10/05/2020
Sou investido, logo existo e posso advir enquanto sujeito!
Equilibrar as doses de satisfação e frustração das necessidades de um bebê para que, se construa um registro de “continuidade do ser” que lhe forneça condições para ir se desenvolvendo e amadurecendo, não é algo fácil, mas é possível!
É preciso nos atentar que, apesar de toda a delicadeza que existe na maternagem, ser mãe não é uma função simples. Trata-se de uma construção singular que, em certa medida, não se dá sem conflitos.
Se tratando de uma função, ser mãe não é necessariamente a pessoa que gera a criança, mas sim a pessoa que exerce a função materna, função essa essencial para propiciar um desenvolvimento psíquico adequado, pois não há existência sem o Outro primordial.
Uma mamãe pode não estar disponível e de prontidão sempre para atender as necessidades de seu bebê. Muitas mães se preocupam e até se culpam por precisarem realizar outras tarefas e por possuírem outros interesses além de seus bebês, por exemplo: voltar para o trabalho, demandas de outros filhos, marido, cuidados pessoais, outras preocupações, entre outros. Além de lidar com a ambivalência e confusão de sentimentos vividos na relação com seu filho.
Acolher, transmitir, olhar, se entregar, conter, segurar, se preocupar, acalentar, esperar, orientar, ensinar, alimentar, cuidar, amar, dia de ser mãe.
Um feliz dia das mães para as mamães de plantão e para aquelas que possuem esse desejo!
Rodrigo Alves Cardoso
Psicólogo - CRP 04/55911