29/03/2022
👉🏻 São diversas as alterações laboratoriais encontradas em atletas e praticantes de atividade física intensa 🔍.
👉🏻 UMA DELAS é o aumento dos leucócitos circulantes, conhecida como leucocitose.
👉🏻 A leucocitose pode estar presente em processos inflamatórios, infecções bacterianas, leucemia e no exercício físico. Um indivíduo que, em repouso possui 5.000/mm3 de leucócitos pode, por exemplo, passar a 10.000/mm3 ou mais, após ter realizado esforço físico 💪🏼.
👉🏻 Um estudo feito em atletas de futebol demonstrou que o valor absoluto de leucócitos encontrava-se elevado dentro de um período de 24 horas após o treinamento, em relação ao repouso e a não praticantes de atividade física.
Esse aumento ocorre devido ao cortisol, catecolaminas e também a um fenômeno conhecido como SHEAR STRESS (Estresse de cisalhamento), que é o movimento do vaso após ser submetido a uma força (como a contração muscular no exercício) levando os leucócitos marginalizados a circulação, aumentando seu valor absoluto. Já nas semanas seguintes após sessões de treinamento intenso e/ou campeonato, o número total dessas células pode sofrer uma queda, deixando o atleta mais susceptível a infecções nesta fase 🙆🏻♀️.
👉🏻 O Shear Stress também pode ocorrer em consequência a erros pré-analíticos, como o torniquete quando deixado por muito tempo associado ou não ao clench (contração do músculo do antebraço ao abrir e fechar a mão no momento da coleta).
👉🏻 Por isso, tanto o profissional quanto o atleta devem estar cientes das alterações e, se possível, respeitar o tempo de repouso ficando atento aos erros que podem ser cometidos nos laboratórios também 🔍.