25/08/2017
VAMOS FALAR DE DEPRESSÃO?
Quero dividir com vocês uma preocupação antiga e que veio à tona na noite de ontem depois da morte da jovem Keyth Evelin Pereira Alves de Araújo Lago, de 23 anos, que – ao que tudo indica – se jogou da Ponte do Reginaldo. A Polícia Civil deve investigar o caso, mas todas as evidências apontam para suicídio, motivado por uma depressão pós-parto.
Posso imaginar o que pode ter passado pela cabeça da jovem Evelin e quero orientar vocês a falar sobre o assunto e encorajar todas as mulheres a procurar ajuda. Não tenham vergonha de falar. Não tenham medo. Informações sobre o assunto podem ajudar a identificar os sintomas e diagnosticar o problema. Isso vale para as mulheres e também para seus companheiros. Quando temos apoio daqueles que estão do nosso lado, superar o problema se torna mais fácil.
Se o assunto fosse discutido mais abertamente poderíamos ter evitado a morte desta jovem mãe e de tantas outras. Mães depressivas também colocam em risco a vida de seus bebês. A falta de conhecimento pode levar ao desespero, negação da família e negação da própria doença.
Procure um profissional. Casos de depressão pós-parto são muito mais comuns do que podemos imaginar. Não há motivos para se envergonhar quando isso acontecer. A depressão é uma doença. Ninguém quer ficar doente e nenhuma mãe quer fazer mal ao seu bebê.
Meus sentimentos aos familiares e amigos de Evelin e a todas as pessoas que foram vítimas direta ou indiretamente deste problema.