Avicena - Equilíbrio Vital e Cura

Avicena - Equilíbrio Vital e Cura Psiquiatria, Homeopatia, Medicina de Família, Acupuntura
Terapia Ocupacional, Integração Sensorial

Perspectiva da saúde e da harmonia nas diversas etapas da Vida. Você, suas fases, suas origens, sua família: tudo isso impacta na sua saúde!

12/11/2025

ATENÇÃO❗O WhatsApp da clínica foi hackeado agora a tarde. Pedimos desculpas pelo incoveniente, estão tentando aplicar golpe enviando arquivo com orçamento.

Ainda não conseguimos recuperar o número do telefone.
Por enquanto, podem se comunicar conosco através do telefone: 44 99182-4545 (Ariane) até que tudo se resolva.

Agradecemos a compreensão e não estamos enviando nenhum orçamento por mensagem.

História de CORAGEM, FORÇA, RESISTÊNCIA!♀️⚠️Entre tantos desafios, no panorama contemporâneo da saúde mental, as mulhere...
08/03/2023

História de CORAGEM, FORÇA, RESISTÊNCIA!♀️

⚠️Entre tantos desafios, no panorama contemporâneo da saúde mental, as mulheres são as que mais sofrem de ansiedade e depressão.

Nossa gratidão e admiração à todas as mulheres que nos inspiram! 🌻🌷🌻

Mulher, você é POESIA! Lembre-se:

☑️ Você é o seu projeto mais importante!
☑️ Ame-se
☑️ Cuide-se
☑️ Dance





8 Likes, 1 Comments - Clinica Avicena () on Instagram: "História de CORAGEM, FORÇA, RESISTÊNCIA!♀️ ⚠️Entre tantos desafios, no panorama conte..."

24/08/2022

Bate papo sobre Ansiedade


Parabéns pelo seu aniversário, Dr Marcus. Você merece todas as felicitações.Sua atenção e seu carinho com a vida dos out...
07/05/2022

Parabéns pelo seu aniversário, Dr Marcus. Você merece todas as felicitações.
Sua atenção e seu carinho com a vida dos outros são dons que só quem é médico pode ter.
E quem cuida tanto de muitos hoje merece todos os parabéns.
Feliz aniversário.

Olá amigos, esse texto é referente a palestra realizada no mês passado. Quem foi e deseja aprofundar ou quem não pode ir...
14/12/2014

Olá amigos, esse texto é referente a palestra realizada no mês passado. Quem foi e deseja aprofundar ou quem não pode ir e se interessa pelo tema, pode conferir o texto completo no Blog. Um abraço!

"Para compreender o Bhagavad Gita é necessário ter em mente que a vida tem um sentido e que esse sentido está ligado à superação de si mesmo, como um caminho pessoal e intransferível. Este caminho tem como ponto de chegada a união da Alma individual com a Alma Universal, com Deus. Essa é a essência do Sanatana Dharma, aquilo que permeia todas as Religiões e todo o caminho do Yoga, dois termos que expressam o mesmo sentido, de religação e união".

Médico formado pela Universidade Federal do Paraná, com residência médica em Medicina de Família pela UNICAMP, especialização em Medicina Chinesa - Acupuntura pela UNIFESP, especialização em Homeopatia pela Escola Homeopática de Curitiba, especialização em Psicologia Transpessoal pela UNIBEM.

HOMEOPATIA E VACINAÇÃOA relação entre a Homeopatia e o emprego de vacinas é um tanto controversa. É possível encontrar p...
27/09/2014

HOMEOPATIA E VACINAÇÃO

A relação entre a Homeopatia e o emprego de vacinas é um tanto controversa. É possível encontrar profissionais com as mais diferentes abordagens nesta área. Antes de ser Homeopata, sou também Médico de Família e Comunidade e sempre atuei na Saúde Pública, compreendendo que a vacinação atua tanto no âmbito individual quanto coletivo. No entanto, sempre coloquei em cheque a questão da obrigatoriedade vacinal. Se cada pessoa não tiver o direito de escolher como cuidar de sua saúde e da saúde de seus filhos, que direito teremos então? Por isso, considero fundamental que todos tenham acesso a informações qualificadas e possam fazer suas escolhas de maneira consciente.
Aos que desejam se tratar com homeopatia, existem ao menos quatro caminhos relacionados ao uso das vacinas. Primeiramente iremos listar e trabalhar em cima desses possíveis caminhos e ao final realizar uma discussão mais ampla e geral sobre o assunto. O primeiro caminho é utilizar as vacinas tradicionais e lançar mão de medicamentos homeopáticos que reduzem os efeitos adversos das vacinas, o segundo é empregar exclusivamente vacinas homeopáticas, o terceiro é mesclar vacinas homeopáticas com vacinas tradicionais, enquanto um quarto caminho seria não empregar nenhum tipo de vacina.
1. Utilizar todas as vacinas tradicionais e utilizar medicamentos homeopáticos que reduzem os efeitos adversos das vacinas. Os medicamentos homeopáticos mas tradicionalmente utilizados para essas finalidade são Thuya, Silicea, Malandrinum e Sulphur, porém muitos outros também podem ser utilizados. Geralmente será utilizado o medicamento mais adequado ao perfil homeopático do paciente e ao perfil de efeitos apresentados em decorrência da vacinação. O esquema mais utilizado é uma dose um dia antes da vacinação, uma no mesmo dia e outra um dia após. Vamos ressaltar a contraindicação do uso de antitérmicos para atenuar o mal estar e a febre desencadeados pelas vacinas, pois essa prática reduz significativamente a produção de anticorpos.
2. Utilizar vacinas homeopáticas. O termo mais correto é Homeoprofilaxia, significa o uso de microorganismos (vírus e bactérias) dinamizados homeopaticamente segundo a dinamização hahnemanniana. Esses microorganismos dinamizados são chamados de nosódios[1] e possuem um vasto emprego em Homeopatia. No contexto que estamos descrevendo, são utilizados para gerar estímulo imunológico. Vale ressaltar que não é o mesmo que dinamizar homeopaticamente uma vacina, pois as vacinas não são feitas apenas de antígenos, elas contém uma serie de outros elementos, como diluentes, aditivos, antibióticos, conservadores e sais de alumínio, chumbo ou mercúrio. Para utilizar a Homeoprofilaxia deve-se primeiro definir quais nosódios utilizar e em que idade iniciar. Todas as vacinas que perfazem o nosso calendário tem um nosódio correspondente que pode ser utilizado como homeoprofilaxia. Emprega-se sempre um nosódio por vez, geralmente repetido no mês seguinte. Pode-se iniciar em qualquer idade. Alguns optam por iniciar logo no primeiro mês de vida, mas é bastante viável também iniciar aos 6 meses ou com 1 ano de idade, devido a proteção proporcionada pelo leite materno.

