01/06/2025
Ao longo da minha prática como fisioterapeuta, atendi muitos pacientes com fascite plantar — uma condição que, apesar de comum, pode causar bastante limitação funcional e dor intensa, principalmente na região do calcanhar.
Cada caso é único, mas sigo uma abordagem que combina avaliação minuciosa, tratamento personalizado e muita escuta ativa.
Tudo começa com uma boa avaliação. Observo o padrão de pisada, a mobilidade articular, encurtamento muscular, além de investigar os hábitos diários e atividades físicas do paciente.
Muitas vezes, a fascite plantar está associada a sobrecarga, calçados inadequados, sedentarismo ou até alterações biomecânicas que passam despercebidas no dia a dia.
Com base nessa análise, monto um plano terapêutico individualizado.
O primeiro objetivo é controlar a dor e reduzir o processo inflamatório.
Para isso, utilizo recursos como liberação miofascial na região da fáscia plantar e da cadeia posterior, mobilizações, eletroterapia (como o ultrassom terapêutico, laserterapia e crioterapia.
Paralelamente, começo o trabalho de alongamento — principalmente de panturrilhas, fáscia plantar e isquiotibiais — e, em seguida, introduzo exercícios de fortalecimento.
O foco está nos músculos intrínsecos do pé, tornozelo e cadeia posterior, com o objetivo de melhorar a absorção de impacto e corrigir compensações posturais.
A educação do paciente também é uma parte essencial do processo.
Converso sobre a importância de usar calçados adequados, fazer pausas durante atividades prolongadas em pé, aplicar gelo após atividades físicas e manter uma rotina de exercícios mesmo após a dor melhorar — tudo isso contribui para evitar recidivas.