Dr. Helio Fádel - Psiquiatra

29/05/2024

Alguns registros do último desafio. Vamos para o próximo! 💢🧠🔥

Departamento Médico em ação no Vasco x Fortaleza - ao lado dos Drs Gustavo Caldeira e Rodrigo Sasson.

📸 Leandro Amorim | Vasco da Gama

12/07/2022

100x⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️!!
Cada avaliação é uma oportunidade de autorreflexão e crescimento profissional. Por isso, obrigado a você, querido paciente (e familiares) pela confiança!

Desde a marcação da consulta até a fidelização e manutenção do tratamento 🙏🏼

Cada paciente tem sua história. E a minha é construída através de vocês. Vamos juntos! 🧠💙

Saúde mental é performance.
Saúde mental é qualidade de vida.
Saúde mental é tudo!

09/07/2022

Já ouviu falar em Concussão Cerebral quando atletas se chocam de cabeça? Ou quando um lutador é golpeado e simplesmente “apaga”?

🥊 CONCUSSÃO CEREBRAL é uma lesão traumática cerebral passível de ocorrer após uma pancada na cabeça.

🔹Durante o impacto, o cérebro se choca com a parede craniana podendo gerar uma série de traumas (p. ex., rompimento do tecido nervoso e edema cerebral).
🔹Uma simples alteração do nível de consciência (agitação psicomotora, agressividade ou desorientação) pode representar um evento concussivo.
🔹Trata-se de uma condição mais comum em esportes como o futebol americano, e .
🔹No Brasil, felizmente, uma maior atenção também vem sendo dada no - quando atletas que batem a cabeça são impedidos de retornar ao jogo após . Por sinal, já na suspeita de um evento concussivo, o médico pode entrar em campo imediatamente para o atendimento (nem precisa do juiz autorizar)!
🔹Indivíduos acometidos podem apresentar a Síndrome Pós-Concussão (SPC), que se manifesta com dores de cabeça, tontura, alterações comportamentais e do humor.

Também é importante mencionarmos a Encefalopatia Traumática Crônica!

🧠 ENCEFALOPATIA TRAUMÁTICA CRÔNICA (ETC) é uma doença cerebral degenerativa, progressiva e incurável.

🔸Diferentemente da concussão (evento pontual) a ocorre após repetitivos traumas cranianos. No entanto, também está associada a dificuldades motoras e distúrbios da memória.
🔸Não é incomum que essa doença seja confundida com o - pela semelhança dos sintomas.
🔸Pode-se dizer que a concussão é fator de risco para se desenvolver encefalopatia traumática crônica, embora sua etiologia não seja totalmente compreendida.
🔸Nenhum teste, incluindo os de , pode confirmar a ETC. O diagnóstico só é confirmado após a morte do indivíduo (na autópsia).

⚠️ Atletas que sofrem fortes impactos na cabeça devem realizar exames imediatamente e serem acompanhados por profissionais da área (neurologistas, psiquiatras e médicos do esporte) para que seu retorno ao esporte seja feito com segurança.

🎬 Um bom filme que aborda o tema é “Concussion” (no Brasil: Um Homem Entre Gigantes).

19/06/2022

Alcoolismo no futebol profissional é coisa séria!

Ex-lateral do São Paulo e da Seleção também conta que família entrou com pedido de interdição diante dos problemas com a bebida: "Não tinha condições de administrar o que eu tinha"

09/12/2021

Você já ouviu falar em Musicoterapia? É um tipo de tratamento que utiliza músicas com letra ou somente forma instrumental - como violão, flauta e outros de percussão. O objetivo não é aprender a cantar ou tocar um instrumento! Mas saber reconhecer os sons de cada um e ter a possibilidade de expressar suas emoções através destes sons.

Naturalmente, a música desperta emoções. Consequentemente, algumas regiões cerebrais ligadas a emoção se ativam (p. ex. córtex, amígdala, cerebelo e hipocampo). Quando desenvolvidas e “treinadas” por meio da música, essas áreas são ativadas mais positivamente, melhorando humor, atenção, concentração e memória afetiva.

As sessões são feitas com o paciente ativo, tocando e cantando junto com o psicoterapeuta em sessões individuais ou em grupo. Cada um segue de acordo com o seu ritmo e/ou juntamente com o terapeuta, seja com a execução de uma música ou trecho musical.

