25/11/2025
Só agora pude me permitir escrever e compartilhar mais sobre as impressões e reflexões que surgiram dessa leitura, mas em tempo… A autora é muito gentil em compartilhar sobre seu percurso de análise, mas além disso, em compartilhar isso tão detalhadamente, com as viradas de vida possibilitadas por esses espaços de escuta e de coragem.
Em análise, logo descobrimos que não é trabalho simples atravessar as fantasias que construímos, pois construímos elas também com muito trabalho, necessariamente.
Poucos têm a oportunidade ou o desejo de se questionar o que se é. “Ser tudo para a mamãe, ser a merdinha, ser invicta, ser perdedora…”
Como bem pontuado pela autora, esse tipo de superação da fiação que temos sobre nossa própria narrativa e a construção de uma nova não é tão simples como uma substituição, e sim surge a partir de uma virada, que após tempos de descoberta pode vir com as questões: como posso fazer algo melhor com isso? algo melhor do que um sintoma ou uma neurose em carne viva? Como ocupar outra posição, que possa ser melhor do que a que eu imagino que me restou?
Bom, mas para isso… quantas feridas narcísicas precisam ser abertas… E, quantas vezes precisaremos descobrir que não somos tão especiais e onipotentes quanto pensávamos: também temos lados feios, que alívio é perceber isso! Talvez então possamos, de fato, falar o que vier à mente!
É preciso muita coragem, pra escrever, pra falar, pra atravessar. Mas, como li de Rosa Maria, ‘’é preferível uma ferida narcísica, do que uma neurose em carne viva’’. Apenas um obrigada a todas as autoras que compartilham em palavras um pouco desse trajeto que é feito na pele!