Psicólogo especializado em Psicopatologia, Neurociências, Neuropsicologia e Musicoterapia.
Psicologia Clínica, especializada em psicopatologia com foco no comportamento e nas reações emocionais ligadas à obesidade. Atua também nos demais transtorno emocionais relacionados à Psicopatologia.
07/12/2025
Aí está Joaquim de Aruanda! Continua seu tratamento, evoluindo e em breve voltando para casa!! 🎙️ Clécio Carlos Gomes - Neuropsicólogo CRP 12/01350. Professor Pós-Graduação Instituto Albert Einstein
🎯 TEA, TDAH e AH/SD não são rótulos, são explicações.
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06/12/2025
Muitos adultos autistas não vivem… apenas sobrevivem. Sobrevivem a dias silenciosos, relações que não acolhem, famílias que não entendem, rotinas que esmagam, e a dores que ninguém se permite ver, não respeita.
E quando a vida vira apenas sobrevivência, não falamos de “drama”, de “frescura”, não é “vitimismo”.
É exaustão humana. É cansaço existencial. É abandono. É Desrespeito. É negligência ... É o corpo pedindo pausa enquanto a mente grita por socorro.
A ciência já mostrou: diagnósticos tardios, falta de apoio, dificuldades de comunicação, rigidez cognitiva, sobrecarga emocional e o sentimento constante de inadequação aumentam de forma alarmante o risco de depressão e suicídi@ em autistas adultos.
Ninguém aguenta viver décadas sem ser visto.
Não é o autismo que m@ta — é a negligência afetiva, a invalidação e a solidão profunda. É a vida sem vida. É a ausência de quem deveria estar.
E isso precisa mudar. Precisamos olhar para essas pessoas com humanidade, com escuta, com respeito. Precisamos entender suas dificuldades reais de comunicar, de pedir ajuda, de se organizar, de existir num mundo que exige o que elas não conseguem entregar.
Ser fraterno não é um gesto bonito — é um ato mínimo daquele que bate no peito para se entitular humano
Se este vídeo te tocou, deixe seu comentário:
➡️ Você já sentiu que estava “sobrevivendo”, e não vivendo?
➡️ O que mais te falta para existir com dignidade?
Sua voz pode salvar alguém hoje.
🎙️ Clécio Carlos Gomes - Neuropsicólogo CRP 12/01350. Professor Pós-Graduação Instituto Albert Einstein
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06/12/2025
RESPOSTA AO SEGUIDOR - “A MINHA FAMÍLIA NÃO ACEITA O MEU DIAGNÓSTICO”
Essa é uma das dores mais gritantes e violentas vividas por pessoas autistas diagnosticadas tardiamente.
Quando a família nega o diagnóstico, ela não está negando apenas uma palavra.
Ela está negando a história inteira da pessoa, seus esforços, suas dores, suas limitações, seus medos… e a explicação que finalmente poderia tirá-la da culpa.
Por que a família reage assim?
Porque aceitar o diagnóstico significa reconhecer que:
• aquela pessoa sempre precisou de suporte e não recebeu,
• houve sofrimento que ninguém percebeu,
• a leitura que fizeram a vida inteira estava errada,
• eles também terão que mudar , sairem da zona de conforto, e isso assusta e incomoda.
Por isso alguns familiares negam, minimizam, invalidam, ridicularizam ou silenciam.
É uma tentativa de proteger a própria consciência, não de proteger você.
Mas quem paga o preço é o autista e a pessoa na condição autista passa a ser visto como:
“dramático”,
“difícil”,
“exagerado”,
“sensível demais”,
“inventando moda”.
Quando, na verdade, ele passou décadas lutando para sobreviver sem diagnóstico.
E o que o autista deve fazer?
Primeiro: acreditar em si mesmo.
O diagnóstico não muda o que você é, apenas revela o que sempre foi real.
Ele devolve a você a sua história, sua dignidade, suas explicações.
