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Equipe Maternalle, Rua Fernando Demarchi, 22, Centro, Muçum (2025)

16/03/2022

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A MBE é um movimento internacional criado na 2ª metade da década de 80 após o reconhecimento de que boa parte da prática médica não era respaldada por estudos de qualidade sobre a segurança e eficácia dos procedimentos utilizados.

Na assistência ao parto, comprovou-se que a distância entre a prática e as evidências eram alarmantes, além da enorme diferença entre regiões geográficas. Enquanto alguns lugares o fórceps era sempre aplicado em mulheres que pariam pela primeira vez, outros locais só se encontrava registros desse instrumento em museus.

Foi então organizada uma iniciativa internacional para sistematizar o conhecimento científico: Colaboração Cochrane - em homenagem ao médico Archie Cochrane, que além de ser um dos criadores da MBE, foi um grande defensor dos direitos dos pacientes. Formaram-se dezenas de grupos de pesquisadores e profissionais para avaliar a qualidade das pesquisas em suas áreas.

O grupo de colaboração Cochrane de Gravidez e Parto foi um dos primeiros a se organizar e desenvolver pesquisas acerca do tema. Trabalharam por 10 anos na revisão sistemática de 40 mil estudos sobre 275 práticas de assistência perinatal, quanto à sua eficácia e segurança. Um esforço de mais de 400 pesquisadores incluindo obstetras, pediatras, enfermeiras, estatísticos, epidemiologistas, cientistas sociais, parteiras… e deu origem às recomendações da OMS.

Porém, o ritmo de mudanças nas práticas é muito lento. Estima-se que atualmente na América Latina, apenas 15% dos procedimentos em obstetrícia sejam baseados em evidências sólidas. A maioria dos profissionais segue sendo formado dentro do modelo intervencionista e as instituições têm sido muito lentas em incorporar essas mudanças.

O que resta é a busca ativa da gestante e família, por assistência atualizada, disposta a escutar as necessidades individuais e aplicar o melhor conhecimento a cada situação com base nas melhores evidências atuais.

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✍️ Mônica Martins () é Enfermeira Obstetra e Neonatal da Livre Maternagem

Fonte de base: Livro "Parto Normal ou Cesárea?"

15/09/2021

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Brasil é o segundo País do mundo em taxas de cesariana, chegando em alguns lugares a 100%!

Muitas vezes essa alta taxa é atribuída a nós mulheres, como se nós pedissemos por cesarianas. Uma pesquisa feita a nível nacional pela Fiocruz em 2011/2012 com mais de 23mil mulheres gestantes e puérperas nos mostrar que isso é uma mentira.

Rola para o lado e veja a realidade do Brasil, que de fato não mudou nada em 10 anos!

15/09/2021

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Brasil é o segundo País do mundo em taxas de cesariana, chegando em alguns lugares a 100%!

Muitas vezes essa alta taxa é atribuída a nós mulheres, como se nós pedissemos por cesarianas. Uma pesquisa feita a nível nacional pela Fiocruz em 2011/2012 com mais de 23mil mulheres gestantes e puérperas nos mostrar que isso é uma mentira.

Rola para o lado e veja a realidade do Brasil, que de fato não mudou nada em 10 anos!

02/09/2021

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Só engravida quem quer”, diz o dito popular. Mas o fato é que todos os métodos contraceptivos possuem taxas de falha, mesmo com seu uso correto, conforme mostra a tabela.

E por que queremos trazer este tema hoje?

🔸Porque, no Brasil, de cada 100 partos que ocorrem, 55 são de gestações não planejadas. Isto sem contar os casos de ab**to.

🔸Porque o acesso aos métodos contraceptivos mais eficazes (em destaque na tabela), os chamados métodos reversíveis de longa ação (ou LARCs, na sigla em inglês), é ainda difícil e limitado em nosso país: o SUS oferece apenas o DIU de cobre e, infelizmente, muitos médicos não estão treinados para inseri-lo ou estão com conceitos desatualizados (como só poder inserir DIU em mulheres que já tiveram filhos ou estejam menstruadas).

🔸Porque nos países onde o acesso aos LARCs foi garantido, houve uma enorme redução nas gestações não planejadas e nos ab**tos inseguros.

🔸Porque o ab**to inseguro é uma das principais causas de morte materna no Brasil. A proibição ou restrição não reduz o número de ab**tos, mas, sim, coloca em risco a vida das mulheres, sobretudo negras e periféricas.

🔸Porque setembro é o mês de luta pela descriminalização e legalização do ab**to e decidir se deseja ou não seguir com uma gestação não planejada cabe apenas às mulheres e pessoas com capacidade de gestar. É um direito humano.

**tolegal

📍Link para o artigo de onde foi extraída a tabela utilizada pela Organização Mundial de Saúde: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3638209/

26/08/2021

with
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Parto é um processo fisiológico. Lento, poderoso, uma dança de hormônios.

