22/09/2020
Para finalizar a tríade do mês , eu quero promover uma reflexão sobre a relação família-paciente-terapeuta. 💭
Inicialmente, temos que compreender que nosso trabalho envolve “dificuldades” para falar, entender, comer ou ouvir. Lidamos diariamente com queixas de pacientes ou de familiares que estão angustiados à procura de ajuda.
No momento em que você se prepara para dar o feedback ao paciente e aos familiares; eu te pergunto: você já pensou em todos os ajustes pessoais e de vida que acontecem após o diagnóstico para que esse indivíduo possa frequentar a terapia? Como a família e o paciente vão lidar com o diagnóstico? 🤔
1️⃣ A relação família-terapeuta deve ser estabelecida com respeito, corresponsabilidade e confiança, uma vez que o terapeuta será o mediador, ou seja, orientando e preparando a família (agente reabilitador) para a continuidade ao processo terapêutico em casa no dia-a-dia.
2️⃣ Com o paciente, devemos estabelecer uma boa relação a fim de tornar a terapia, um ambiente seguro para que o mesmo possa errar e tentar de novo, compartilhar suas dificuldades e angustias e, a partir dessa observação e escuta durante as terapias, reorganizar nossa atuação como terapeuta.
Por tanto, devemos ter comprometimento com o paciente, paciência para lidar com momentos de frustração, estagnação e cansaço, dedicação em entregar o nosso melhor na reabilitação e compreensão para entender que não haverá apenas dias bons e felizes.
🌿 “O conhecimento técnico por si só não satisfaz a demanda de atendimento, é preciso sensibilidade, amor, dedicação, respeito a cada criança e a cada família em cada momento de vida.”
Indicação para leitura:
- Cardoso, P., Fagundes, R., Amaral, L., & Formiga, C. O papel da tríade família-paciente-terapeuta na reabilitação infantil, 2017.
- Do Nascimento Givigi, R. C., Santos, A. S., & Ramos, G. O. Um novo olhar sobre participação da família no processo terapêutico. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo, 2001.