Psilucimarabatista

Psilucimarabatista Psicóloga, 30 anos de experiência, psicoterapia focada em traumas (EMDR, Brainspotting, Experiência Somática), ofereço cursos e supervisão para psicólogos.

Escritora e palestrante.

13/12/2025

Talvez você já tenha tentado vencer a compulsão na força.
Mas o cérebro não funciona na lógica da “vergonha resolve”.
Ele funciona na lógica da sobrevivência.

Quando uma criança cresce em ambientes marcados por imprevisibilidade, medo, negligência emocional, críticas, violência ou solidão, o sistema nervoso aprende uma regra silenciosa:

> “Eu preciso me regular sozinha(o). E rápido.”

E aí o cérebro faz o que sabe fazer melhor: adaptar-se.

🧠 O QUE A NEUROCIÊNCIA DO TRAUMA MOSTRA

Em estados crônicos de estresse/ameaça, três coisas tendem a acontecer:

1) O alarme f**a alto

A amígdala (detector de ameaça) f**a mais reativa.
O corpo entra em alerta com facilidade: tensão, inquietação, urgência interna.

2) O freio f**a fraco

O córtex pré-frontal (planejamento, inibição, escolha) perde eficiência quando há ativação intensa.
Você sabe o que “deveria” fazer… mas, na hora, o corpo puxa para o automático.

3) O circuito do alívio vira prioridade

O cérebro busca redução imediata de desconforto.
E compulsões (comida, compras, redes sociais, álcool, pornografia, trabalho, etc.) podem funcionar como um “atalho” para:

anestesiar emoções

desligar o pensamento ruminativo

criar sensação breve de controle

gerar um pico de dopamina (motivação/recompensa) e, depois, queda — que alimenta o ciclo

📌 Isso não signif**a que “é só trauma” nem que “não existe responsabilidade”.
Signif**a que moralizar o comportamento costuma piorar, porque reforça o estado de ameaça — e ameaça aumenta compulsão.

🔁 O CICLO: DOR → ALÍVIO → CULPA → MAIS DOR

Muita gente não é “fraca”.
Está tentando sobreviver com ferramentas antigas.

A pergunta que muda tudo é: “O que esta compulsão está tentando resolver em mim?”

🧩 MICRO-EXERCÍCIO (30s) PARA QUEBRAR O AUTOMÁTICO

Quando vier a urgência, faça antes do ato:

1. Nomeie (sem julgamento): “Isso é uma onda de urgência.”

2. Localize no corpo: Onde ela aperta? peito? garganta? estômago?

3. Solte o ar mais longo do que inspira por 3 vezes (isso ajuda a sinalizar segurança ao sistema nervoso).

4. Pergunte: “O que eu estou tentando não sentir agora?”

5. Escolha um micro cuidado de 2 minutos (água, banho, caminhar, mensagem para alguém, música,

12/12/2025

🧠 O trauma não mora na memória.
Ele mora no sistema nervoso.

Quando uma experiência é intensa demais, precoce demais ou solitária demais,
o cérebro não registra apenas o que aconteceu.
Ele registra como sobreviver.

🔹 O corpo aprende a f**ar em alerta.
🔹 A respiração encurta.
🔹 O coração acelera ou colapsa.
🔹 Os músculos tensionam antes mesmo de você perceber.
🔹 O cérebro passa a escanear perigo onde antes havia neutralidade.

Isso não é fraqueza.
É neurofisiologia da sobrevivência.

O trauma reorganiza os circuitos do cérebro:
– hiperativa a amígdala (medo)
– desregula o nervo vago
– compromete a integração entre emoção, corpo e consciência
– mantém o organismo preso ao “e se…?” mesmo quando o perigo já passou

Por isso, muitas pessoas dizem:
“Eu sei que está tudo bem…
mas meu corpo não acredita.”

💛 Cura não é convencer a mente.
É ensinar o corpo que o tempo mudou.

É devolver ao sistema nervoso a capacidade de alternar entre alerta e descanso.
É sair do modo sobrevivência e, aos poucos, reaprender a habitar o próprio corpo.

Se esse texto explicou algo que você sempre sentiu, mas nunca soube nomear,
salve.
E envie para alguém cujo corpo ainda está cansado de lutar.

