04/03/2025
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Mais um estudo, finalizado em 2024 traz dados importantes sobre os possíveis impactos de curto e longo prazo na saúde de crianças nascidas por cesariana.
O estudo teve como objetivo analisar se o nascimento via cesárea está associado a desfechos de saúde adversos a longo prazo em crianças, comparando-as com aquelas nascidas por parto vaginal. O modo de parto molda a aquisição e a estrutura da microbiota dos bebês, sendo que aqueles nascidos por cesariana adquirem comunidades bacterianas diferentes em comparação com aqueles nascidos através do parto vaginal. A colonização microbiana ocorre de forma mais intensa no parto vaginal.
Acredita-se que essa microbiota pós-parto cesárea favoreça o surgimento da maioria das complicações neonatais como obesidade infantil, diabetes tipo 1 e reações alérgicas. Nesse contexto, optar pelo parto cesárea eletivo faz com que o bebê possa
apresentar problemas a curto prazo de taquipnéia, hipoglicemia, problemas respiratórios, dificuldades de controle térmico, dificuldades de sucção/alimentação, problemas auditivos, visuais, de aprendizagem e de conduta.
Além disso, o neonato apresenta maior risco de morte, necessidade de internação em UTI/CTI, período prolongado de internação e maior procura por serviços de saúde no primeiro ano de vida. A microbiota adquirida no parto vaginal desempenha um papel crucial no desenvolvimento do sistema imunológico e metabólico do bebê. A ausência dessa exposição pode levar a desequilíbrios que aumentam o risco de doenças crônicas.
A longo prazo as complicações tardias após a cesariana são de adquirir rinites alérgicas, asma até os 12 anos, obesidade até os 5 anos, possui mais chances de manifestar distúrbios neurológicos, tais quais Transtorno do Espectro Autista (TEA) e esquizofrenia e doenças autoimunes como dermatite atópica, artrite juvenil e doenças celíacas.
Devemos considerar os potenciais riscos a curto e longo prazo associados à cesárea, quando realizada sem real indicação. Vemos a importância da tomada de decisão informada e baseada em evidências científicas e combater as cesarianas desnecessárias!!
Fonte: Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences
Volume 6, Issue 4 (2024), Page 1413-1432.
https://bjihs.emnuvens.com.br/bjihs/article/download/1931/2140/4567