16/10/2025
Nem tudo que parece “fit” te ajuda a emagrecer.
Pasta de amendoim, óleo de coco, farinha de amêndoas… todos já passaram pelo pódio dos “ingredientes saudáveis”. Mas será que são, de fato, as melhores escolhas para quem quer perder peso?
Vamos começar pela pasta de amendoim. Sim, ela pode fazer parte da sua alimentação — mesmo se o objetivo for emagrecimento. Mas é importante saber: uma colher de sopa tem quase o dobro de calorias comparada ao doce de leite. Enquanto a pasta oferece cerca de 120 kcal, o doce de leite entrega em média 70 kcal e pode, inclusive, matar sua vontade de comer doce com mais eficiência.
E sobre as famosas “gorduras boas”? Elas também são calóricas. O que muda é o impacto que causam no corpo — mas isso não significa consumo liberado. Nem água é à vontade, lembra?
O óleo de coco, por exemplo, tem apelo natural, mas sua composição é majoritariamente de gordura saturada. O excesso pode ser prejudicial à saúde cardiovascular. Quando falamos em saúde no longo prazo, gorduras poli-insaturadas como azeite de oliva e óleos vegetais são escolhas mais interessantes.
Já no caso das farinhas, a de amêndoas pode ser uma aliada para quem tem intolerância ao glúten. Mas se não for seu caso, trocar a farinha de trigo pela de amêndoas — que é duas vezes mais calórica — não vai acelerar sua jornada rumo a um corpo mais saudável.
A verdade é que um ingrediente isolado não define a qualidade da sua alimentação. Um bolo não é só farinha. É ovo, leite, afeto, memória. Você não come carboidratos — você come comida.
No fim das contas, o erro está em querer ser radical. Cortar, trocar, excluir sem critério. Quando você vive entre o 8 e o 80, perde o mais importante: a constância.
Não existe ingrediente mágico. Existe contexto, equilíbrio e escolhas que fazem sentido para você.