🦋
Lucimara Batista de Morais
Psicóloga | Trauma & Regulação

11/12/2025

🧠✨ Nem todo pensamento duro é verdade — muitos são só necessidades pedindo para serem vistas.

Quando você se diz “eu sou um problema”, não é você se descrevendo.
É uma parte ferida dizendo: “eu preciso de acolhimento.”

Quando pensa “ninguém liga pra mim”, não é desespero.
É o corpo tentando dizer: “eu preciso de presença.”

Quando surge “eu sempre erro”, não é incapacidade.
É a alma murmurando: “me dá apoio… me ensina… me abraça.”

Rosenberg nos lembra:
💬 o ataque interno é só a linguagem trêmula de uma necessidade não atendida.

E quando você para de brigar com o julgamento
e começa a escutar o que ele guarda,
tudo muda.

A ferida respira.
A verdade aparece.
E o autocuidado finalmente acontece.

Porque no final, você nunca se odiou.
Você só estava tentando pedir ajuda —
da forma que aprendeu a sobreviver.


Psicóloga/ Trauma & Regulação 🦋

10/12/2025

🧠✨ Soltar o que te afunda

Você já percebeu que algumas dores não caminham ao seu lado…
elas te arrastam?

Culpa.
Vergonha tóxica.
Dois pesos que muita gente acredita ter “nascido com eles”…
mas que, na verdade, nasceram lá atrás, na infância, quando você foi culpada por sentir, calada por existir ou pressionada a ser perfeita para ser amada.

Traumas infantis fazem isso:
criam versões de você que carregam sacos invisíveis para sobreviver.

👉 Se te culparam por coisas que não eram suas…
👉 Se riram de você, te envergonharam ou te compararam…
👉 Se o amor vinha com condição, crítica ou silêncio…
o cérebro aprendeu que era mais seguro se diminuir do que se perder.

Mas agora te faço uma pergunta importante:
👉 O que você estaria vivendo hoje se tivesse coragem de soltar um desses pesos?
(Responde aqui nos comentários. Quero te ler.) 💬💛

Quando você larga a culpa, o corpo respira.
Quando você libera a vergonha tóxica, a alma sobe.
Quando você solta o que te puxa para baixo… você volta a existir inteira.

E isso não é egoísmo.
É sobrevivência.
É reparação.
É quebrar um ciclo que começou na infância, mas não precisa terminar em você.

💬 Qual desses pesos te arrasta mais: culpa ou vergonha tóxica?

🦋 Salve este post para lembrar: você não precisa carregar o que nasceu de uma dor que não foi culpa sua.

08/12/2025

🧠✨ O Corpo Como Arquivo da História Que Você Tentou Esquecer

Você já reparou como o corpo fala antes da consciência entender?
Aquele peso estranho que aparece do nada…
A fadiga que não combina com a sua rotina…
A tensão que você tenta esticar e nunca solta completamente.

Não é “só stress”.
Não é “idade”.
Não é “frescura”.

💔 É memória.

O seu corpo é o arquivo vivo das dores que você não pôde nomear.
A mente esquece para te proteger.
Mas o corpo… o corpo nunca abandona aquilo que um dia precisou suportar sozinho.

A dor lombar que insiste.
O maxilar travado.
O nó na garganta que não vira palavra.
A respiração curta que aparece quando você está “bem”.

Tudo isso é o eco das necessidades que f**aram vazias no passado.
O carinho que não veio.
A validação que faltou.
O colo que ninguém te deu.
O amor que você merecia e não recebeu.

Sim — o que faltou também traumatiza.

E a exaustão que você sente hoje não é fraqueza:
é o corpo finalmente tendo espaço para sentir aquilo que você precisou congelar para sobreviver.

Quando você desacelera, a dor aparece.
Não para te derrubar.
Mas porque vulnerabilidade é o corpo pedindo para ser ouvido pela primeira vez.

✨ Suas cicatrizes não signif**am que você está quebrada.
Signif**am que você sobreviveu sem estrutura.
Signif**am força, não falha.
Signif**am resiliência, não descontrole.

Mas existe uma pergunta que só você pode responder:

Até quando você vai viver sob as leis de um passado que já terminou?

