectar e assistir (sinto muito em lhe decepcionar, não é seu filho que é
tão esperto e sabe mexer em tudo e sim, os aparelhos que são elaborados
para que qualquer um consiga).
Atenção sempre, porque há muita persuasão disfarçada de conteúdo.
E não é porque seu filho é um nativo digital que significa que ele tem discernimento.
Na internet funciona assim: qualidade e liberdade são objetivos conflitantes
e na maioria da vezes não andam juntos.
E nossas crianças tem muito tempo livre diante da telinha e com certeza,
nem sempre estão vendo conteúdos de qualidade.
Cuidado!
Diálogo, orientação e monitoramento são papéis dos pais e dos adultos que cuidam da criança.
Não espere que ela vá a pé até outro país e volte ilesa. Isso é uma ilusão sua.
E na internet é assim que funciona: Ir a pé até outro país.
Em um outro post, vou comentar os estudos sobre dependência tecnológica,
empobrecimento da atenção e da habilidades sociais, só para te deixar mais
por dentro e te fazer pensar antes de liberar abertamente os celulares e tablets para seus filhos.
Pense bem sobre tudo isso!