3. Combinação entre Homeoprofilaxia com algumas vacinas tradicionais. Algumas pessoas optam pelo emprego da Homeoprofilaxia, porém se sentem inseguras com a não utilização de algumas das vacinas tradicionais, como a vacina da Poliomielite e a anti-tetânica. Neste caso, todo esquema de Homeoprofilaxia é realizado e em adição a este, utilizam-se algumas vacinas tradicionais, empregando os medicamentos homeopáticos adequados para diminuir efeitos indesejáveis. Outros optam por espaçar o calendário, retardando o emprego de algumas vacinas.

4. Não utilizar vacinas tradicionais nem Homeoprofilaxia. Algumas pessoas que se tratam com Homeopatia, optam por não realizar nenhum esquema de Homeoprofilaxia, em função do princípio de que o uso dos medicamentos homeopáticos individualizados irá por si mesmo fortalecer o sistema imunológico, principalmente se foi utilizada Homeopatia desde a gestação. Assim como, as doenças infecciosas quando surgirem serão tratadas de maneira eficiente pela Homeopatia.

Não se pode negar que as vacinas trouxeram benefícios em termos de saúde pública, com a erradicação de algumas doenças como a varíola e diminuição significativa de outras tantas como o Sarampo e a Poliomielite. Porém com o passar dos anos o número de vacinas foi aumentando, até o fina da década de 80 as crianças recebiam apenas 3 vacinas no primeiro ano de vida – Polio, DTP e Sarampo, enquanto atualmente chegamos a mais de 20 vacinas no primeiro ano de vida. Hoje podemos nos questionar: será que não estamos passando do ponto?
Primeiramente devemos esclarecer que vacinação não é sinônimo de imunização. Cada organismo reage de uma maneira particular aos estímulos do ambiente e o mesmo ocorre com as vacinas. Isso quer dizer que doenças como Sarampo, Meningite meningocócica, Caxumba, Coqueluche, etc... podem ocorrer mesmo em indivíduos vacinados com as vacinas tradicionais. Uma vacina é considerada eficaz se for capaz de produzir resposta imunológica em pelo menos 50% dos indivíduos vacinados. Muitas vacinas beiram essa margem, ou atingem até 70 – 75% de resposta imunológica.
Outro ponto importante é a maneira como as vacinas são produzidas e administradas, a qual apresenta grandes implicações. As vacinas necessitam de meios biológicos para o cultivo e atenuação dos microorganismos. Estes meios de cultivo são embriões humanos ou tecidos (rins, fígado, etc) animais. Terminada essa fase biológica, os antígenos produzidos são misturados aos adjuvantes e conservantes químicos, muitas vezes tóxicos, como alumínio e mercúrio. Terminado esse processo vem a conservação, muitas vezes inadequada, prejudicando todo o trabalho anterior e interferindo com o produto final a ser administrado. Por fim, chegamos até a administração das vacinas, na maior parte das vezes com muitos antígenos de uma só vez e por via parenteral (intramuscular ou subcutânea). Seguindo essa rota temos a sequencia de inúmeros efeitos adversos que podem ocorrer a curto, médio e longo prazo. Esses possíveis efeitos adversos podem ser divididos em três categorias:
1.Efeitos tóxicos: podem ser provocados pela liberação de toxinas pelos microorganismos atenuados, como por efeito direto dos aditivos. Como exemplo podemos citar linfadenites reativas a vacina BCG.
2.Infecção direta: muitas vezes a pessoa desenvolve o tipo de infecção a que a vacina se propunha a prevenir. É mais comum ocorrer em vacinas de vírus vivos atenuados (sarampo, rubéola, cachumba, varicela, Sabin – pólio oral, febre amarela), porém também ocorrem casos em vacinas feitas com microorganismos mortos, como a vacina da coqueluche, feita com bactérias Borderela pertussis mortas, ou mesmo a vacina da gripe. Nestes casos a pessoa toma a vacina na maior das boas intenções, porém alguns dias depois desenvolve a própria doença como consequência da vacina. A gravidade da infecção vacinal depende da gravidade da própria infecção natural, por exempo: a poliomielite vacinal tende a ser mais branda, como a própria poliomielite natural, em que a maioria dos casos á assintomática e apenas 3 a 5% evoluem de maneira desfavorável, podendo permanecer com sequelas motoras. Por outro lado, a febre amarela vacinal, assim como a doença natural, é potencialmente mais grave, apesar de ser pouco frequente (cerca de 1 caso para cada 200.000 doses de vacina), ocorrem óbitos em 50% das pessoas que desenvolvem a febre amarela vacinal.
3. Distúrbios da imunidade: o ideal é que tenhamos uma imunidade equilibrada, que não funcione nem abaixo (imunodeficiência) e nem acima (alergia e autoimunidade) do ideal. As vacinas podem funcionar como gatilho na alteração deste equilíbrio fino. Um dos efeitos mais notáveis em curto prazo é a diminuição proporcional das IgA (Imunoglobulinas A, responsáveis pela imunidade ao nível das mucosas) após a vacinação. Isto ocorre, pois as vacinas intramusculares não passam pelas mucosas e não estimulam a imunidade local, ao contrário da imensa maioria das infecções naturais, em que a via de entrada dos microorganismos se dá pelas mucosas dos tratos digestivo, ge***al ou respiratório. A diminuição proporcional de IgA torna o indivíduo mais suscetível a inúmeras infecções, como enteroviroses e infecções de vias aéreas. Além dessa questão relacionada à diminuição das IgA, temos também o crescente número de doenças autoimunes e doenças alérgicas, as quais podem estar relacionadas ao excesso de vacinação. Muitas situações de doenças auto-imunes pós vacinação estão bem documentadas, como a ocorrência de Síndrome de Guillan Barret após diversos tipos de vacinas, como tríplice viral, varicela e influenza. Alergias e doenças auto-imunes tem mecanismos complexos e muitas vezes é difícil de estabelecer relação de causa e efeito, pois os efeitos podem aparecer após muitos anos.


