25/11/2025
sou_psicologo_comuitorgulho
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As doenças psicossomáticas na pele revelam, de forma silenciosa, como o corpo fala quando a mente está sobrecarregada. A pele é o nosso maior órgão e, ao mesmo tempo, uma fronteira simbólica entre o que sentimos por dentro e o que mostramos ao mundo. É por isso que, quando emoções se acumulam sem espaço para serem elaboradas, elas frequentemente encontram na superfície cutânea uma forma de expressão.
Irritações recorrentes, crises de dermatite, psoríase agravada, urticárias que surgem “do nada” ou até mesmo a piora de acne em momentos de estresse não são apenas manifestações físicas. São pedidos de pausa. A psicanálise entende que aquilo que não encontra palavras muitas vezes busca caminhos no corpo, como se a pele tentasse traduzir, em linguagem própria, sentimentos de angústia, ansiedade, medo, exaustão ou conflitos internos não simbolizados.
Essas doenças não significam fraqueza. São sinais de sensibilidade, de que algo dentro precisa ser escutado com mais cuidado. O tratamento dermatológico é fundamental, mas muitas vezes ele só se completa quando caminhamos também pela via da psicoterapia, permitindo que a pessoa reconheça suas tensões, nomeie afetos e encontre formas menos dolorosas de lidar com o que a atravessa.
Cuidar da pele, nesses casos, é também cuidar da história emocional que ela carrega. É oferecer à mente e ao corpo um espaço seguro para descansar, reorganizar e transformar aquilo que antes se manifestava como dor. É o convite para olhar para si com mais gentileza, entendendo que cada marca, cada sintoma, pode ser uma oportunidade de escuta e de cura.