13/08/2025
Hoje faz três meses da partida do Kauan e em menos de dois dias, sua irmãzinha Maria também partiu!
Uma reviravolta em nossas vidas, onde todos os problemas que eu estava enfrentando se tornaram tão pequenos diante do pesadelo que jamais pensei viver.
A dor não passa com o tempo; ela apenas muda a forma de se expressar, e retomar a rotina se torna tão doloroso.
Vejo você em cada canto da nossa casa, vejo você dentro dos olhos da Isa, que chora pela sua perda… tão pequenininha, e dói tanto vê-la sofrendo e pedindo por você… Como eu queria poder ter o dom de tomar para mim toda a sua dor, minha menina… como eu queria, como mãe, te proteger desse sofrimento.
Como é difícil presenciar a dor dos pais ao perderem seus filhos!
Hoje engulo as lágrimas para que ninguém perceba o sofrimento, mas elas parecem agulhas aqui por dentro.
Engana-se quem pensa que os primeiros dias do luto são os mais dolorosos… com o passar do tempo, a saudade se aprofunda, o vazio se agiganta e cada dia se torna um novo desafio para continuar.
Essa música que você, Kauan, tão novinho, pediu para tocar no seu velório quando partisse, é a música que escuto todos os dias para lembrar de você: de casa até o trabalho ela toca quatro vezes; até a escola da Isa, oito vezes…
E dói tanto, meu amorzinho, lembrar de como você era carinhoso com sua irmã, com sua família…
Te conheci tão pequenininho, te criei como meu, te eduquei e fiz tudo que pude para que, em nossa casa, você encontrasse um lar.
Independente de nossas religiões diferentes, seja no céu ou descansando aqui na Terra até acordar, eu sei que vamos nos reencontrar. E eu peço tanto a Deus que, até esse reencontro, essa dor seja suavizada pelas lembranças lindas e pela saudade de tudo o que vivemos.
Obrigada por ter sido o melhor irmão que a Isa poderia ter, e Maria Ferdinanda (como a Isa chamava) sempre tão doce com ela… Para sempre em nossos corações vamos lembrar de vocês por toda alegria que nos trouxeram!!! Kauan e Maria ❤️❤️