Homeopatia e Homeoprofilaxia:

O primeiro Homeopata a realizar Homeoprofiaxia foi quem desenvolveu a Homeopatia, Samuel Hahnemann. Durante uma epidemia de escarlatina em 1801, Hahnemann constatou que a maioria dos doentes se curava com o medicamento Belladona e depois de um tempo percebeu que alguns de seus pacientes que já haviam recebido Belladona por outros motivos acabaram não contraindo a escarlatina. Experimentou então a fazer uso de Belladona como profilaxia para a febre escarlate e obteve ótimos resultados. Esta é a abordagem do Gênio Epidêmico, na qual o conjunto principal de sinais e sintomas de uma epidemia é estudado para se chegar a um medicamento homeopático que possa ser útil na grande maioria dos casos e que também será útil como profilático.
Atualmente pode-se utilizar, além do Gênio Epidêmico, o nosódio específico da doença infecto-contagiosa com o intuito de Homeoprofilaxia. Durante a época de Hahnemann os nosódios ainda não eram muito estudados e, portanto, não foram usados como Homeoprofilaxia. Atualmente, as duas abordagens podem ser utilizadas, mas na maioria dos casos são utilizados nosódios para Homeoprofilaxia.
A Homeoprofilaxia é uma alternativa viável e de comprovada eficácia em diversos estudos. Ex: em 1974, durante um surto de Meningite meningocócica no Brasil, 18.640 crianças receberam uma única dose de Meningococinum na potência 30CH, enquanto 6.340 crianças receberam placebo. Das mais de 18 mil que receberam a homeoprofilaxia com Meningococinum ocorreram apenas 4 casos de meningite meningocócica, enquanto no grupo controle, com 6 mil crianças, houve 32 casos de meningite meningocócica. Esse estudo mostra uma efetividade de mais de 95%, equiparável à efetividade da vacina tradicional. Existem outros ótimos estudos com o emprego de diversos nosódios em homeoprofilaxia. Muitos desses estudos podem ser encontrados nos endereços eletrônicos nas referências 2 e 3.

O que pesa contra a Homeoprofilaxia?
O que mais pesa, certamente, contra a Homeoprofiaxia assim como contra a Homeopatia como um todo, é a poderosa Indústria Farmacêutica, que não tem nenhum interesse em reduzir os seus lucros bilionários. Isso faz com que os bons estudos existentes não recebam o devido valor.
Porém, além disso, talvez o que mais dificulte a prática da Homeoprofiaxia, mesmo entre os Homeopatas, é a falta de um padrão em termos de potência a ser utilizada, número de doses e intervalo entre as doses. Para corrigir esse fato, Dr. Isaac Golden, um Homeopata Australiano com extensa publicação na área da Homeoprofilaxia, vem trabalhando há décadas com um esquema padrão que mostra excelentes resultados. As tabelas com o cronograma de homeoprofilaxia e com os resultados obtidos podem ser encontradas no livro The Solution, Homeoprofilaxis: the vaccine alternative, nas páginas 29 e 60, respectivamente.

