27/09/2018
Desenvolvimento e mudança alimentar da criança!
O que fazer quando seu filho repentinamente f**a sem querer se alimentar? Será que ele está doente? Ele não suporta mais papa e nem gogó e agora?
Aos dois anos de vida a criança começa a perceber que pode ser independe da mãe, daí incia-se a fase da birra, da teimosia, e começa aflorar um comportamento meio agressivo, muitas coisas nessa fase se passa pela cabecinha dos pequenos, e como fazer para entender e buscar ajudá-lo nessa fase de desenvolvimento?
Cada criança tem um desenvolvimento diferente, com maturidade acelerada ou mais lenta, são mais calmas ou mais agressivas, e sabemos que o ambiente é muito influenciador, por isso, mantenha a calma, o equilíbrio, e muita paciência.
Para avaliar o desenvolvimento, é preciso coletar dados e analisá-los. Os dados essenciais são:
Peso e estatura, para avaliar crescimento.
Atividades, para analisar o desenvolvimento psicossociológico.
A análise inclui a comparação com referências (tabelas, gráficos, esquemas), daí a conclusão sobre o desenvolvimento. Esta análise geralmente é feita pelo pediatra da criança que o acompanha.
Alguns destes dados devem estar obrigatoriamente no cartão da criança, sendo que o cartão inclui: curva de crescimento e ficha de acompanhamento do desenvolvimento. Pois ele é o instrumento mais comum na nossa realidade.
Existem fatores intrínsecos e extrínsecos que influenciam no desenvolvimento da criança são eles:
FATORES AMBIENTAIS
Compreende-se por fatores extrínsecos, aqueles ambientais. Os essenciais são :
Dieta normal
Ambiente
a) Dieta normal incluirá ingesta adequada de calorias, proteínas, água, lipídios, sais minerais e vitaminas, definidos como componentes essenciais para um crescimento satisfatório.
b) O ambiente englobará, condições geográf**as e físicas, condições sócio-econômicas, urbanização, interação mãe-filho e atividades físicas.
FATORES INTRÍNSECOS
Já como fatores intrínsecos, teremos a herança e o sistema neuroendócrino. No genótipo do zigoto encontraremos a determinação do plano para desenvolvimento psíquico e crescimento futuramente. Determinando mais adiante o fenótipo (genótipo mais ambiente). Os sistemas nervoso e endócrino interagem de maneira complexa.
O hipotálamo irá regular as secreções hormonais (eixo-hipófise-hipotálamo). Alguns desses hormônios agem diretamente sobre o próprio encéfalo e diencéfalo, alterando sua atividade e obviamente influenciando no crescimento e desenvolvimento (psíquico) do indivíduo.
Crescimento
O crescimento é um fator que vai depender muito do ambiente, é um processo contínuo e dinâmico, sendo considerado o indicador mais importante da qualidade de vida da criança. Monitorar a criança e de fundamental importância, não só na infância, mais também durante a adolescência.
OBS: A monitorização é feita desde a formação intra-uterina até a fase da adolescência.
A interação de fatores intrínsecos (orgânicos) e extrínsecos (ambientais) é que determina e influencia o processo de desenvolvimento no ser humano . Entre esses fatores, como já foi dito, temos os genéticos, fatores neuroendócrinos, ambientais, nutricionais e atividade física.
A Alimentação
Alimentação normal é a que garante a composição normal da matéria viva. A composição química do organismo da criança é diferente em cada etapa de seu crescimento, por isso as necessidades alimentares também variam.
Para que a criança fique bem nutrida, ela deve seguir uma dieta que atenda suas necessidades orgânicas e fisiológicas.
A nutrição é todo um processo ao qual nossas funções vitais estão subordinadas, e que através deste processo substâncias orgânicas e inorgânicas, componentes vegetais e animais são incorporados ao nosso organismo.
A alimentação é um evento primário na vida do bebê e da criança pequena. É um foco de atenção de pais e de outros cuidadores, e fonte de interação social por meio de comunicação verbal e não verbal. A experiência de se alimentar oferece não apenas sustento, mas também oportunidade de aprendizagem. Afeta não só o crescimento físico e a saúde da criança, mas também seu desenvolvimento psicossocial e emocional. A relação alimentar é afetada pela cultura, pelo status de saúde e pelo temperamento.
OBS: Se o adulto não tiver tais cuidados com alimentação das crianças dependentes, estas podem ter sua saúde danif**ada fisicamente (f**ando mal-nutrido) e psicologicamente.
O que fazer para que a criança fique bem nutrida?
06 Passos Básicos
1º Atender as necessidades energéticas ou quantitativos ( Será aquela alimentação que o deixará satisfeito e que seja importantíssima para seu desenvolvimento e crescimento).
Atenção!
- Se a criança f**a satisfeito, mais não está se desenvolvendo adequadamente, cuidado, pode está surgindo uma anorexia!
- Ao contrário, se a criança está comendo além do que o organismo necessita, há uma preocupação, uma obesidade pode está a caminho.
2º Ajustar o horário aos intervalos e horários de refeições diárias. A criança deve comer somente quando sentir fome, que geralmente são manifestada pelo choro. Que ao início dos primeiros anos de vida, deve ser flexível, auto-regulado e contínuo.
3º Nutrientes Necessários, ou seja, nutrientes que são essenciais: H2O, carboidratos, proteínas, gorduras, sais minerais e vitaminas devem estar inclusos na dieta alimentar em quantidade suficientes.
OBS: O Leite materno é essencial nos primeiros meses de vida, sendo o recomendado aproximadamente até os 06 meses de vida do bebê, além de proporcionar um vínculo afetivo maior entre mãe-bebê, e ajudar na ordenha e desenvolvimento dos ossos, musculatura da face e dentes.
Amamentação nos primeiros meses de vida da criança é fundamental ao seu desenvolvimento físico e psicológico.
4º Introduzir alimentos novos de forma progressiva e compassada, ou seja, com cautela, não perdendo o foco de que certos tipos de alimento poderá causar intolerância, alergias e sensibilidade no paladar.
5º Oferecer alimentação variada possível, além da criança ter a oportunidade de entrar em contato com outros tipos de nutrientes, estará evitando certos transtornos alimentares.
6º Ter bom senso na hora da administração alimentar, e utilizar técnicas adequadas de boa aceitação , o cuidado com a temperatura, sabor, ambiente agradável, iluminação ruídos, odores, posição do corpo.
OBS: Deve-se respeitar a aceitação e recusa, não agindo agressivamente no ato da administração do alimento.
"A saúde não está na forma física, mas na forma de se alimentar".
Fábio Ibrahim El Khoury