Estudos científicos já comprovam sua eficácia, incluindo maior sensibilidade corporal e capacidade de expressar emoções - o que pode tornar a Musicoterapia eficaz como abordagem adjuvante para e .

Além disso, ouvir/tocar música melhora as frequências cardíaca e respiratória, também regularizando níveis pressóricos de pacientes portadores de doença arterial coronariana.

Pacientes vítimas de também podem se beneficiar dessa abordagem, uma vez que a música desperta emoções e estimula as interações sociais - o que ajuda muito no processo do tratamento.

Portadores de Alzheimer e outros tipos de Doenças Neurológicas também podem ser submetidos à , pois o tratamento faz com que os pacientes otimizem a ativação neural.

Na vida social, a Musicoterapia estimula a capacidade interativa e comunicativa – promovendo socialização e melhora dos aspectos físicos e emocionais. Ela regula o humor, une as pessoas e motiva cada vez mais os pacientes a encararem a vida com mais energia, motivação e determinação.

05/11/2021

Muitos hospitais ao redor do mundo possuem cães terapêuticos ou terapia com cavalos ( ) - aliados no combate à depressão, estresse pós-traumático, ansiedade e outros distúrbios.

🐶 De acordo com o estudo realizado por psiquiatras da Clínica Médico-Psiquiátrica da Ordem, em Porto (Portugal), adotar um pode amenizar dores de pacientes depressivos que não respondem a certos tratamentos convencionais.

🐱 Dos 80 pacientes participantes, nenhum, até então, havia melhorado do Transtorno Depressivo Maior, mesmo após 9-15 meses de tratamento com terapia e medicações. Foi aí que os pesquisadores incluíram os pets e estudaram como poderiam auxiliar no tratamento.

🐰 Conforme publicado no Journal of Psychiatric Research, 33 pacientes diagnosticados com TDM tiveram melhora expressiva quando em contato com pets. Desse grupo, após 12 semanas, mais de 1/3 já não preenchia critérios suficientes para o diagnóstico da doença. Em paralelo, 33 pacientes do estudo (que não adotaram animais) não tiveram melhora.

🐴 Os pacientes continuaram nas sessões de terapia e tomando medicações por 12 semanas. Pela Escala de Avaliação de Depressão de Hamilton (HAM-D) e Escala de Avaliação Global da Funcionalidade (GAF), os psiquiatras observaram que os novos donos de animais de estimação demonstravam sinais de alívio da depressão em quatro semanas.

🦮 Os autores concluem: “uma das razões que explica os resultados é que os animais de estimação neutralizam um dos principais sintomas da depressão: a ANEDONIA (incapacidade de obter prazer em atividades normalmente agradáveis, como exercícios físicos, hobbies e interações sociais)”.

🐈 Mas os pets não devem ser vistos como cura às condições mentais e não substituem tratamento convencional. Além disso, benefícios são observados naqueles que não possuem restrições ao contato animal.

☝🏼 No entanto, cuidado com exageros nas relações com os pets. Ou seja, quando há prejuízos nas relações profissionais, pessoais, familiares ou sociais em virtude de alta priorização aos pets, isso representa um ponto de reflexão!

01/10/2021

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SETEMBRO AMARELO 🔎
O mês acabou, mas a luta continua! 💛🎗

Saúde mental é coisa séria e a gente está atento ao tema. Por isso, conversamos com .fadel, Psiquiatra Clínico e do Esporte do COB, para mostrar o comprometimento com a campanha de prevenção ao suicídio por meio de ações realizadas em nome do bem-estar psicológico dos nossos atletas.

Ansiedade e depressão não são "frescuras" e merecem cuidados e atenção! Fique atento(a) aos sinais!

06/09/2021

As Paralimpíadas de Tóquio chegaram ao fim! Mas como será o dia-a-dia daquele(a)s com alguma deficiência física?

Sim, ele(a)s podem apresentar sofrimento psicológico. A rotina dessas pessoas requer adaptações consideráveis em relação a moradia, acessos e comunicação, tornando suas vidas mais desafiadoras.

A deficiência física geralmente remete a deformação corporal. Lamentavelmente, isso ainda é impactante numa sociedade bastante apegada à aparência física e rótulos à “perfeição”. Assim, deficientes físicos podem desenvolver sentimentos, emoções e pensamentos negativos. Sentem-se inferiores aos outros, sem lugar na sociedade e até um problema para a família. Tais conceitos disfuncionais são capazes de levar ao isolamento social, desinteresse pela vida, depressão, alcoolismo e até suicídio.