O que pesa a favor da Homeoprofilaxia?
Baixo custo, possibilidade muito baixa de efeitos adversos, respeito ao desenvolvimento do sistema imunológico, pois estimula a resposta imunológica geral e não apenas a específica. Ausência de adjuvantes, conservantes, antibióticos.Por fim, sabemos o quanto esse tema da vacinação desperta polêmicas, por isso ressaltamos a necessidade de se respeitar todas as opiniões e escolhas individuais nesse sentido. Em minha prática tenho como base orientar sobre as opções disponíveis e permitir que a pessoa escolha o que considera mais adequado.
Esperamos ter contribuído para o debate em uma área tão delicada dos cuidados com a nossa saúde. As crianças não podem decidir sobre qual abordagem desejam que seja utilizada para sua proteção às doenças infecciosas e isso aumenta nossa responsabilidade como pais, educadores e profissionais de saúde.

Referências:
1. Birth, K. e Whatcott, C., The Solution, Homeoprofilaxis: the vaccine alternative, 2012.
2. Jeutter, R. The History of Homeprophylaxis and review of the evidence to support it’s efficacy. http://www.thehomeopath.org.uk
3. Publicações do Dr. Isaac Golden. http://www.homstudy.net/Research/
4. Azambuja, L. M. S. Vacinas: Uma Postura Homeopática. Disponível em http://www.cesaho.com.br/biblioteca_virtual/index.aspx
5. Centro de Vacinação de Adultos da UFRJ. http://www.cva.ufrj.br/

[1] Os Nosódios também podem ser produzidos a paritr de outros componentes orgânicos patogênicos, como secreções, células cancerígenas, etc. Assim como todo medicamento homeopático, são dinamizados até que permaneça apenas o tom vibratório/energético da substância.

Figura do livro Birth, K. e Whatcott, C., The Solution, Homeoprofilaxis: the vaccine alternative, 2012

Médico formado pela Universidade Federal do Paraná, com residência médica em Medicina de Família pela UNICAMP, especialização em Medicina Chinesa - Acupuntura pela UNIFESP, especialização em Homeopatia pela Escola Homeopática de Curitiba, especialização em Psicologia Transpessoal pela UNIBEM.

PROCESSOS FEBRIS NA INFÂNCIA                                                                                            ...
03/08/2014

PROCESSOS FEBRIS NA INFÂNCIA


Os quadros febris na infância são frequentes, fazem parte do desenvolvimento do sistema imunológico e na maior parte das vezes são auto-limitados, isto é, resolvem-se por si mesmos sem qualquer intervenção externa. No entanto, ver uma criança com febre geralmente é motivo de muita preocupação e ansiedade. Neste texto buscaremos esclarecer alguns dos pontos principais destes quadros febris, incluindo a discussão do uso de antitérmicos, antibióticos e a abordagem homeopática.
A temperatura normal na região axilar vai de 36,0°C até 37,2°C no adulto, porém em bebês pode chegar a 37,5°C ou até 38,0°C no fim da tarde. Mas podemos considerar 38,0°C como ponto de corte para afirmar se existe febre, sendo possível utilizar o termo febrícula quando a temperatura se encontra entre 37,3°C e 37,9°C. Dizemos que há febre quando o aumento da temperatura ocorre por alteração no ponto de regulação do Centro Termo-regulador, uma espécie de termostato interno, localizado no hipotálamo, estrutura do Sistema Nervoso.
E o que pode provocar febre?
A febre ocorre em função da liberação de substâncias chamadas de pirógenos, legítimos mensageiros que vão ao hipotálamo “solicitar” o aumento de temperatura em situações como infecções, necroses, tumores e infamações decorrentes de processos auto-imunes.
Toda febre de curso agudo nos direciona a pensar em processos infecciosos e isso é ainda mais verdadeiro quando falamos dos processos febris na infância. Por esse motivo, abordaremos neste texto a febre dentro desse contexto de reação à infecção. Diante de um quadro febril é indispensável ter o diagnóstico da origem do processo, por isso deve-se mesmo levar a criança ao médico, seja pediatra ou médico de família. O ideal é ser avaliado pelo mesmo profissional que já acompanha a criança, evitando-se ao máximo o pronto-socorro.

Funções da febre e malefícios do uso indiscriminado de antitérmicos

Nada ocorre por obra do acaso e se a febre é requisitada é porque tem um papel a cumprir. A função principal da febre é a de ativar o complexo enzimático-imunológico, ou seja, a febre faz o sistema imune trabalhar melhor. Esse é um ponto muito significativo. A febre joga a favor e não contra. É importante enfatizar isso, pois vemos no cotidiano que a maioria das pessoas enxerga a febre como inimiga, utilizando expressões como “graças a Deus não teve febre”.
Quando estamos doentes, particularmente num quadro febril agudo, necessitamos de repouso, nosso corpo necessita armazenar a energia para atravessar o quadro. Porém, o antitérmico retira esse impulso natural ao repouso, proporcionado pela febre. Após baixar a temperatura a criança se sente mais disposta e então como convencê-la a se poupar? Ela irá desperdiçar energia que dificultará a recuperação.
Como já vimos, a febre tem a função de estimular a imunidade e em decorrência disso é de se esperar que a supressão da febre com antitérmicos reduza a resposta imune. Até pouco tempo não havia comprovação científica de que o uso de antitérmicos pudesse diminuir a eficácia da resposta imunológica, porém estudos recentes mostraramm que a administração de antitérmicos antes das vacinas reduz significativamente a produção de anticorpos. Considerando que as vacinas são “infecções fictícias”, podemos avaliar que o mesmo é verdadeiro para as infecções reais, ou seja, antitérmicos podem reduzir a produção de anticorpos, o que é ruim não somente para o quadro agudo que a criança está passando, mas para o seu próprio desenvolvimento. Pois com uma produção insuficiente de anticorpos durante o processo infeccioso significa que a criança terá passado pelos desconfortos do quadro agudo sem que o seu organismo tenha aprendido a lidar com ele, sem o efeito positivo. E então o que ocorre? Duas semanas depois ela inicia um novo quadro febril agudo desencadeado pelo mesmo vírus, e o ciclo lamentavelmente se repete.
Além do estímulo imunológico, a febre também atua reduzindo diretamente a capacidade de multiplicação dos vírus ou bactérias. Ou seja, a febre é um poderoso remédio.
Pela junção dos fatores descritos acima, o que observamos na prática é que com o uso abusivo de antitérmicos que tem ocorrido na atualidade, quadros simples, como um Resfriado Comum, que geralmente se resolvem em dois ou três dias, acabam se arrastando por longos dias, ou até semanas. Mas o mais nocivo é observar que o organismo é privado de aprender com a infecção e ao invés de sair fortalecido do quadro agudo acaba saindo mais debilitado.

