18/01/2018
FEBRE AMARELA
A Febre Amarela é uma doença infecciosa não contagiosa causada por um vírus do gênero Flavivirus da família Flaviviridae. A doença é endêmica nas áreas de florestas tropicais da América do Sul e da África, e pode ocorrer sob a forma de surtos e epidemias com impacto em saúde pública.
Doença de curta duração (máximo 10 dias), com gravidade extremamente variável, abrangendo desde casos assintomáticos até casos fatais.
Foram registrados desde julho/2017 até o momento 35 casos, sendo 20 casos fatais.
Transmissão
Existem, entre nós, dois tipos diferentes de transmissão da febre amarela: a urbana e a silvestre. A principal diferença é que nas cidades, o transmissor da doença é o mosquito Aedes aegypti, o mesmo da dengue. Nas matas, a febre amarela ocorre em macacos e os principais transmissores são os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, que picam preferencialmente esses primatas.
Os macacos se comportam como sentinelas da febre amarela. A doença é transmitida por mosquitos. Mesmo doentes, os macacos não têm a condição de infectar. Apenas os mosquitos têm.
ATENÇÃO: MACACOS NÃO TRANSMITEM A FEBRE AMARELA
Quadro clínico
Forma leve: O quadro clínico é autolimitado com febre e cefaleia com duração de dois dias. Geralmente, não há direcionamento para o diagnóstico de febre amarela, exceto em inquéritos epidemiológicos, surtos e epidemias.
Forma moderada: O paciente apresenta, por dois a quatro dias, sinais e sintomas de febre, cefaleia, mialgia e artralgia, congestão conjuntival, náuseas, astenia e alguns fenômenos hemorrágicos como epistaxe. Pode haver subicterícia. Essa forma, assim como a leve, involui sem complicações ou sequelas.
Forma grave: Nos quadros graves, após 5 a 6 dias de período de incubação, o início dos sintomas é abrupto e perdura por 4-5 dias com febre alta, acompanhada do sinal de Faget (diminuição da pulsação), cefaleia intensa, mialgia acentuada, icterícia, epistaxe, dor epigástrica e hematêmese e melena.
Na forma maligna: Ocorre toxemia abrupta, náuseas, icterícia, hemorragias diversas e encefalopatia. Em torno de 5 a 7 dias instala-se insuficiência hepatorrenal e coagulação intravascular disseminada. A letalidade é alta, em torno de 50%; entretanto, o paciente pode involuir dos sintomas em uma semana.
Vacinação
O Ministério da Saúde disponibilizou aos estados lotes de vacina para campanhas junto à população. Qualquer pessoa pode se imunizar, à exceção dos que estão em situações de contraindicação, como pacientes com câncer, indivíduos com imunossupressão e pessoas com hipersensibilidade à proteína do ovo.
A vacina começa a fazer efeito em 10 dias.
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