30/10/2025
Um estudo multicêntrico conduzido na Alemanha identificou fatores-chave que aumentam o risco de demência após um acidente vascular cerebral (AVC), apontando especialmente para o papel do metabolismo e do colesterol “bom” (HDL-c) como alvos promissores para prevenção.
Entre maio de 2011 e janeiro de 2019, pesquisadores do Instituto de Pesquisa em AVC e Demência do Hospital Universitário LMU, em Munique, acompanharam 736 pacientes hospitalizados por AVC isquêmico ou hemorrágico, sem diagnóstico prévio de demência.
Com idade média de 68 anos e 33% de mulheres, os participantes passaram por avaliações clínicas, cardiometabólicas, neuropsicológicas e de neuroimagem ao longo de cinco anos.
Ao final do período, 55 pacientes desenvolveram demência pós-AVC, equivalente a uma incidência cumulativa de 8,8% em cinco anos.
O estudo identificou diversos fatores de risco: idade igual ou superior a 74 anos, maior gravidade do AVC no momento da admissão, comprometimento cognitivo na fase aguda, presença de diabetes, síndrome metabólica, níveis reduzidos de HDL-c e recorrência do AVC.
“Esses achados destacam a natureza multifatorial do risco de demência pós-AVC e reforçam que diferentes fatores têm importância variável ao longo do tempo”, comentam os autores.
A identificação de fatores modificáveis, como o metabolismo e o HDL-C, abre caminhos para estratégias preventivas direcionadas, que podem reduzir o impacto da demência em sobreviventes de AVC.
A prevenção da demência pós-AVC começa com a redução do risco do próprio AVC, por meio de hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, prática regular de exercícios físicos e controle de fatores metabólicos. O acompanhamento contínuo com um neurologista é essencial para monitorar a saúde cerebral e adotar estratégias personalizadas de prevenção.
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