A inércia emocional é confortável…
mas aprisiona.
A dor que você carrega não é sua identidade —
é apenas a parte da sua história que ainda não foi integrada.

Você é maior do que o que te feriu.
O seu corpo sabe disso.
E está esperando que você saiba também.

🌿 O ciclo de apenas sobreviver termina quando você decide terminar.
Esse pode ser o seu marco zero.
Esse pode ser o momento em que você escolhe voltar para si.

Se isso tocou você, escreva LIBERDADE nos comentários.
Declare o fim da era do peso morto emocional —
e o início da sua soberania emocional.


Psicóloga/ Trauma & Regulação 🦋

06/12/2025

🧠 O Trauma que Se Manifesta em “Travadas”

Você não é fraca.
Você não é difícil.
E definitivamente, você não “sabotaria tudo de propósito”.

O que você chama de travar…
é o sistema de proteção da infância assumindo o volante quando o adulto que você é tenta seguir em frente.

Eu chamo isso de A Travada Invisível —
o instante em que um medo antigo se disfarça de prudência, hesitação ou autossabotagem.

E talvez você se reconheça aqui:

✨ A travada que te faz dizer “Sim” quando o seu corpo inteiro implora por um “Não”.
Não é submissão.
É o reflexo de quem aprendeu que desagradar poderia custar carinho, paz… ou sobrevivência.

✨ A travada que aparece quando a vida finalmente abre uma porta — e você congela.
Não é falta de ambição.
É o cérebro te puxando para o território conhecido, mesmo que esse território seja a dor.

✨ A travada que transforma conquistas em dúvidas e autocríticas.
Não é ingratidão.
É o velho roteiro interno dizendo que você não merece descanso, brilho ou reconhecimento.

✨ A travada que te distancia de quem você ama no exato momento de intimidade.
Não é desamor.
É o medo primitivo de se machucar outra vez.

✨ A travada que te faz encolher diante de um elogio sincero, como se estivessem falando de outra pessoa.
Não é humildade.
É a ferida antiga te dizendo que seu valor é invisível.

Se você se viu nessas travadas, respire:
Isso não te define.
Isso te revela.

Essas travas não são defeitos.
São mapas.
Mapas das partes de você que foram feridas cedo demais…
e que agora precisam aprender que o perigo já passou.

A boa notícia?
Toda travada tem uma porta de saída.
E a terapia informada pelo trauma é o caminho que ensina o seu corpo a atualizar esse sistema — para que você pare de sobreviver… e finalmente possa viver.


Psicóloga/ Trauma & Regulação

06/12/2025

Quando você diz: "Eu sou preguiçosa" ou "Eu sou estragada", você não está descrevendo um fato. Você está recitando uma sentença de trauma que seu cérebro escreveu há muito tempo.

Essa é a diferença essencial que exploro com o paciente: a fusão entre O Quem e O Que.

O Trauma Complexo faz você se identif**ar totalmente com a sua dor. O seu "Eu Essencial" (O Quem), que é sábio e intacto, f**a oculto pelas Defesas (O Quê).

O Sintoma não é sua Identidade.

O Medo (O Quê) é uma reação do Sistema Nervoso que aprendeu que o mundo é perigoso.

Sintoma não é sua Identidade.

O Medo (O Quê) é uma reação do Sistema Nervoso que aprendeu que o mundo é perigoso.

A Culpa (O Quê) é uma estratégia de sobrevivência que te deu a ilusão de controle.

Quando você diz: "Eu sou ansiosa", seu mundo interno entende: essa é a sua identidade, não podemos mudar. Isso te mantém presa na vergonha tóxica.

Prática (O Empoderamento):

Ao usar o verbo de experiência (está, sente, gera), você se separa da dor e ganha o poder de observá-la:

Em vez de: "Eu sou a pessoa que sempre estraga tudo."

Tente: "Uma parte de mim está com medo de tentar de novo, e meu sistema está gerando uma resposta de sabotagem."

Essa simples mudança de linguagem — de SER para TER ou SENTIR — prova ao seu cérebro que você não está quebrada. Apenas O QUE aconteceu e as defesas precisam de reparo.

