Psicóloga Michelle Bacini

Psicóloga Michelle Bacini Psicoterapia de Orientação Psicanalítica

Encerramento das atividades de 2026 do grupo de estudos psicanalíticos ENTRELaços._Muito obrigada amigas queridas pela c...
29/11/2025

Encerramento das atividades de 2026 do grupo de estudos psicanalíticos ENTRELaços.
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Muito obrigada amigas queridas pela companhia em mais esse ano. Vocês são um presente em minha vida. É muito boa a liberdade e intimidade que recheiam nossos encontros que tanto me abastecem.
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Vida longa à ENTRElaços❤️❤️❤️❤️❤️
Compartilho com vocês os versos de Milton Nascimento que ganhamos de presente da .angelicacalaresi

“Se você quiser transformar
O Ribeirão em braço de mar
Você vai ter que encontrar
Aonde nasce a fonte do ser”

Quem sabe isso quer dizer amor - Milton Nascimento
angelicacalaresi


Me encontrei por acaso com essa planta que está ilustrando este post e ela me causou um impacto. O contraste dos espinho...
13/11/2025

Me encontrei por acaso com essa planta que está ilustrando este post e ela me causou um impacto. O contraste dos espinhos com a flor levou as minhas associações para longe.

Primeiramente fiquei pensando sobre a principal função de um espinho em uma planta, que é a de defesa. Eles servem como uma barreira física para dissuadir animais herbívoros de comer partes da planta. Portanto, eles têm a função de conservação e proteção.

Isso me fez pensar sobre as defesas psíquicas que podem se organizar e se erguer para proteger o psiquismo de situações onde a capacidade para captar a realidade e elaborá-la se torna insuficiente.

Algumas defesas, quando acirradas, podem provocar certo isolamento, pois os espinhos podem afastar e podem até ferir quem tenta se aproximar. Entretanto, não há como não pensar na flor, na parte encantadora e bela que também habita a planta cheia de espinhos.

Assim também somos nós: um compilado de contradições e paradoxos, às vezes espinho, às vezes flor e, às vezes, tudo junto. E essas contradições e defesas são materiais para serem conhecidos e integrados em um processo analítico. Nós, enquanto analistas, não podemos prematuramente questionar as defesas psíquicas que o paciente apresenta, mas talvez seja importante pensar qual a função que elas têm, pois, às vezes, uma “casca grossa” ou um espinho esconde/protege uma “pele fina”. O que me faz lembrar de Clarice Lispector quando diz:

“Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro.”

🌻🌸🌺

11/10/2025

Convido vocês para o lançamento do livro: Mães psicanalistas - entrelaçamentos entre a vida e a clínica na FLIM - Maringá.
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Dia 12 de outubro de 2025 às 18:00
Espaço dos autores independentes
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Vou conversar com minha amiga e autora do livro e o organizador do livro .arndt.psi
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“Entre encantos e espantos: as complexidades da maternidade” será o tema de nossa fala.
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Vem pra .maringa
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Registros de uma noite especial. Peça de teatro: Freud e o homem dos ratos. Produzida, dirigida e interpretada pelo psic...
29/09/2025

Registros de uma noite especial. Peça de teatro: Freud e o homem dos ratos. Produzida, dirigida e interpretada pelo psicanalista a peça retrata um dos casos emblemáticos atendidos por Freud em que se encena a neurose obsessiva compulsiva.
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Foi um belo encontro da arte com a vida e transmissão da psicanálise. As atuações foram impecáveis, deixando evidente o sofrimento que vive aquele que sofre com os sintomas obsessivos.
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Ainda de quebra encontrei muitas amigas e amigos que a psicanálise me presenteou ao longo do meu percurso profissional, aliás nunca vi tanto psicólogo junto num único recinto. Teatro lotado e casa cheia de mentes que buscam essa intersecção entre arte e psicanálise, signif**a que a psicanálise pulsa e está mais viva do que nunca.
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Um agradecimento especial à e todos os seus membros, que com o apoio de outras instituições que trabalham de maneira ética com a transmissão da psicanálise, oportunizaram esse momento impar no cenário psi maringaense. Você estão de parabéns, tomara que tenhamos mais momentos como esse.

Recentemente, acompanhei minha filha mais nova, de 10 anos, no Campeonato Paranaense de Ginástica Rítmica. Posso dizer q...
10/09/2025

Recentemente, acompanhei minha filha mais nova, de 10 anos, no Campeonato Paranaense de Ginástica Rítmica. Posso dizer que foi uma experiência de muito aprendizado para mim. Imagino que, para minha filha, para as outras ginastas e para as mães também tenha sido.