Segundo: não espere que sua família seja sua fonte de validação.
A validação começa dentro de você. É sua vida que está em jogo. Seu bem-estar. Sua autonomia. Sua paz.
Terceiro: construa sua qualidade de vida com quem sabe acolher, ouvir e respeitar.
Família também pode ser escolhida. E às vezes, a maior libertação do autista é perceber que ele não precisa mais se justificar para existir.
Você não precisa ser aceito para ser verdadeiro.
Mas precisa ser verdadeiro para ser feliz.
Comenta aqui: a sua família aceitou seu diagnóstico? Como foi para você viver essa realidade?
🎙️ Clécio Carlos Gomes - Neuropsicólogo CRP 12/01350. Professor Pós-Graduação Instituto Albert Einstein
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06/12/2025
RESPOSTA AO SEGUIDOR - A VERGONHA DE SER AUTISTA ARREBENTA COM SUA VIVÊNCIA SOCIAL
“Passei a vida inteira pedindo desculpas por ser eu.” E essa frase, que tantas pessoas autistas carregam silenciosamente, não nasce de erro, nasce de uma vida inteira tentando sobreviver em um mundo que nunca entendeu sua forma de sentir, falar, agir e existir.
A vergonha não é um traço do autismo. A vergonha é uma ferida social criada por anos de interpretações equivocadas:
• Quando chamam sua sensibilidade de exagero,
• Quando tratam sua dificuldade de falar como falta de esforço,
• Quando confundem silêncio com frieza,
• Quando sua necessidade de rotina vira “teimosia”,
• Quando sua forma diferente de amar é vista como indiferença.
Com o tempo, o autista aprende a pedir desculpas até pela própria existência…
mesmo quando nunca fez nada errado. Mas a verdade é clara e libertadora:
Você não falhou, você apenas viveu sem tradução.
Quando há compreensão, suporte e nomeação, a vergonha vira identidade.
O peso vira sentido. E a vida deixa de ser um pedido de desculpas para se tornar um pedido de espaço.
Comenta aqui:
Em que momentos você já sentiu que precisava “se desculpar” por ser você?
Vamos transformar dor em consciência — e consciência em dignidade. 💛
🎙️ Clécio Carlos Gomes - Neuropsicólogo CRP 12/01350. Professor Pós-Graduação Instituto Albert Einstein
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06/12/2025
O corpo da mulher autista fala diferente — e muitas vezes só fala quando já está no limite. Infecções urinárias constantes, dores pélvicas, candidíase de repetição, desconforto sexual, ciclos menstruais mais dolorosos… nada disso é coincidência.
É neurobiologia. É sensorialidade. É interocepção. E não é culpa sua.
1. Interocepção alterada:
Muitas mulheres autistas não percebem cedo os sinais do corpo (vontade de urinar, irritação, dor leve).
Quando percebem, o problema já avançou. Isso facilita infecções e inflamações repetidas.
2. Sensibilidade sensorial:
Roupas, absorventes, toques, exames ginecológicos e até a própria menstruação podem ser estímulos agressivos.
A dor é maior, o incômodo é maior, e a tendência a evitar cuidados também.
3. Tensão do assoalho pélvico:
O corpo autista vive em “alerta”.
Isso aumenta a contração involuntária dos músculos pélvicos → dores, dificuldade de urinar, bexiga hiperativa, vaginismo, dispareunia.
4. Dificuldade de comunicar dor:
Por causa da alexitimia, muitas mulheres não conseguem explicar onde dói, como dói, ou quando começou.
O diagnóstico atrasa — e a doença avança.
5. Masking na saúde:
Muitas suportam dor, vergonha e desconforto para parecerem “fortes” ou “normais” diante de médicos.
Isso piora quadros simples.
6. Condições mais comuns no autismo feminino:
• infecção urinária de repetição
• cistite intersticial
• candidíase crônica
• endometriose
• PMDD (tensão pré-menstrual severa)
• SOP
• vaginismo e dor na relação
• dor pélvica crônica
Nada disso é frescura.
