05/08/2025
Baseada na canção "Tudo Que Eu Vivi", do Vocal Livre, descrevo um pouco do que é completar 52 anos de vida. Essa música traduz com exatidão o que carrego no peito hoje: um misto de memórias, gratidão e fé.
Não que eu tenha sido muita coisa aos olhos do mundo — talvez apenas mais uma entre tantos. Mas dentro de mim, carrego um universo inteiro de histórias, afetos, sorrisos e superações. Um coração moldado pelo tempo, pelas lutas, mas acima de tudo, pelo amor de Deus.
Lembro com carinho da infância: subia nos pés de árvores como quem escalava o céu. Adorava tomar banho de chuva e correr livre, como se o mundo coubesse nas poças d’água. Acordava cedinho para colher frutas com meu avô, brincava de balanço com meu pai, era ensinada a orar pela minha mãe e lia belas histórias com meu tio.
Desde cedo aprendi que ajudar era também um gesto de amor. Ajudava meu pai a vender laranjas e minha mãe a arrumar a casa — e tudo isso foi formando em mim uma consciência de responsabilidade, simplicidade e gratidão.
Escolher trabalhar com pessoas foi natural. Mexia comigo. Tocava meu coração. Ver o resultado da missão que Deus me deu sempre me trouxe uma sensação profunda de realização. Amo o que faço. Não porque seja fácil, mas porque me faz sentir viva e útil.
Sou falha, bem sei… Mas são essas falhas que me mostram, todos os dias, que ainda há muito o que crescer. Que posso ser melhor. Que Deus ainda está me lapidando.
Meus amigos… ah, eles conseguem me enxergar melhor do que de fato sou. E por isso, minha gratidão é imensa. A cada gesto de carinho, apoio e presença.
Aos alunos que passaram por mim, aos pacientes que fizeram — e ainda fazem — parte da minha história, deixo aqui um registro silencioso, mas eterno. São vivências que levarei no secreto da minha alma, e que me ensinam, dia após dia, que viver o presente é o maior presente.
E como não falar da minha família?
Tenho um esposo que me faz lembrar todos os dias que não estou só. Sua presença, apoio e carinho são respostas silenciosas de Deus em minha vida.
Aprendi a ser mãe com meu primeiro filho, Lucas. Hoje, um homem feito… mas o amor de mãe nunca diminui. Ele só cresce, amadurece e se fortalece.