24/09/2023
🤔Você sabia ❓
A maneira que percebemos as pessoas, o mundo e a nós mesmos, está relacionada às crenças cognitivas centrais enraizadas dentro de cada um. Essas CRENÇAS dão origem a pensamentos, que suscitam emoções e influenciam os comportamentos.
As crenças geram pensamentos que nos fazem interpretar as situações, as pessoas e a nós mesmos!
Os pensamentos que se tem do ambiente, das pessoas e de si mesmo, podem estar distorcidos e suscitar emoções negativas, comprometendo os comportamentos. Esses pensamentos chamados de disfuncionais, distorcem a realidade, são emocionalmente angustiantes e geram comportamentos inúteis (BECK, 2022).
O que são essas CRENÇAS?
São compreensões duradouras fundamentais e profundas que a pessoa tem sobre si, as outras pessoas e o mundo à sua volta. Ideias centrais tidas como verdades absolutas, como as coisas são!
Muitas vezes essas crenças podem ser desadaptativas, ou seja disfuncionais. Sendo assim tornam-se limitantes, pois como o termo já deixa claro, limita o desenvolvimento das potencialidades da pessoa, impede o alcance de seus objetivos e atrapalha relacionamentos pessoais e profissionais.
Mas como estas CRENÇAS SE FORMAM?
Desde a infância, a percepção que a pessoa tem de suas experiências, vai fazendo com essas estruturas psíquicas sejam formadas. Como em um quebra-cabeças em que as peças vão sendo colocadas, podendo acontecer de alguma peça f**ar fora do lugar e ser necessário uma reestruturação depois.
Este quebra-cabeças, sendo montado com peças fora do lugar, vai gerar ideias distorcidas. A pessoa terá uma ideias distorcidas sobre as situações, sobre as outras pessoas e sobre si mesmo.
A educação recebida dos pais e de pessoas signif**antes, vai contribuir para a formação das CRENÇAS. Assim como as experiências na escola e em outros locais, estarão relacionadas à origem das CRENÇAS.
Não está se falando de uma situação de CAUSA-EFEITO. Existe a CRENÇA por que os pais fizeram isso ou aquilo! Estou falando da percepção que a criança teve daquela educação e que pode ter dado origem a uma CRENÇA LIMITANTE. Portanto, a educação recebida, as experiências vividas, as situações em que fomos expostos vão contribuir para a formação das CRENÇAS NUCLEARES.
Experiências dentro do sistema familiar, na qual são comuns falas do tipo: “você não presta para nada”, “você é burro”, “cala a boca, por que você não sabe o que fala”, “seu inútil”, “você não faz nada direito”, “você não vai dar nada que presta”.
Ou ainda em relações baseadas em condições: “mamãe gosta de você se você fizer o que a mamãe está pedindo”, “Papai do céu, só gosta de menino bonzinho que faz tudo o que a mãe quer”, “papai e mamãe não gostam mais do filhinho por isso."
Experiências sociais, formadas pela sociedade como um todo e pelas instituições que a representam: a ideia social de algumas pessoas são mais capazes e fazem por merecer, as ideias sobre qual é o suposto papel da mulher e do homem, por exemplo, vão contribuir para a formação de CRENÇAS LIMITANTES!
Tipos de CRENÇAS LIMITANTES:
CRENÇAS DE DESAMOR: “Eu sou incapaz de ser amado”, “Eu não sou atraente”, “Ninguém se preocupa comigo”, “Eu sou feio”, “Ninguém gosta de mim”, “Eu não sou bom o suficiente”, “Eu não sou gostável”.
CRENÇAS DE DESAMPARO: “Eu sou ineficiente”, “Eu estou desamparado”, “Eu sou vítima”, “Eu sou fraco”, “Eu estou sozinho”, “Eu não consigo fazer nada direito, por isso vou f**ar sozinho”.
CRENÇAS DE DESVALOR: “Eu não tenho valor”, “Eu sou inútil”, “Sou ruim”, “Eu sou prejudicial”, “Eu incapaz”, “Sou burro”, “Não sou inteligente”.
As CRENÇAS serão carregadas por toda a vida! Todavia não são imutáveis, definitivas e para sempre!
Elas deixarão de limitar, bloquear e paralisar, quando forem identif**adas, reestruturadas e substituídas por CRENÇAS FUNCIONAIS.
Forte abraço e até a próxima!👍🥼🧠💎
REFERÊNCIA:
BECK, J. Terapia Cognitivo Comportamental: teoria e prática. Tradução: Sandra Mallmann da Rosa. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2022.