É uma soma de fatores neurológicos, sensoriais e corporais que merecem cuidado especializado, acolhimento e informação.
Seguidoras, contem nos comentários:
Você já viveu algo assim?
Quais sintomas seu corpo ignorou até ficar grave?
Vamos trazer luz a esse tema — vocês não estão sozinhas.
🎙️ Clécio Carlos Gomes - Neuropsicólogo CRP 12/01350. Professor Pós-Graduação Instituto Albert Einstein🎯 TEA, TDAH e AH/SD não são rótulos, são explicações. 📌 Se identificou Salva esse vídeo.
05/12/2025
Neste sábado continuaremos com a publicação dos vídeos respondendo as dúvidas dos seguidores sobre as dificuldades de comunicação na condição autista.
E nada faz mais sentido do que construir esse conhecimento com vocês, a partir das experiências reais de quem vive o autismo todos os dias.
Cada relato é uma chave. Cada pergunta, um caminho. Vamos juntos transformar vivência em compreensão, e compreensão em vida melhor.
🎙️ Clécio Carlos Gomes - Neuropsicólogo CRP 12/01350. Professor Pós-Graduação Instituto Albert Einstein.
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05/12/2025
Por que tantas pessoas autistas têm dores de cabeça recorrentes?
Não é exagero. Não é sensibilidade “emocional demais”. É neurociência, fisiologia e sobrecarga real do sistema nervoso.
As cefaleias no autismo acontecem por uma combinação de fatores que atuam ao mesmo tempo:
🔹 1. Sobrecarga sensorial
Luzes fortes, sons contínuos, cheiros, lugares movimentados, tudo é processado com mais intensidade pelo cérebro autista.
O sistema sensorial entra em alerta, a tensão corporal aumenta e a dor aparece.
🔹 2. Rigidez cognitiva e hiperfoco.
Pensar demais, por muito tempo, sem conseguir desligar. O autista tende a sustentar raciocínios profundos e exaustivos, o que sobrecarrega os lóbulos frontais e provoca dor de cabeça.
🔹 3. Hiperavaliação social
Antes de falar, o cérebro analisa riscos, interpreta expressões, tenta prever resultados.
Esse gasto cognitivo é enorme, e frequentemente termina em cefaleia.
🔹 4. Dificuldade de comunicação e expressão emocional. Quando não conseguimos descrever o que sentimos, o corpo fala por nós.
Tensão muscular, aperto no peito, dor na cabeça.
🔹 5. Alterações na interocepção
Muitos autistas não percebem fome, sede, cansaço ou estresse até o corpo entrar em colapso. Dores de cabeça decorrentes de desidratação ou fadiga são muito comuns.
🔹 6. Problemas de sono, o sono fragmentado, insônia e não reparação são frequentes no TEA, e um dos maiores gatilhos de cefaleia.
🔹 7. Masking (camuflagem social)
Passar horas “atuando” para parecer funcional, sociável, tranquilo ou alinhado ao ambiente é um esforço gigantesco. O masking esgota o sistema nervoso e causa dores tensionais severas.
🔹 8. Bruxismo (diurno ou noturno)
O aperto involuntário da mandíbula, comum em autistas com ansiedade, hiperalerta ou TDAH associado, aumenta a pressão na cabeça, têmporas e musculatura cervical.
É uma das causas mais egligenciadas, e uma das mais frequentes.
🔹 9. Ansiedade e burnout autista
A ativação constante do sistema de estresse (cortisol, adrenalina) aumenta tensão muscular e diminui tolerância neural a estímulos, resultando em cefaleias constantes.
Nada disso é frescura. Nada disso é “coisa da sua cabeça”.
