06/12/2025
Eu sou fisioterapeuta e acompanho de perto o quadro da Alice. A Alice é uma criança com paralisia cerebral do tipo espástica, e ao longo dos anos ela desenvolveu uma espasticidade progressiva, que hoje já não responde mais aos tratamentos conservadores, como fisioterapia intensiva, alongamento de tendão, órteses, toxina botulínica e as cirurgias ortopédicas que ela já realizou.
Apesar de todas essas intervenções, a espasticidade da Alice evolui, gerando rigidez importante, deformidades articulares, limitação funcional e risco de contraturas permanentes. O laudo médico mostra claramente que ela apresenta um padrão de hipertonia que já ultrapassou a capacidade de controle com terapias convencionais, o que a coloca em risco de piora progressiva da postura, da mobilidade, da dor e até mesmo das funções básicas do dia a dia.
Por isso, neste momento, a intervenção indicada é a Rizotomia Dorsal Seletiva. Essa é uma cirurgia neurofuncional que reduz de forma definitiva o estímulo nervoso responsável pela espasticidade. Ela não é uma cirurgia estética ou opcional; ela é uma intervenção necessária para impedir a evolução das deformidades e para oferecer à Alice a possibilidade real de melhora funcional, melhor alinhamento postural e qualidade de vida.
Sem a rizotomia, a tendência é que a rigidez continue aumentando, levando a mais dor, mais deformidades e menos mobilidade. Com a cirurgia, abrimos uma janela extremamente importante para que a reabilitação seja mais eficaz, evitando danos irreversíveis ao sistema musculoesquelético.
Por tudo isso, a realização da RDS é fundamental para o futuro da Alice. É o tratamento mais adequado para interromper o avanço da espasticidade e permitir que ela tenha melhores condições de desenvolvimento motor e funcional. CONTRIBUA DOANDO OU COMPARTILHANDO ESSE VÍDEO.