Convulsão Febril

Muitas pessoas temem que a febre por si só possa provocar algum malefício, porém o único efeito indesejado que a febre pode produzir é a convulsão febril. A convulsão febril é menos frequente do que se imagina. Em torno de 3 a 5 % das crianças apresentarão algum episódio na vida. É um quadro que somente pode ocorrer no intervalo entre os 3 meses e os 6 anos de vida. Geralmente as crises são de curta duração e com melhora espontânea, sem deixar qualquer tipo de sequela. A grande maioria das crianças que venham a apresentar convulsão febril terá apenas um episódio isolado.
Além disso, as crises convulsivas febris podem ocorrer tanto com febres baixas como com febres altas, porém o mais frequentes é que ocorra assim que a temperatura começa a subir, principalmente ao subir muito rápido. Uma informação de utilidade para diminuir a ocorrência de crise convulsiva febril é evitar os banhos frios e as compressas com álcool, pois resfriam rapidamente a pele, enquanto sobe rapidamente a temperatura central, aumentando a chance de convulsão febril. Os banhos ajudam a trazer conforto para a criança, porém devem ser dados em água morna, em torno de 37°C.
Dessa forma, apesar de não ser possível prever quais crianças são predispostas a apresentar convulsão febril, não é preciso temê-la, pois o quadro não é tão frequente e não traz complicações na grande maioria dos casos. Assim como não há necessidade de se apavorar pensando que se a temperatura atingir um limite X irá ocorrer convulsão.
Esse ponto é importante, pois o uso indiscriminado de antitérmicos se baseia muito no medo da crise convulsiva febril.

Antibióticos

Atualmente existe uma grande preocupação da Organização Mundial da Saúde a respeito do excesso de prescrição de antibióticos, que tem levado ao surgimento cada vez mais acelerado de bactérias super-resistentes. Isso vem ocorrendo, pois o principal motivo de prescrição de antibióticos na atualidade, infelizmente, é o “por via das dúvidas”.
Por exemplo, nas Infecções de Vias Aéreas Superiores, que incluem Gripes, Resfriados, Sinusites, Amigdalites e Otites, o uso de antibióticos deveria ser a exceção. No entanto, “de via das dúvidas em via das dúvidas”, muitas crianças acabam tomando antibióticos praticamente todos os meses do ano, na imensa maioria dos casos desnecessariamente.
Nos casos febris agudos, as infecções podem ser provocadas por vírus ou bactérias. Os antibióticos combatem apenas as bactérias e, no caso de infecções provocadas por vírus, não apresentam utilidade alguma. A questão é que as infecções por vírus são muito mais frequentes. Um bom exemplo é Amigdalite, visto que esse é o principal diagnóstico a motivar o uso de antibióticos. Até os 2 anos de idade 100% das Amigdalites são causadas por vírus (isso mesmo, 100%), enquanto entre os 2 e 3 anos 99 % são provocadas por vírus. Somente após os três anos, as Amigdalites bacterianas aumentam sua proporção, porém nunca ultrapassando 20% do total de Amigdalites. Além disso, mesmo falando exclusivamente da abordagem Alopática, não necessariamente uma infecção bacteriana é sinônimo de necessidade do uso de antibiótico. Em muitos casos, como Otites e Sinusites, podemos aguardar, pois na grande maioria ocorre resolução espontânea.
E qual o problema do uso de Antibióticos “por via das dúvidas”?
Um dos problemas é o desenvolvimento de bactérias resistentes. O outro e talvez mais importante, é que os antibióticos não combatem apenas as bactérias que estão provocando a infecção, mas combatem também as bactérias benéficas. O nosso organismo é povoado por um número enorme de bactérias, principalmente nos tratos digestivo e respiratório, que realizam inúmeras funções e são importantes para o equilíbrio do sistema como um todo. Os antibióticos alteram esse equilíbrio, deixando a pessoa mais suscetível a uma série de problemas: a começar com outras infecções, pois as bactérias que colonizam o organismo tem importante papel imunológico. Além disso, a alteração do equilíbrio das bactérias benéficas pode provocar outras desarmonias como alergias, rinites, diarreias, intolerâncias alimentares e problemas digestivos em geral.