Não é como os filmes e novelas mostram: a bolsa rompe, a mulher começa a gritar de dor, respiração cachorrinho, o marido desesperado e perdido, chama o táxi, corre pro hospital, posição ginecológica, dor, contrações sem intervalo, o médico pega os instrumentos e realiza a episiotomia (!), o bebê nasce, é mostrado para os pais e logo é levado para o berçário.

Parto é lento. É dança. É movimento. É meia para esquentar os pés (isso ajuda muito!!!). É conexão. Também é dor, gritos, bolsa estourando, vontade de evacuar. Tem doula ajudando. Tem o acompanhante fazendo seu papel. Tem tempo que demora pra passar mas ao mesmo tempo passa rápido. Também tem pedido de socorro (alô partolândia!). Parto é muito mais que a dor, isso eu garanto.

Alguns lembretes:
✨Você não precisa correr pro hospital na primeira contração ou quando a bolsa rompe.
✨Você pode ficar no conforto da sua casa por algum tempo.
✨Você pode comer! (Isso é muito importante. Comer dá energia e energia é tudo o que você precisa)
✨Você pode chamar a doula quando quiser.
✨Você pode gritar, vocalizar, xingar, falar palavrão.
✨Você pode dançar, ouvir uma música ou ficar em silêncio.
✨Você pode tomar quantos banhos quiser. Dormir. Se movimentar.
✨O parto é seu. Quem faz o parto é você!

Você pode e DEVE ser respeitada!

E lembre de apagar aquela ideia dos partos traumáticos dos filmes. Se inspire em partos reais!

18/08/2021

Fernanda Vaz] with
・・・Obrigada Fernanda Vaz] por esse post super importante e informativo! Você é inspiração , competência e amor !
Durante muito tempo acreditou-se que o parto evoluiria com tempo programado de 1 cm por hora. Esse pensamento vem baseado nos estudos de Emanuel Friedman que em 1954 em NY, que acompanhou 500 mulheres primigestas em trabalho de parto através de exames de toque retal ( sim! Isso mesmo! Não faz sentido algum 🤷🏻‍♀️)
Entretanto em 2010 , Zhang , com um estudo bem mais aprofundado ( e ainda assim não fisiológico pois 80% das mulheres estavam sob analgesia de parto) sobre o trabalho de parto identificou que o estudo de Friedman não refletia necessariamento um padrão normal de evolução de TP., postulando que:

- a fase ativa do TP inicia com dilatação > ou = a 6 cm
- Trabalho de parto lento, porém progressivo não deve ser uma indicação para cesariana.
– Considera-se progressão: dilatação , descida e rotação
- Avaliação da progressão com contrações adequadas devem ser realizadas a cada 4 horas

Assim, é importante saber que não há um tempo mínimo ou máximo para evolução do trabalho de parto! O importante é estar evoluindo em 1 dos critérios acima mencionados ( dilatação, descida, rotação )

O único número realmente importante e indispensável é a adequada frequência dos batimentos cardíacos fetais que deve ser realizada rigorosamente!

Você sabia disso?
Me conta como foi a evolução do seu parto ☺️👇

13/08/2021

with
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Existem diferentes protocolos pra justificar coletar ou não coletar esse exame no pré natal.

Mas afinal: o que esse exame procura? Ele busca identificar uma bactéria, o estreptococo, que pode estar presente na vagina/anus das gestantes (e que pra ela não causa uma infecção quando presente nessas circunstâncias) e que pode ser a causa de alguns casos de sepse (infecção) neonatal.

Nos EUA rastreiam-se TODAS as gestantes e as que tem o exame positivo deverão fazer um antibiótico na veia durante todo o trabalho de parto (TP).

O protocolo Inglês não rastreia todas as gestantes e reserva o uso do antibiótico apenas para os bebês que se enquadram num grupo de risco identificado para desenvolver um quadro de sepse neonatal, que são: prematuros; se no pré natal a gestante teve INFECÇÃO de URINA causa da por essa bactéria; se a mulher já teve outro filho que internou por sepse neonatal devido a essa bactéria; se a mulher ficar mais de 18 horas com a bolsa rompida (e o neném não nascer dentro desse prazo) ou se ela apresentar febre durante o TP.

Eu e minha Equipe (assim como o próprio Ministério da Saúde do Brasil), optamos por seguir o protocolo Inglês e isso é sempre compartilhado com o casal quando chega o momento da coleta desse exame.

Nessas fotos eu trouxe pra vcs um dos motivos de não rastrearmos todas as nossas gestantes. Eu atendi essa paciente no SUS e, por engano, ela fez o exame duas vezes (duas pessoas diferentes pediram uma sem saber que a outra já tinha pedido). Reparem que num primeiro exame o resultado é positivo e 3 dias depois ela repetiu em outro laboratório e deu negativo!!

Continua nos comentários 👇🏻👇🏻👇🏻👇🏻👇🏻👇🏻👇🏻👇🏻👇🏻👇🏻

Equipe Maternalle

16/03/2022

15/09/2021

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26/08/2021

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