16/03/2023
“A teoria do macaco chapado”: Como psicodélicos podem ter beneficiado a evolução humana
Há 3 milhões de anos, no mesmo período em que o fenômeno da expansão cerebral se iniciou, grandes mudanças climáticas ocorreram no planeta Terra. Tais mudanças teriam impulsionado os hominídeos a abandonar as florestas e habitar ambientes mais abertos como, por exemplo, as pastagens africanas.
Segundo Terence, a mudança para um novo ambiente provavelmente forçou os hominídeos a diversificarem a alimentação e, neste processo, cogumelos psicodélicos teriam sido introduzidos na dieta. O consumo regular desses cogumelos pode ter se mostrado vantajoso à medida que os hominídeos se espalharam por novos territórios.
Consumo de psicodélicos como vantagem competitiva
O consumo de cogumelos psicodélicos pode ter beneficiado a evolução dos hominídeos de maneiras diversas e profundas, e não simplesmente por os deixarem “chapados”. Abaixo, estão listados alguns pontos levantados na teoria de Terence:
1. Aumento da capacidade de processamento;
2. Aumento da adaptabilidade;
3. Explosão criativa;
4. Melhora da visão;
5. Reprodução;
6. Dissolução do ego.
"Colou"
“Teoria do macaco chapado” (“stoned ape theory”, em inglês) não foi um nome definido por Terence, mas sim um termo que popularmente "colou", e passou a ser usado para fazer referência a esta ideia. Em entrevista à HowStuffWorks, o etnofarmacologista Dennis McKenna, irmão de Terence, chegou a comentar que este nome não representa a amplitude da teoria desenvolvida por seu irmão.
Na mesma ocasião, Dennis enfatizou que a “Teoria do macaco chapado” não deve ser considerada como o único fator envolvido no processo de evolução dos hominídeos. "Obviamente existiram múltiplos fatores envolvidos. É muito simplista apenas postular que eles comeram cogumelos, e então estavam melhor equipados. Muitos fatores influenciaram a evolução", alertou o etnofarmacologista.
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