Abordagem Homeopática

Em Homeopatia, temos muitas opções de tratamento para casos agudos, que vão auxiliar o organismo a se reequilibrar, seja em processos infecciosos virais ou bacterianos. Abaixo listamos alguns pontos que geram dúvidas sobre a abordagem homeopática dos casos agudos:
No tratamento com Homeopatia evita-se ao máximo o uso de antitérmicos, por tudo o que foi dito acima. Particularmente, utilizo apenas nos casos de crianças com histórico de convulsão febril recorrente ou nos casos em que a temperatura sobe acima de 40 graus, pois neste patamar já não há benefícios imunológicos. Porém, neste caso, deve-se dar uma dose mais baixa do antitérmico, com o objetivo de fazer a temperatura abaixar apenas um pouco, continuando acima de 37,5.
A resposta ao medicamento homeopático nos casos agudos deve ser rápida, isso significa alguma mudança em direção à cura dentro de pelo menos 12 horas de tratamento, caso contrário o medicamento não está correto e deverá ser trocado. O que chamamos de resposta inicial envolve principalmente uma melhora no estado geral. Geralmente essa melhora inicia-se com um sono reparador, seguido de melhora da disposição e do apetite. É comum que logo no início da tomada do medicamento a temperatura suba (e isso é um bom sinal, pois significa que o organismo está incrementando a resposta imune), para depois cair um pouco e então se estabilizar. Recomendamos verificar a temperatura a cada 3 horas e anotar no papel. Preferencialmente verificar a temperatura dos dois lados (nas duas axilas), pois se houver diferença significativa entre os lados isso auxiliará na individualização do caso. O contato frequente com o médico nessas primeiras horas é fundamental, mesmo por telefone, pois com isso teremos segurança em avaliar se o processo está caminhando adequadamente.
Se você optar pelo tratamento com Homeopatia, é bom que saiba que o Homeopata irá se interessar por uma série de detalhes que estão além da história clínica convencional, como diferenças de temperatura entre partes do corpo, mudanças no comportamento durante a febre, sede, características das secreções, sensibilidade ao frio e ao calor, desejos e aversões alimentares, entre outras coisas. Portanto, aguce a observação para poder informar bem.
Outras dicas: não se preocupe com perda do apetite nas febres, respeite os desejos da criança nestes momentos (mesmo se ela pedir água gelada), pois o corpo irá pedir aquilo que necessita. Perder um pouco de peso é comum e a criança recupera em seguida. Não se esqueça de ofertar líquidos, mesmo que a criança só aceite pequenos goles. Poupe a criança de atividades fisicamente ou mentalmente desgastantes durantes os quadros febris, pois a energia precisa estar focada na recuperação.

Não vamos esquecer que as febres infantis tem importante função não apenas na maturação da imunidade, mas também no desenvolvimento anímico. Estes processos estão absolutamente intrincados, uma vez que o sistema imune não apenas combate infecções, mas antes disso reconhece e diferencia o “eu” do “não eu”. Portanto, para encerrar, quero citar uma bela colocação do Dr. Nilo Gardin, médico antroposófico, sobre os processos febris na infância:

“Seguindo esse caminho, o organismo da criança terá aprendido algo durante a doença febril, por esforço próprio. Note a expressão na face de seu filho ou de sua filha após recuperar-se de uma doença febril, onde a febre não foi suprimida, mas sim auxiliada de modo consciente e natural. A criança está sutilmente diferente: um pouco menos parecida com os pais, um pouco mais parecida com ela mesma. Você deu liberdade para ela amadurecer”.

Médico formado pela Universidade Federal do Paraná, com residência médica em Medicina de Família pela UNICAMP, especialização em Medicina Chinesa - Acupuntura pela UNIFESP, especialização em Homeopatia pela Escola Homeopática de Curitiba, especialização em Psicologia Transpessoal pela UNIBEM.

VOCÊ CONHECE A HOMEOPATIA?É muito comum observarmos que a maioria das pessoas conhece pouco sobre a Homeopatia e que est...
19/05/2014

VOCÊ CONHECE A HOMEOPATIA?

É muito comum observarmos que a maioria das pessoas conhece pouco sobre a Homeopatia e que esta prática gera muitos questionamentos. Por esse motivo, vamos elucidar algumas das questões mais frequentes relacionadas à Homeopatia, seguidas de um texto sobre as diferenças entre o tratamento homeopático e alopático.

- A Homeopatia serve apenas para casos leves?
Não. A experiência mostra que é possível tratar indivíduos em processos de adoecimento das mais diferentes ordens e intensidades.

- A Homeopatia é realmente científica?
Muito. Desde o princípio todos os postulados são baseados no método experimental, pode-se considerar que Hahnemann foi uns dos precursores da Medicina Baseada em Evidências. Atualmente existe dificuldade de diálogo científico entre Homeopatia e Alopatia, por se basearem em métodos terapêuticos muito distintos. Ex: para se comprovar a eficácia de um medicamento alopático para Rinite Alérgica, deve-se submeter diversos indivíduos ao tratamento com esse mesmo medicamento. Em Homeopatia, 10 indivíduos com Rinite Alérgica irão provavelmente receber 10 medicamentos diferentes. Dessa forma, esse desenho de estudo não funciona quando tentam estudar um medicamento homeopático oferecendo esse mesmo medicamento a um número X de indivíduos com um tipo de doença, pois a Homeopatia prima pela individualização do tratamento. Existem bons estudos com medicamentos homeopáticos individualizados, mas existe uma grande resistência por parte da comunidade científica hegemônica em aceitar esses estudos.