Mas quero falar um pouco sobre esse lugar de apoio, de plateia, que ocupei nesses dias e que penso ser muito importante para o desenvolvimento de um filho. Refiro-me à importância da entrada de outras pessoas na vida de nossos filhos, nesse espaço secundário que os pais vão ocupando à medida que eles crescem.



Nessa viagem, a referência principal para os combinados e regras vinha da técnica: horário de saída, onde comer, o que as crianças podiam ou não comer. Eu e as outras mães apenas acompanhávamos. Inclusive, não ficávamos com nossas filhas nos quartos do hotel.



Isso me fez pensar no quanto é importante abrir mão desse protagonismo na vida dos filhos, permitindo que outras referências de cuidado entrem, que outros vínculos sejam valorizados para além da figura dos pais.



A técnica, com sua sensibilidade, sabia exatamente como falar com cada menina ao pé do tapete, minutos antes da competição: incentivava, dava bronca, carregava no colo, enxugava lágrimas e vibrava de alegria. As amigas de tapete incentivavam-se mutuamente, vibravam com as conquistas e se condoíam diante das dificuldades que presenciavam. E as mães que estavam presentes também se apoiavam entre si: chorávamos de alegria, nos preocupávamos e nos ajudávamos a tolerar o fato de estar na plateia, quando, muitas vezes, a vontade era pegar a filha e sair correndo do ginásio.



Essas vivências reforçam, para mim, a importância de os pais aprenderem a tolerar f**ar de fora, permanecer na plateia, para que os filhos possam assumir o protagonismo no palco de suas próprias vidas.



Recomendo a leitura do capítulo 7 (disponível no link da minha bio) do livro A tragicidade do existir – diálogos entre mitos gregos e psicanálise, em que abordo essa questão dos lutos dos pais na adolescência dos filhos.

21/08/2025

Neste vídeo falo sobre a escrita do meu capítulo no livro organizado pelo psicólogo .arndt.psi
Mães psicanalistas - Entrelaçamentos entre a vida e a clínica.

O título do meu capítulo é: Maternidade – uma dança relacional singular
“Falar sobre maternidade para mim é entrar em território de ambivalências e turbulências emocionais. Pensei em começar com algumas perguntas: o que dizer sobre ser mãe? De que lugar posso falar da maternidade? Do lugar de mãe das minhas filhas? Do lugar de filha da minha mãe? Será possível falar de um único lugar? E na clínica, como as questões referentes à maternidade me impactam? Quando a psicanálise me salvou no meu maternar e quando ela me atrapalhou? Não tenho pretensão de responder de maneira fechada essas perguntas, mas pretendo ampliar algumas questões a partir delas” (pag. 35)

Convido vocês a participar do evento de lançamento oficial do livro que será dia 22 de agosto na EPPM Escola de Psicoterapia Psicanalítica de Maringá às 18:30. O evento será presencial, porém haverá transmissão simultânea, então quem é de fora também pode acompanhar.

18:30 Evento de pré-lançamento: “Pensando as funções cuidadoras na paternidade e paternidade”

20:00 Conversa com as autoras sobre seus capítulos, suas experiências e processos de escrita

Será uma alegria contar com a presença de vocês. Até lá.



“Tudo é rio” este livro de Carla Madeira, assim como os outros que ela escreveu, são simplesmente arrebatadores. A leitu...
04/08/2025

“Tudo é rio” este livro de Carla Madeira, assim como os outros que ela escreveu, são simplesmente arrebatadores. A leitura é completamente envolvente, instigante, tem muita dor, mas ao mesmo tempo vida, é um livro onde as descrições feitas pela autora dão forma a sensações e sentimentos intensos, indescritíveis e indizíveis.

Poderia destacar inúmeros trechos que me atravessaram, porém compartilho com vocês esse trecho que recentemente foi recuperado em minha análise pessoal pela minha analista diante da minha perplexidade frente a uma grande impossibilidade.

“Quem vê de fora faz arranjos melhores, mas é de dentro, bem no lugar que a gente não vê, que o não dar conta ocupa tudo”

E não é assim que muitas vezes nos deparamos com a sensação de perplexidade entre a discrepância dos olhares de quem está vivendo e de quem está assistindo? Pois é esse material que se encontra do lado de dentro, no lugar que não vemos, a matéria-prima a ser explorada numa análise.