Lembramos que cada indivíduo possui seus próprios mecanismos de enfrentamento e vivências - que irão nortear sua elaboração frente a estressores (inclusive, eventos/acidentes que levaram à deficiência podem gerar traumas psíquicos). Ou seja, não cabe a ninguém julgar como o outro se sente. Algo que parece simples para você, pode ser difícil para mim, e vice-versa.

O esporte é um ótimo recurso para deficientes físicos. Não apenas no âmbito competitivo, mas desde a prática recreativa. Do ponto de vista físico, otimiza a força muscular e aspectos como velocidade, tempo de reação, equilíbrio, coordenação, visão periférica e motricidade, além de melhorar a saúde cardiovascular.

Também é ótimo no sentido da socialização como ferramenta de inclusão social. Tanto do indivíduo para com a sociedade e da sociedade em relação a ele (amplifica o entendimento sistêmico da população quanto a virtudes e capacidade dos deficientes físicos).

Por fim, o esporte estimula a liberação de substâncias como endorfina, dopamina e serotonina - ligadas à sensação de prazer e bem-estar. Estimula a pessoa a transpor seus limites em prol de determinado objetivo. Logo, a autoestima se eleva, pois o indivíduo passa a reconhecer seus esforços, valorizar suas capacidades e confiar mais em si mesmo.

30/08/2021

Isso vai te aliviar bastante, pode ter certeza disso! Uma semana abençoada pra todos nós! 💙🙏🏼

13/08/2021

E não é que o Dia do Psiquiatra caiu na sexta-feira 13 de Agosto?! kkkkk
Então vamos unir essa data ao pensamento do dia!

Ouvir só o que nos agrada ou simplesmente a nossa própria opinião nem sempre é o melhor pra nós e não nos faz evoluir. Por isso, estar disposto(a) a aceitar novas perspectivas e abordagens diferentes fará toda a diferença na sua vida como ser humano.

À nós, psiquiatras, como eu sempre digo… que não nos falte saúde mental para que possamos cuidar da saúde mental dos outros!! Sempre da melhor forma: com profissionalismo, ética, empatia e humanidade 💙

Um grande abraço aos meus colegas e amigos de profissão, que, muitas vezes, descuidam da própria saúde mental para manter a melhor assistência aos pacientes.

Seguimos!! 🙌🏼

03/08/2021

O relato recente de depressão sofrida por Michael chamou a atenção no futebol por vários fatores:

1- Atletas de alto rendimento estão sujeitos a apresentar qualquer tipo de sofrimento em saúde mental - em qualquer fase da carreira.

2- O quão determinante é uma rede de apoio que auxilie e proteja o atleta (treinador, médico, diretor, companheiros de time e familiares).

3- Sensibilidade e prontidão do clube ao buscar, definir e executar um plano de tratamento com acompanhamento especializado para seu jogador - melhor prognóstico.

4- Respeito, confiança e gratidão do atleta àqueles que o ajudaram - desde quando externou o problema, até os profissionais que ainda o acompanham.

5- Discurso aberto, consciente e sincero do jogador sobre a importância de tratar (e continuar tratando) sua saúde mental.

6- Impacto positivo do relato, o que ajuda no combate ao preconceito ligado às patologias mentais no futebol.

7- Sintonia em trabalho multi/inter/transdisciplinar para melhor restabelecimento do atleta através do contato frequente entre médico do clube e psiquiatra.

Parabéns ao Flamengo pela naturalidade ao lidar com a situação em um universo ainda estigmatizante quanto à saúde mental. O clube foi exemplo em caráter humano, acreditando na reabilitação da PESSOA, para que, consequentemente, o aspecto RENDIMENTO DO ATLETA entrasse em ação.

Como psiquiatra que luta MUITO por essa causa e pela própria criação de um Departamento de Saúde Mental, também bato palmas para o amigo (peça-chave nesse processo), (vencedor do Prêmio Faz Diferença 2020, pela ação de prevenção ao suicídio), , , , , - todos citados por Michael em seu relato.

Por fim, a maior salva de palmas vai para o próprio - pela sua força de vontade e exemplo para todos aqueles que sofrem de males como depressão e ansiedade, mas que têm medo de se expor e buscar ajuda.

No próximo post “Depoimento” trarei pontos de reflexão sobre a ginasta Simone Biles durante as Olimpíadas de Tóquio.