- Homeopatia é o mesmo que Fitoterapia?
Não. A Fitoterapia utiliza apenas medicamentos do reino vegetal e se baseia no princípio de cura pelos contrários, assim como a Alopatia, diferenciando-se desta pelo fato de utilizar medicamentos em estado natural, enquanto a Alopatia utiliza medicamentos sintéticos. A Homeopatia se utiliza de medicamentos dos reinos Vegetal, Animal e Mineral, baseado no princípio de cura pelos semelhantes.

- Como funcionam as dinamizações homeopáticas?
Existem diversas formas de se fazer, a mais usada e tradicional é a Centesimal Hahnemaniana (CH). A CH1 é produzida com 1 parte da substância para 100 partes de solvente (geralmente água) e efetuando-se 100 sucções. Retira-se uma gota da CH1 e dilui-se em 100 gotas de água juntamente com as 100 sucções e tem-se a CH2, assim sucessivamente. Até a décima segunda dinamização (CH12) ainda está presente alguma matéria ponderável. Daí em diante, apenas energia cada vez mais sutil. Atualmente existem máquinas que realizam esse processo, caso contrário levaria semanas pra ficar pronto um medicamento de alta dinamização.

- O tratamento Homeopático é lento?
Não. O tempo que leva para observar alívio pela ação do medicamento é proporcional ao tempo de instalação do adoecimento. Nas patologias agudas a resposta tem que ser rápida, caso contrário o medicamento não está correto. Enquanto nos processos crônicos o tempo de início de resposta pode realmente ser mais longo ou mais rápido, dependendo de inúmeros fatores. No entanto, devemos lembrar o tratamento irá movimentar a pessoa em direção a cura, enquanto na Alopatia os males crônicos podem apenas ser controlados, sem objetivar a cura. O que pode ocorrer é a demora em encontrar o medicamento correto para aquele indivíduo, por limitações inerentes a nós, Homeopatas, e não a própria Homeopatia. Quando o similimum é encontrado o resultado geralmente é rápido.

- Onde atua o medicamento Homeopático?
Atua na energia vital e no plano psiquico do indivíduo. Para aprofundar leia o texto "Os significados da palavra cura".

BREVE MERGULHO HISTÓRICO SOBRE AS DISTINÇÕES ENTRE HOMEOPATIA E ALOPATIA

As raízes da distinção entre Alopatia e Homeopatia remontam à Grécia Antiga, ao tempo do famoso médico e filósofo Hipócrates de Cós (460 – 356 a.C.). Hipócrates foi o primeiro a fundamentar o conhecimento diretamente sobre a observação clínica, descreveu de maneira surpreendentemente precisa inúmeras patologias, deu muita ênfase à dieta e aos hábitos de vida para o restabelecimento da saúde e formulou importantes conceitos de ética na profissão. Por tudo isso é conhecido até hoje como o “Pai da Medicina” e o juramento que os seus discípulos proferiam ao ingressar nos estudos médicos continua sendo repetido nas cerimônias de colação de grau da atualidade.
Hipócrates observou que as moléstias podiam ser curadas por duas modalidades terapêuticas. Através de medicamentos que provocavam efeitos similares aos da patologia, similium similibus curantur, ou através de medicamentos que provocavam efeitos contrários aos da patologia, contraria cotrariis curantur. Essa modalidade de cura pelos contrários foi difundida por um influente médico do século II, Claudius Galeno (130 – 200 d. C.).
Galeno desenvolveu um método em franca oposição aos ensinamentos de Hipócrates. Enquanto que este buscava tratar o todo, afirmando que se devia tratar dos doentes e não das doenças, Galeno voltou suas vistas para a parte, buscando métodos de tratamento que se dirigissem apenas a área do organismo prejudicada pela doença, desta forma se tornou o precursor da Alopatia, na qual cada medicamento é utilizado com objetivo de atuar sobre uma área específica do organismo e de maneira contrária ao processo instalado (ex: anti-inflamatórios, anti-hipertensivos, antidepressivos, etc). O termo Alopatia, no entanto, foi cunhado muito tempo depois, por Samuel Hahnemann.
As doutrinas de Galeno permaneceram sem questionamento por cerca de 1400 anos, até o surgimento de Paracelso, pseudonimo de Phillipus Aureolus Theophrastus Bombastus von Hohenheim (1493 – 1541) . Este médico, químico e alquimista criticava duramente o tratamento pelos contrários e chegou a queimar em praça pública os livros de Galeno. Paracelso compreendia o homem como um todo integrado de corpo, mente e anima (conceito que se assemelha a Força Vital da Homeopatia). Considerava, desse modo, que todo o tratamento deveria se dirigir ao todo. Foi um grande cientista, com enormes contribuições à medicina, à física e à química. Dentre essas contribuições podemos citar que desvendou poderes medicamentosos do ópio, do ferro e do mercúrio, além de descobrir um novo elemento químico, o zinco. Introduziu também o conceito de dose, já que os médicos até então prescreviam quantidades maciças dos medicamentos existentes, muitas vezes intoxicando os pacientes, sem um critério racional. É de Paracelso a célebre frase "Todas as substâncias são venenos; não existe uma que não seja veneno. A dose certa diferencia um veneno de um remédio".
Paracelso foi um entusiasta do tratamento pelos semelhantes, no entanto o princípio da cura pelos semelhantes ganhou corpo e fundamentação quase três séculos mais tarde, com Frederico Cristiano Samuel Hahnemann (1755 – 1843).
Hahnemann descobriu o princípio de cura pelo semelhante enquanto estava traduzindo um livro de farmacologia e percebeu que a Quina provocava nos indivíduos sãos os mesmos sintomas da malária, moléstia em que era empregada para tratamento. Experimentou a Quina em si mesmo e comprovou o que observara anteriormente. Passou então a testar diversos medicamentos em si mesmo e em outros indivíduos sãos, ao mesmo tempo em que empregava esses medicamentos na prática clínica, comprovando a tese inicial da cura pelos semelhantes.
Dotado de grande espírito investigativo, Hahnemann percebeu que todos os medicamentos possuem um efeito bifásico, fato enunciado na sua obra Organon da Arte de Curar nos parágrafos 63 e 64: “todo medicamento causa certa alteração no estado de saúde humano pela sua ação primária; a esta ação primária do medicamento, o organismo opõe sua força de conservação, chamada ação secundária ou reação vital, no sentido de neutralizar o distúrbio inicial”. Interessante observar que a ação primária é mais curta e superficial, enquanto a ação secundária mais profunda e duradoura. Atualmente esse efeito é reconhecido pela moderna farmacologia, recebendo o nome de efeito rebote, ou reação paradoxal. Esse fato pode ser melhor compreendido com a ajuda do texto anterior, sobre a cura.
Essa ação secundária é a força utilizada no tratamento pelos semelhantes. As ultradiluições (dinamizações) dos medicamentos homeopáticos foram utilizadas inicialmente para diminuir a ação primária, visto que esta pode produzir uma agravação inicial do quadro. Com o tempo, observou-se que quanto maior a dinamização, mais profunda é a reação vital e com isso passou-se a utilizar dinamizações maiores em adoecimentos mais profundos e dinamizações menores nos processos mais superficiais.
Os medicamentos homeopáticos foram experimentados em inúmeros indivíduos, sempre um único medicamento de cada vez. Cada um desses medicamentos produziu uma ampla gama de sintomas físicos e mentais, listados nas chamadas Matérias Médicas.
Com isso, temos que a Homeopatia se fundamenta em quatro pilares essenciais:
- Lei dos Semelhantes
- Experimentação no Homem são
- Doses mínimas
- Medicamento único

