20/12/2021
Lidando com a Ansiedade na Perspectiva da ACT (Terapia de Aceitação e Compromisso)
Quando falamos em ansiedade, logo a associamos aos sintomas ruins que ela provoca: taquicardia, sudorese, sensação de aperto no peito, tremores, tonturas, sintomas gastrointestinais entre tantos outros.
Como o desconforto é muito grande, automaticamente nos implicamos em alguma ação com o objetivo de eliminar o mal estar... e é justamente aí que mora o problema, porque essas tentativas podem ter o efeito contrário: piorar ainda mais os sintomas.
Mas como reagir de outras maneiras?
1) Compreendendo como os sintomas de ansiedade agem em nosso corpo. Entender os processos fisiológicos nos ajuda a não temer as crises ( Apesar das sensações terríveis que ela provoca, estas não são perigosas e diminuem após atingir um pico).
2) Encarar os sintomas como pistas para desvendar o que não anda bem em nossa vida. Aqui entra a auto-observação, ou seja, analisar o que estava acontecendo antes da crise, ou seja, suas preocupações, dificuldades, mudanças, etc.
3) Aceitar o desconforto, no sentido não de se acomodar mas de acolher as sensações que vierem e lembrar que não são perigosas e assim como vieram irão embora. Aqui a ideia é tentar observar as reações do corpo sem se fundir a elas.
4) Agir apesar da ansiedade, ou seja, continuar realizando as atividades cotidianas, mesmo que de forma mais devagar, tentar não evitar situações, pessoas ou afazeres pelo medo dos sintomas.
Lembrando que estas estratégias são muito úteis mas não dispensam a ajuda profissional, o psicólogo é o profissional preparado para oferecer suporte nestes casos.
Por Psicóloga Fernanda Gôngora