02/11/2025
Na psicanálise, o que chamamos de amor muitas vezes não é o outro, mas a imagem que construímos dele em nossa mente. Apaixonar-se pela idealização é comum: projetamos nossos desejos, medos e fantasias no outro, criando uma realidade que não existe de fato.
Quando a fantasia se desfaz, sentimos frustração, desapontamento ou até raiva. Mas essa experiência revela algo essencial: o que nos falta reconhecer em nós mesmos. Cada desilusão é, na verdade, um convite para olhar para dentro, compreender nossos desejos e aprender a distinguir o real do imaginário.
O desafio do amor não é apenas se entregar ao outro, mas aprender a encontrar o outro sem as lentes da nossa fantasia.