Qual é a frase que você mais usa contra si mesma?

Comente abaixo a frase que você vai se comprometer a PARAR de dizer hoje (ex: "Eu sou insuficiente").


Psicóloga/ Trauma & Regulação 🦋

05/12/2025

Dizem que a menopausa é apenas o declínio dos hormônios. Essa é a versão superficial que mantém você refém de sintomas e remédios. A verdade é mais profunda — e, para quem viveu traumas, muito mais barulhenta.

Durante anos, seus hormônios reprodutivos (especialmente o estrogênio) funcionaram como um "amortecedor neuroquímico" no seu cérebro. Eles ajudavam a segurar o impacto do estresse e mascaravam as feridas abertas do seu sistema nervoso. Eles permitiam que você continuasse funcionando, cuidando de todos, engolindo sapos e sobrevivendo, mesmo carregando traumas não processados.

Na menopausa, esse escudo biológico cai. 🛡️❌

E o que acontece? O trauma que estava lá, silencioso nos bastidores, ganha o palco principal. Aquela ansiedade que explode do nada? Não é "só calor". É o seu corpo em estado de alerta máximo que perdeu o filtro. A insônia rebelde? É hipervigilância acumulada. A irritabilidade? É a raiva reprimida de anos de negligência consigo mesma, que agora se recusa a f**ar calada.

A natureza, em sua sabedoria brutal, retira sua capacidade biológica de "criar outros" para te obrigar, finalmente, a criar a si mesma. É um chamado biológico para a reconfiguração.

Não é sobre envelhecer. É sobre evoluir para uma fase onde o autocuidado deixa de ser opcional e vira sobrevivência. Seu corpo não está quebrado; ele está exigindo a cura que você adiou a vida inteira.

A pergunta não é "como eu volto a ser quem eu era?". A pergunta é: "quem eu vou escolher ser agora que não preciso mais agradar ninguém além de mim?"

Vamos reconfigurar esse sistema? 👇 Compartilhe com as mulheres que precisam saber disso.

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04/12/2025

CUSTO DE TER SIDO ADULTO CEDO DEMAIS.

É assim que nascem nossas dificuldades com limites: uma criança que, um dia, precisou ser grande demais, cedo demais.

Quando faltou acolhimento, quando o ambiente não era seguro e ninguém ensinou como dizer "não" sem medo de retaliação… a infância foi interrompida.

O sistema nervoso aprendeu, então, que a sobrevivência dependia de duas estratégias extremas:

Ou se calando para não perder amor ou vínculo.

Ou explodindo para não ser engolida ou desaparecer.

Essa criança que precisou se virar sozinha ainda vive dentro de muitos adultos. É ela quem:

Treme só de pensar em se posicionar;

Aceita tudo para evitar o abandono;

Ou, na defensiva, arruma briga para impor o limite.

O Desalinhamento da Alma

O trauma faz isso: desalinha o tamanho.

trauma faz isso: desalinha o tamanho.

A sua essência mais vulnerável (a alma) f**a pequena e ferida, mas a defesa f**a gigante e descontrolada.

A cura começa quando percebemos que não precisamos mais ser aquela criança que enfrentava o mundo sozinha.

O objetivo não é lutar contra as defesas, mas sim autorizar a criança que sofreu a descansar, tirando o peso do limite dos ombros dela.

Dizer "não" não é sobre ser forte. É sobre permitir que o Adulto Seguro finalmente apareça e assuma o volante.

🦋 Trauma, regulação e o reencontro com o próprio tamanho.

Qual dos dois modos de sobrevivência você mais usa hoje para lidar com limites?

Comente "CALAR" ou "EXPLODIR" para identif**ar sua estratégia e começar a acolher essa criança.


Psicóloga/ Trauma & Regulação 🦋

Limites IFS DizerNão

Endereço

Rua Maranhão Qd 3 Lote 11 Bairro Santa Luzia
Luziânia, GO
72803120

Horário de Funcionamento

Segunda-feira 09:00 - 17:00
Terça-feira 09:00 - 17:00
Quarta-feira 09:00 - 17:00
Quinta-feira 09:00 - 17:00
Sexta-feira 09:00 - 17:00

Telefone

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