É o seu cérebro tentando sobreviver
05/12/2025
RESPOSTA AO SEGUIDOR - PREJUÍZOS DE COMUNICAÇÃO
Julgamento e Rigidez = dificuldade de “negociar o mundo”
O resultado é uma comunicação com:
• pouco espaço para subtexto;
• dificuldade de aceitar “meias verdades”;
• desconforto com contradições humanas;
• bloqueio na hora de expressar sentimentos ambíguos;
• perda do “timing” social porque a análise demora demais.
ESTRATÉGIAS PARA REDUZIR ESSE IMPACTO NO COTIDIANO
Aqui estão técnicas práticas, usadas em clínica e que funcionam muito bem para adultos autistas:
1️⃣ — Treinar flexibilização cognitiva gradual
Ajuda o cérebro a tolerar mais de uma possibilidade sem entrar em colapso.
Como fazer:
• Quando surgir um pensamento rígido, diga mentalmente: “Existe outra possibilidade além dessa?”
• Crie listas de interpretações alternativas para frases comuns.
• Use o método 70%-30%: 70% do que acredito pode ser verdade, mas deixo 30% aberto para outro sentido.
2️⃣ — Reduzir o julgamento interno
A autocobrança é o maior bloqueio comunicativo do autista.
Técnica:
Substituir julgamentos por descrições:
❌ “Falei errado”
✔️ “Tive dificuldade de organizar a ideia agora.”
❌ “Sou incoerente”
✔️ “Me perdi no raciocínio e vou tentar de novo.”
Isso reorganiza o sistema emocional.
4️⃣ — Praticar comunicação funcional (não perfeita)
Ajuda a diminuir a rigidez na linguagem.
Meta:
Não é “explicar tudo”, é “explicar o suficiente”.
6️⃣ — Terapia baseada em valores flexíveis
Trabalhar:
• aceitação da imperfeição humana,
• ambivalência emocional,
• gradação de valores (nem tudo é 8 ou 80),
• tolerância ao erro.
O objetivo não é mudar os valores do autista, mas aumentar a flexibilidade de aplicação.
7️⃣ — Psicoeducação sobre comunicação não literal
Treinar interpretação de:
• metáforas,
• intenções,
• tons,
• variações emocionais.
Isso reduz o julgamento rígido e amplia repertório comunicativo.
🎙️ Clécio Carlos Gomes - Neuropsicólogo CRP 12/01350. Professor Pós-Graduação Instituto Albert Einstein
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05/12/2025
RESPOSTA AO SEGUIDOR – ESTRATÉGIAS DE AJUDA PARA O JULGAMENTO INTERNO E O PREJUÍZO NA COMUNICAÇÃO:
Se você é autista e trava para falar porque sua mente analisa tudo antes de conseguir responder… E existe um caminho para te ajudar.
Muitas pessoas autistas têm um senso de julgamento interno tão intenso que a comunicação vira um campo de batalha: antes de falar, o cérebro tenta prever todos os sentidos possíveis, todas as reações, todos os riscos. Resultado?
Mas existem estratégias científicas que ajudam, e todas são possíveis para adultos de diagnóstico tardio.
1. Reduza a janela de análise
Treine respostas curtas e seguras para o cérebro não abrir mil possibilidades ao mesmo tempo.
2. Troque perfeição por funcionalidade
Em vez de “preciso responder perfeito”, pense: “preciso responder possível”.
Isso já muda tudo.
3. Use frases-âncora para ganhar tempo
“Preciso de um segundo para organizar.”
“Pode reformular para eu entender melhor?”
Isso reduz a sobrecarga aberta e melhora o fluxo da conversa.
4. Nomeie a sensação antes da emoção
Descrever o corpo (“meu peito apertou”, “minha mente acelerou”) ajuda o cérebro a traduzir o que sente sem travar.
5. Prepare mapas sociais
Situações que se repetem (pedir ajuda, dizer não, conversar em família) podem ser ensaiadas.
Isso diminui a ansiedade antecipatória e melhora o desempenho social.
6. Regulação sensorial antes de conversar
Respiração, grounding, pausa sensorial.