Boa semana

Minha filha mais velha está no primeiro ano do ensino médio. Neste ano, ela quis se inscrever como treineira no último v...
23/07/2025

Minha filha mais velha está no primeiro ano do ensino médio. Neste ano, ela quis se inscrever como treineira no último vestibular da Universidade Estadual de Maringá. Acompanhar minha filha nessa experiência pela UEM foi muito impactante. Caminhar por lá me faz revisitar um filme da minha própria história. Eu me formei na UEM, mas vejam só que curioso: o bloco onde minha filha fez a prova eu não conhecia. Isso me fez pensar nos caminhos distintos que os filhos podem trilhar em relação aos pais, em como eles podem ir além e nos colocar diante de não saberes incalculáveis.

Já a caminho do bloco, enquanto andávamos, ela foi um pouco à frente e, depois de uma curva, parou e disse: “Quanta gente…” Ela parecia assustada. Eu também estava. Tínhamos ainda um pouco de tempo antes que o sinal tocasse, marcando a abertura dos portões do bloco. Quando o sinal tocou, ela se despediu e foi. Acompanhei-a até onde me era permitido ir junto e, depois, com meu olhar, até que não a vi mais. Ela foi fazer a prova, e eu voltei para casa.

No caminho de volta, em meio ao congestionamento gigante, fiquei observando a realidade dos pais: uns indo embora, outros sentados em cadeiras de praia aguardando, outros ainda tirando um cochilo no carro. Todos estavam fora da prova do vestibular — não havia pai ou mãe dentro dos blocos.

Isso tudo me fez pensar nas tantas experiências que já vivi — e ainda viverei — com minha filha adolescente, experiências que implicam separações. Para que os filhos alcem seus voos solos, muitas vezes é necessário que os pais saiam de cena, fiquem nos bastidores do palco da vida. E isso nem sempre é fácil. Mas é muito importante tolerar essas distâncias para que o aprendizado com a própria experiência possa surgir.

A imagem que ilustra o texto representa o processo de amadurecimento dos filhos. Se tudo correr bem, cria-se um intervalo entre pais e filhos. Vamos f**ando para trás, vamos perdendo o protagonismo na vida deles, tomamos caminhos distintos, com a garantia do reencontro do lado de dentro. O mundo é grande demais para f**ar circunscrito às projeções dos pais sobre os filhos.
Voa, minha filha. Com amor, mamãe ❤️
Texto:

“Não dá pra criar desejo no outro”Certa vez, escutei essa frase na análise e ela me incomodou bastante, ardeu, pois na o...
18/06/2025

“Não dá pra criar desejo no outro”

Certa vez, escutei essa frase na análise e ela me incomodou bastante, ardeu, pois na ocasião havia claramente em mim, um desejo por transformação muito maior do que no outro envolvido na situação.
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Essa circunstância me leva a pensar na clínica, nos limites do nosso trabalho. Para que haja um processo analítico é necessário que se estabeleça uma aliança terapêutica, um vínculo que pode se fortalecer à medida que as sessões transcorrem e que se estabelece uma confiança e segurança na relação analítica.
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Mas não cabe ao analista criar o desejo no paciente, desejo de continuar, desejo por mudanças, entre tantos outros desejos. Nesse sentido faz muito sentido a recomendação do psicanalista Bion que adverte que diante do paciente, a cada sessão, possamos experimentar um estado de mente que contemple o “sem memória, sem desejo e sem ânsia de compreenssão”.
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Sobre isso, Zimerman comenta que Bion “pretendeu caracterizar é que o psicanalista deve evitar ao máximo que sua mente esteja saturada pela memória se situações anteriores, pelos seus desejos pessoais e por uma ânsia compulsória de compreender de imediato – e tudo – o que está se passando durante a sessão” (p. 99).
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Diante disso, questiono o quão perigoso f**a um campo relacional onde o analista não considera os limites de sua função e extrapola os ajustes e adaptações para dar continuidade ao processo. Sabemos que o analista muitas vezes precisa se ajustar ao paciente, porém isso precisa ter limites, e essas medidas são singulares à cada dupla, mas talvez diante dessas demandas precisamos nos questionar: quais as condições mínimas para o andamento do processo? Ajustar, negociar, adaptar é para quem? É para o paciente? Ou é para atender, manter e alimentar o aspecto narcísico e onipotente do analista que não frustra o paciente e quer evitar as transferências negativas dirigidas à ele?
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Esses são questionamentos ardidos, porém necessários para que possamos manter o compromisso ético com o exercício de nosso trabalho. Faz sentido para você?

Endereço

Maringá, PR
87030050

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