15/02/2021
O Comer intuitivo, ou intuitive eating, é um conceito criado por duas nutricionistas americanas Evelyn Tribole e Elyse Resch. É uma abordagem baseada em evidências – mais de 35 trabalhos científicos publicados – que ensinam as pessoas a terem uma relação saudável com a comida e se tornarem experts dos seus próprios corpos. A proposta é que as pessoas aprendam a confiar na sua habilidade de distinguir suas sensações físicas e emocionais e desenvolvam uma “sabedoria corporal” para atender suas várias necessidades.
O Comer Intuitivo propõe que o indivíduo mantenha uma sintonia com a comida, a mente e o corpo. Para tanto, baseia-se em três pilares:
– Permissão incondicional para comer;
– Comer para atender as necessidades fisiológicas e não emocionais;
– Apoiar-se nos sinais internos de fome e saciedade para determinar o que, quanto e quando comer.
O desafio do Comer intuitivo é atingir uma sintonia entre os sistemas internos e externos; Esse modelo proposto conceitua a integração dos sistemas citado acima de um indivíduo, representando seu autêntico “eu”: visto como a integração do sistema interno – pensamentos, emoções e necessidades fisiológicas– família, comunidade e cultura. O equilíbrio e a saúde se desenvolvem quando o indivíduo incorpora práticas que promovem crescimento e saúde, que ocorrem em sintonia com fatores externos (ecologia).
A conexão com o sistema interno envolve: os pensamentos (rejeitar a mentalidade de dieta, fazer as pazes com a comida, desafiar o policial alimentar e respeitar o corpo); os sentimentos (honrar as emoções sem usar a comida); e o fisiológico (honrar a fome, respeitar a saciedade, descobrir a satisfação, exercitar-se, honrar a saúde por meio de uma nutrição gentil).
Os modelos atuais de beleza, as tradições e crenças alimentares, as recomendações nutricionais e de saúde, os modismos alimentares, entre outros, influenciam o sistema externo. Os dois últimos princípios do comer intuitivo – exercitar-se e praticar uma nutrição gentil – são componentes dos sistemas interno e externo e também exemplos da integração dinâmica entre os dois sistemas, necessária para se obter um bom estado de saúde.
Fonte: Instituto Ana Paula Fujol