Thalita Cupertino • Psicologia Perinatal

Thalita Cupertino • Psicologia Perinatal Me dedico aos cuidados em Saúde Mental de Pais e Bebês

Apesar da delicadeza do tema, tivemos uma vitória! Dia 8 de abril de 2025 foi aprovado o projeto de lei do Luto Parental...
09/04/2025

Apesar da delicadeza do tema, tivemos uma vitória!

Dia 8 de abril de 2025 foi aprovado o projeto de lei do Luto Parental (PL 1.640/2022) que assegura direitos para mulheres e familiares que enfrentam perda de bebê recém-nascido ou durante a gestação.

Ao ser sancionado, passará a garantir o suporte psicossocial e fortalecer a assistência nos serviços de saúde, assegurando atendimento mais humanizado às famílias, com alas reservadas em hospitais para mães em luto, apoio psicológico especializado, exames para investigar as causas das perdas e acompanhamento na próxima gestação. O projeto também prevê capacitação específ**a dos profissionais que trabalham em maternidades.

Também passa a assegurar o direito a sepultamento ou cremação do feto ou do bebê nascido sem vida, sempre que possível, com participação dos familiares na elaboração do ritual. Os pais também poderão solicitar declaração com nome do natimorto, data e local do parto e, se possível, registro da impressão digital e do pé.
Além disso, os hospitais deverão garantir o direito a um acompanhante no parto de natimorto e assegurar assistência social para trâmites legais. A medida também estabelece que a perda gestacional, o óbito fetal e o óbito neonatal não são justif**ativa para que seja recusada a doação de leite da mãe, desde que avaliada pelo responsável pelo banco de leite humano ou posto de coleta. 

Essas mudanças são imprescindíveis para ajudar as famílias ao longo do processo de elaboração do luto na perda gestacional e/ou neonatal.

Fonte: Agência do Senado

Sobre viver.
31/03/2025

Sobre viver.

Cada vez que um filho contraria os pais ele está dizendo “sou diferente de você e do que você idealizou de mim”. E está ...
05/12/2024

Cada vez que um filho contraria os pais ele está dizendo “sou diferente de você e do que você idealizou de mim”. E está aí o processo de separação tão importante para a constituição de si. Para ser um sujeito, é preciso que haja separação desses pais, e ela acontece gradualmente, sendo quase imperceptível. Aparece nos momentos em que a criança não quer mais colocar aquela roupa que sua mãe escolheu, não quer mais acompanhar o pai no futebol de segunda feira, não aceita mais que escovem seu cabelo, e para os pais esse filho f**a quase que irreconhecível: alô pais de adolescentes!

Para os pais, esse processo pode ser muito doloroso, por sua vez. Uma porque traz a notícia de que aquele filho não é ou não será como eles idealizavam e outra porque isso gera o que a psicanálise chama de ferida narcísica.

Mas ao mesmo tempo, pode ser um baita de um alívio, tanto para os pais quanto para os filhos, já que nem os pais precisam ser tão responsáveis assim pela constituição de seu filho e nem seu filho precisa ser tudo o que seus pais querem/desejam/idealizam.

Já aproveito pra deixar a reflexão sobre altos índices de diagnóstico de TOD. Será mesmo que toda vez que a criança está contrariando seus pais é da ordem de um transtorno ou ela só está reivindicando seu lugar no mundo a sua maneira?
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Thalita Cupertino Psi

04/12/2024
Post Uma vez, quando ainda era CLT, perguntaram se uma das colegas do trabalho havia saído da empresa pois não haviam vi...
29/10/2024

Post

Uma vez, quando ainda era CLT, perguntaram se uma das colegas do trabalho havia saído da empresa pois não haviam visto mais ela lá. Um colega respondeu que ela estava de licença maternidade e escutei, da pessoa notou a falta desta outra, “ah então ela está de férias”.

Eu ainda não trabalhava com nada que tinha a ver com a maternidade, porém, não pude deixar de me sentir um tanto esquisita com aquilo que tinha ouvido. Oras, como que alguém que está cuidando de um bebê pode estar de férias?

Anos depois, já atuando nesta área, eu entendi o porque de muitos pensarem a licença maternidade enquanto férias e aqui vou elencar:

- aprendemos que ser mãe é a maior realização da vida de uma mulher;
- que ser mãe é instintivo, logo, a mulher-mãe vai tirar de letra;
- bebês só mamam (a cada 3 horas) e dormem;

Todas grandes inverdades.