Por esse motivo é que o homeopata procura saber sobre as particularidades, os detalhes, dos seus pacientes, para correlacionar com aquilo que pode ser encontrado nas Matérias Médicas. Atualmente existem cerca de 10 mil medicamentos homeopáticos e o essencial ao homeopata é conhecer o núcleo, ou a essência, desses medicamentos. O mesmo é válido para as pessoas, o homeopata deve buscar conhecer o seu centro, a sua essência, a sua totalidade, pois apenas dessa maneira poderá chegar ao similimum. Vamos lembar que o uso de diversos medicamentos homeopáticos simultaneamente fere um dos postulados essenciais da Homeopatia, sendo uma "alopatização" do tratamento homeopático. Em casos muito específicos pode-se utilizar uma associação de dois medicamentos, mas é uma exceção.
Voltando ao medicamento único, quando as características secundárias, ou periféricas, do medicamento se encaixam com as características periféricas do indivíduo temos um medicamento similar, que terá um efeito parcial, ou em outros casos um ótimo efeito porém por tempo limitado. Quando nada se encaixa temos um medicamento sem similitude, que não surtirá efeito algum. Em ambos os casos o medicamento deverá ser trocado. No entanto, quando o centro do medicamento se encaixa com o centro do indivíduo, temos um similimum, medicamento capaz de operar verdadeiros prodígios para aquele indivíduo.


Referências:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42301997000400013

www.homeozulian.med.br

Samuel Hahnemann. Organon da Arte de Curar, sexta edição.

Médico formado pela Universidade Federal do Paraná, com residência médica em Medicina de Família pela UNICAMP, especialização em Medicina Chinesa - Acupuntura pela UNIFESP, especialização em Homeopatia pela Escola Homeopática de Curitiba, especialização em Psicologia Transpessoal pela UNIBEM.

Endereço

Avenida Carneiro Leão, 294/Ed. Monumental/sala 1705
Maringá, PR

Horário de Funcionamento

Segunda-feira 08:00 - 18:00
Terça-feira 08:00 - 18:00
Quarta-feira 08:00 - 18:00
Quinta-feira 08:00 - 18:00
Sexta-feira 08:00 - 18:00

Notificações

Seja o primeiro recebendo as novidades e nos deixe lhe enviar um e-mail quando Avicena - Equilíbrio Vital e Cura posta notícias e promoções. Seu endereço de e-mail não será usado com qualquer outro objetivo, e pode cancelar a inscrição em qualquer momento.

Entre Em Contato Com A Prática

Envie uma mensagem para Avicena - Equilíbrio Vital e Cura:

Compartilhar

Share on Facebook Share on Twitter Share on LinkedIn
Share on Pinterest Share on Reddit Share via Email
Share on WhatsApp Share on Instagram Share on Telegram