03/12/2025
No post anterior, quando falei sobre a formatura da Helena, usei uma frase que mexe comigo: “filho é tempo visível.” E agora com a chegada de dezembro volta essa máxima que repetimos ano após ano: “o tempo voa”.
A verdade é que a sensação de que o ano passou rápido demais não acontece porque o tempo corre, mas porque nós nos desconectamos dele. Vivemos tão focados no passado e no futuro, no que falta, no que precisa melhorar, que o presente escapa pelos dedos. 🍃
É curioso pensar que um minuto desconfortável pode parecer uma eternidade, enquanto meses inteiros passam sem a gente realmente sentir. E isso diz muito sobre atenção: quando estamos presentes, percebemos cada segundo; quando estamos no automático, registramos só ausências.
Na ACT, chamamos isso de flexibilidade psicológica:
✨ voltar ao agora com gentileza,
✨ notar o que está vivo no momento,
✨ escolher ações guiadas pelos valores e não pela ansiedade de performar um futuro ideal.
Talvez a melhor meta para o próximo ano seja essa: estar mais aqui.
Nos cheiros, nos sons, nas conversas, nas pessoas que amamos sentadas ao nosso lado no sofá. Nas meninas crescendo diante dos meus olhos. Na vida acontecendo agora e não só naquilo que a gente planeja pra depois.
Acham uma boa meta?