14/11/2025
Muita gente olha para o Borderline e enxerga intensidade demais.
O que quase ninguém percebe é que essa intensidade nasceu de um lugar muito simples: sobrevivência emocional.
Quem tem Borderline não reage rápido porque quer. Reage rápido porque, em algum momento da vida, atrasar a resposta foi perigoso. E o cérebro não esquece esse tipo de aprendizado.
Ele se torna um alarme sensível, treinado para detectar risco antes de detectar intenção.
Por isso a emoção chega forte, rápida e dura muito mais do que o esperado. Não é teatro. Não é exagero. É um sistema emocional hiperativado, tentando proteger.
A impulsividade, na prática, é uma urgência interna: resolver tudo agora, antes que vire dor.
E os relacionamentos entram nesse ciclo também: aproxima, garante, se assusta, afasta.
Tudo movido pelo medo de perder e pela dificuldade de confiar na estabilidade.
Mas nada disso define a pessoa.
E muito menos precisa ser um destino.
Com a abordagem certa, como a DBT, que reorganiza o sistema emocional e ensina o cérebro a operar em outra velocidade, a vida deixa de ser um incêndio constante.
As respostas f**am mais suaves.
Os vínculos mais seguros.
A identidade mais estável.
Borderline não é falta de limite.
É um corpo que aprendeu a sobreviver em alerta máximo e que, com tratamento baseado em evidências, aprende a viver em paz de novo. 🤍