Ser mae não é instintivo, é aprendido de geração para geração E na convivência com o bebê. Tão pouco é a maior realização da vida de uma mulher - pode até ser para uma parcela de mães, mas isso faz parecer que os desafios, que são MUITOS, f**am pequenos diante de tal realização. Os bebês não só mamam e dormem, eles DEMANDAM a presença de um outro ser humano, que na grande maioria das vezes é a sua mãe, o dia todo: não querem sair do colo, querem mamar ou sugar a todo momento, querem ser olhados e embalados, querem interagir, falar…precisam ser trocados, limpos…

Sem contar o trabalho com a casa, a comida? a higiene pessoal, e TODOS OS OUTROS DESAFIOS que surgem com a chegada do bebê na família.

E aí, vocês já pensaram que uma mãe em
Licença maternidade está de férias?
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Thalita Cupertino Psi
Clínica adultos e bebês

De quem você é íntimo?
03/10/2024

De quem você é íntimo?

Como bem colocou Ana Suy em seu livro “A gente mira no amor e acerta na solidão”, nos apaixonamos pela fantasia do outro...
12/06/2024

Como bem colocou Ana Suy em seu livro “A gente mira no amor e acerta na solidão”, nos apaixonamos pela fantasia do outro que nós mesmos criamos, mas que também, por algum tempo, é também alimentada por ele. Ou seja, a gente ama o que a gente gostaria que o outro fosse e não o que ele é. Aos poucos, com o tempo, esse outro vai se mostrando e saindo desse lugar de ideal em que foi colocado, e claro, daí que podem surgir certos desconfortos: “como assim você não é aquela pessoa que eu queria que você fosse?”. E por isso que o trecho da música do Cazuza faz tanto sentido, porque a gente, cegos na fase da paixão, nos recusamos a ver o outro como ele é e f**amos f**ados naquilo que queríamos que fosse. O bom é que essa fase acaba, e é a partir daí que sabemos se a paixão vira amor ou outra coisa.

Amar não é inato, ou seja, não nascemos amando, a gente aprende a amar. Aprendemos como gostaríamos de ser amados e também o que pode ser considerado um ato de amor ou não. Considerando cada época, cada cultura é cada par.

Tenho para mim que para amar é preciso ter muita coragem, pois é certo que iremos nos frustrar - nos sentido de que o outro nunca vai corresponder as nossas expectativas, mesmo sendo esse outro muito próximo de nosso ideal. Pois amar não é se anular para caber no desejo do outro, é conseguir sustentar suas diferenças e aceitar que ninguém ama igual. E sempre bom lembrar que nem por isso vamos sair aceitando qualquer coisa, não.

Amar é para além dos momentos fofinhos. É ter conversas difíceis, estabelecer e sustentar limites de cada um na relação, fazer acordos e respeitá-los, as vezes ceder, entender que nem tudo é como gostaríamos.

Como disse Tatiana Paranaguá, “em relacionamento não tem jogo ganho. Você acorda todo dia decidindo f**ar com aquela pessoa”. Logo, o amor acontece no dia-a-dia, vai sendo construído a dois. É uma tarefa diária.

E diga-se de passagem, que difícil esse negócio de amar, não é gente? Mas que delícia ❤️

Feliz dia dos namorados.
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Thalita Cupertino Psi
Adultos e bebês

Quem faz terapia/análise talvez acredita que o trabalho do psi que o acompanha acontece durante a sessão, apenas. E que ...
07/06/2024

Quem faz terapia/análise talvez acredita que o trabalho do psi que o acompanha acontece durante a sessão, apenas. E que o preço que ele paga é pelo tempo que dura sua sessão. É verdade que o pagamento por sessão pode contribuir pra isso.

Mas é importantíssimo que seja do conhecimento de todos que, para que a Psi esteja ali pronta para te escutar, há muito mais do que “escutar” por 50/45/30 minutos.

Uma profissional ética ESTUDA o caso - isso quer dizer que passa horas fora da sessão recorrendo a livros, artigos e referências para conduzir cada caso; faz SUPERVISÃO - isso quer dizer que a gente paga um outro Psi que tenha mais experiência que a gente para nos dar suporte, seja teórico, seja clínico; e por fim, indispensavelmente, faz TERAPIA/ANALISE - isto quer dizer que a gente também faz terapia/analise. Sem contar os cursos, formações e especializações que também se fazem necessários.