Quando o corpo organiza, a fala vem.
7. Autorização interna
Sim, você pode pausar.
Sim, você pode pedir tempo.
Sim, você pode não entender de primeira.
Isso não te faz menos — te faz humano.
Seu cérebro não está te sabotando. Ele está tentando te proteger.
Nosso trabalho é ensinar esse cérebro a proteger… sem te impedir de viver.
💬 Comenta aqui:
Qual dessas estratégias faz mais sentido para você?
O que mais te trava na hora de se comunicar?
Vamos transformar ciência em qualidade de vida — juntos.
🎙️ Clécio Carlos Gomes - Neuropsicólogo CRP 12/01350. Professor Pós-Graduação Instituto Albert Einstein🎯 TEA, TDAH e AH/SD não são rótulos, são explicações. 📌 S
05/12/2025
RESPOSTA AO SEGUIDOR – PREJUÍZOS DE COMUNICAÇÃO: Para a pessoa autista, a comunicação não começa na boca, começa no processamento interno.
Antes de responder, o cérebro:
• analisa o contexto,
• tenta prever reações,
• interpreta tons, expressões, intenções,
• busca a palavra exata,
• avalia se a resposta pode gerar conflito,
• calcula o risco emocional da interação.
Esse processo é tão intenso que o corpo silencia. Não é congelamento — é sobrecarga cognitiva.
Em neuropsicologia, chamamos isso de:
hiperavaliação social, rigidez cognitiva e atraso no processamento pragmático da linguagem.
Um conjunto que faz o autista pensar demais e conseguir falar de menos.
E é aqui que nasce o mal-entendido social:
1. O outro vê o silêncio, mas não vê o esforço.
2. Vê distância, mas não vê proteção.
3. Vê demora, mas não vê a batalha interna para manter coerência, segurança e sentido.
Se você é autista, nada disso é culpa sua. Seu cérebro não está “falhando”.
Ele está tentando te manter seguro num ambiente social que sempre exigiu muito mais de você do que deveria.
Comenta aqui:
Você também vive esse silêncio que ninguém entende?
Como o seu cérebro funciona quando precisa se comunicar?
Vamos transformar esse vídeo em um espaço de identificação, ciência e acolhimento. Juntos, construímos linguagem, pontes e caminhos.
🎙️ Clécio Carlos Gomes - Neuropsicólogo CRP 12/01350. Professor Pós-Graduação Instituto Albert Einstein
🎯 TEA, TDAH e AH/SD não são rótulos, são explicações.
📌 Se identificou Salva esse vídeo.
04/12/2025
Hoje eu quero te escutar, não só te explicar.
Durante anos, a narrativa sobre autismo ficou presa ao olhar de quem observa.
Agora, a lente vira: quem conta é quem vive.
Quando um adulto autista tenta se comunicar na família, os desafios podem aparecer como:
• sentir, mas não conseguir explicar o que sente na hora certa,
• querer pedir ajuda, mas não saber formular a frase,
• precisar de suporte, mas soar como “não preciso de nada”,
• ter tantas possibilidades de resposta que a escolha paralisa,
• amar em profundidade, mas não no timing que o outro entende.
Isso não é culpa, não é frescura e nem frieza. É um sistema nervoso e cognitivo que processa diferente, e que muitas vezes não teve espaço seguro para aprender o idioma emocional do lar.
Eu, o Clécio, psicólogo especializado em neurodivergência e autista nas redes, estudo e compartilho ciência.
Mas hoje, quem me ensina são vocês.
E por que isso importa?
Porque seus relatos vão virar orientação. Suas travas vão virar mapa. Seu silêncio vai virar fala compartilhada no próximo vídeo.
Não para rotular, mas para organizar, traduzir e acolher.
Esse é um pacto de reconstrução conjunta: O que vocês viverem nos comentários, eu transformo em conteúdo de psicoeducação e suporte, para auxiliar autistas, famílias, parceiros e toda a comunidade que caminha por dentro dessa neurodivergência.