E aí, vocês imaginavam que havia tanto trabalho fora das sessões?
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Thalita Cupertino Psi
Adultos e bebês

Vou falar pra vocês que nenhuma teoria, nenhum relato e nenhuma formação do mundo conseguem descrever a mudança psíquica...
01/06/2024

Vou falar pra vocês que nenhuma teoria, nenhum relato e nenhuma formação do mundo conseguem descrever a mudança psíquica que acontece após a chegada do bebê.

Eu digo isso pois eu, Thalita, pensava que com a chegada da minha filha, eu teria a mesma vida - com certas modif**ações, obviamente - só que com a presença de um bebê.

O que eu não fazia ideia era do estado de vulnerabilidade que a gente f**a depois que nosso bebê chega.
É muito difícil de descrever, mas acho que posso dizer que nunca me senti tão sensível em toda a minha vida. Era, e as vezes ainda é (minha filha tem 6 anos) tomar decisões e me sentir com certa sanidade mental. As vezes ainda bate aquela sensação de vulnerabilidade.

Nunca esqueço a frase de uma mãe que sigo nas redes sociais em que ela dizia que seu primeiro passeio ao shopping com seu bebê era como se ela estivesse num ataque zumbi e que a qualquer momento iam querer pegar o bebê dela. E não, não era delírio, era como esse estado psíquico de extrema vulnerabilidade nos faz sentir. Nos tira a capacidade de tomar decisões simples.

Nos deixa com medo de fazer qualquer coisa!

A sensação é de perder o controle sobre nós mesmas.

Essa fase passa? Passa! Pode ser mais leve para algumas? Com certeza.

Mas é certo que a gente só conhece os efeitos do puerpério com um bebê quando a gente passa por um.

Então, quando ouvirem uma mãe de bebê falar qualquer coisa sobre seu momento, apenas escutem e valorizem o que ela diz.

E definitivamente, não, não é a mesma vida só que com um bebê no colo: isso acontece quando a gente não é a mãe e cuida de um bebê que não é nosso.
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Thalita Cupertino Psi
Bebês e adultos

REFLITAM.
27/04/2024

REFLITAM.

Oi gente! Tirando as teias de ar**ha deste perfil pra contar pra vocês que foi sancionada a lei que garante ASSISTÊNCIA ...
10/11/2023

Oi gente! Tirando as teias de ar**ha deste perfil pra contar pra vocês que foi sancionada a lei que garante ASSISTÊNCIA PSICOLÓGICA à gestante, parturiente (ou seja, teremos psicólogas nos centros obstétricos!!!!!) e à puerpera no pré-natal e no puerpério!

Que grande dia para a saúde mental perinatal!

Mas LEMBREM-SE: busquem profissionais especializados na área! Não, não é todo e qualquer psicólogo que garante um bom acompanhamento nesta fase.
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Thalita Cupertino Psi
Pós-graduada em Psicologia e Psicopatologia Perinatal e Clínica Transdisciplinar da Perinatalidade, Parentalidade e do Bebê.

Dia 9 de novembro é comemorado o Dia Mundial da Adoção. Criado nos Estados Unidos em 2014 por Hank Fortener, esta data t...
09/11/2022

Dia 9 de novembro é comemorado o Dia Mundial da Adoção. Criado nos Estados Unidos em 2014 por Hank Fortener, esta data tem o intuito de chamar a atenção a causa.
Esse sorriso desenhado na palma da mão simboliza a celebração de milhares de pessoas e suas jornadas.

A adoção é uma das vias possíveis para a Parentalidade, já que para nossa espécie Humana, para sentir-se pai e mãe não depende exclusivamente do laço genético.

Inclusive, algo que eu acho super interessante, são os relatos de mulheres que começaram a se sentirem gravidas imediatamente a decisão de um filho via adoção. E assim como numa gestação, se começa a imaginar como será este filho, qual a cor dos olhos, cabelos, como será sua personalidade, entre tantos outros sentimentos. Também faz parte sentir medo, angústia e ansiedade, que ao longo do tempo podem f**ar mais presentes por conta de não se saber ao certo qual será o tempo de espera, que pode durar de meses a anos.

E como eu inclusive já escrevi sobre, após a chegada do(s) filho(s), vive-se também o puerpério, sendo eles bebês ou não.

Dar visibilidade a está causa é mais do que necessário, para diminuir o hiato que existe entre o que se pensa sobre e o que realmente é.
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Thalita Cupertino Psi
Adultos • Bebês e seus pais

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