Então, eu te convido a me emprestar sua história por alguns segundos nos comentários, para que eu possa devolvê-la em formato de ferramentas práticas, leveza, nomeação do sentir e rotas possíveis para o cotidiano.
Porque não é sobre sermos iguais.
É sobre nos permitirmos ser nós, com suporte que nos fortalece, sem trair quem somos.
Escreve aqui nos comentários:
O que mais te dói quando você tenta falar o que sente na sua família?
Como a dificuldade de escolher ou pedir ajuda aparece em você?
Nos próximos vídeos, eu mostro como suas palavras reformam o caminho do outro, e como esse vínculo ético-afetivo entre nós, eu e vocês, pode nos levar a mais qualidade de vida para todos.
🎙️ Clécio Carlos Gomes - Neuropsicólogo CRP 12/01350. Professor Pós-Graduação Instituto Albert Einstein
🎯 TEA, TDAH e AH/SD não são rótulos, são ex
04/12/2025
Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) frequentemente apresentam diferenças na interocepção, ou seja, na capacidade de perceber e interpretar as sensações internas do corpo (batimento cardíaco, tensão, ritmo respiratório, fome, sede, emoções, etc.). Estudos recentes apontam que indivíduos com TEA, em geral, têm alterações na precisão interoceptiva, consciência interna e regulação emocional.
O que isso significa na prática:
• O corpo pode perceber estímulos sutis: cheiro, energia, textura, ritmo. Antes da mente traduzi-los em linguagem ou significado.
• A experiência subjetiva (emoções, sensações, intuições) tende a ser mais intensa, mais crua, mais imediata. Mas a pessoa pode não ter palavras, estrutura cognitiva ou apoio para nomear e expressar isso.
• Essa sensibilidade ampliada pode parecer para outros como “visão espiritual”, “sintonia de alma”, “intuição extra-física”. Mas, do ponto de vista neuropsicológico, é consequência do modo como o cérebro sensorial e interoceptivo funciona no autismo.
• A dificuldade de traduzir essa experiência interna em expressão verbal ou social (lógica, linguagem social, contexto) gera lacunas de comunicação, o que muitas vezes transforma percepções ricas em incompreensão coletiva ou estigma.
Em termos de desenvolvimento humano e espiritual:
Para quem vive essa sensorialidade interior, o mundo externo pode ser bruto demais.
A espiritualidade, os ritos, a fé, quando sensíveis ao corpo e à interioridade, podem dar sentido a experiências que antes eram desorganizadas, dolorosas ou incompreendidas.
Mas sem acolhimento e sem tradução consciente, esse potencial pode virar desespero, confusão ou alienação.
Conclusão importante:
O autista não nasce com “superpoder espiritual” por default.
Ele nasce com um modo diferente de sentir o corpo e o mundo internamente.
Quando há entendimento, acompanhamento e acolhimento, esse modo pode se transformar em profunda sensibilidade espiritual, consciência simbólica e vínculo com o sagrado, de forma genuína, e não como rótulo superficial de “captação mediúnica”.
Para quem vive: respeite o corpo, acolha o sentir, traduza em afeto.
Para quem observa: escute antes de rotular, veja além d
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Psicologia Clínica, especializada em psicopatologia, com foco em neurociência e música.
Clécio Carlos Gomes é Psicólogo especialista em Psicopatologia, Terapia Sexual e especializando em Neurociência.
Professor Universitário, Escritor e Conferencista em eventos nacionais e internacionais.
Experiência clínica de 27 anos, coordenou os serviços de saúde mental da cidade de Lages e posteriormente da região serrana de SC. Foi membro diretor da Associação Brasileira de Psiquiatria Cultural e é membro da Associação Brasileira de Obesidade. Associado à Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana (SBRASH). Analisou a viabilidade de implantação do serviço de saúde mental para a Prefeitura Municipal de SP pela USP.