C a r a c t e r í s t i c a s
Deslocamento: 7.438 ton de deslocamento; 2.739 net; 5.820 ton(leve); 4.125 dwt, 4.874 grt. Dimensões: 119.42 m de comprimento, 110 m de comprimento entre perpendiculares, 16.02 m de boca moldada, 8.54 m de pontal e 6.29 m de calado máximo. Propulsão: Vapor; 2 caldeiras Foster-Wheeler/Ishikawajima a 350º C, 2 turbinas a vapor Ishikawajima gerando 4.800 shp, acoplados a 2 eixos. Combustível: 861 toneladas. Energia Elétrica: 110v/220v/440v
Velocidade: máxima de 17 nós (atingiu 18,2 nós a 5.200 shp e 149 rpm em testes), máxima mantida de 15 nós e cruzeiro de 13,5 nós. Raio de Ação: 5.000 milhas à 14 nós. Armamento: 2 canhões de 3 pol. (76,2 mm/50) Mk 22 em dois reparos singelos (dos quatro de 76 mm e quatro de 40 mm, originalmente projetados), 4 metralhadoras Oerlikon Mk 10 de 20 mm em quatro reparos singelos, sendo dois nos bordos da superestrutura e dois nos bordos do mastro de vante. Sensores: 2 radares de navegação tipo Decca (instalados anos mais tarde). Capacidade de Carga e Equipamentos: até 4.000 toneladas de carga, e 425 m3 de carga frigorífica, em três porões, capacidade para receber pequenos helicópteros ou carga helitransportada na popa. Ar condicionado e ventilação mecânica em todos os compartimentos habitáveis e de trabalho. Instalações completas para o transporte de tropas com sanitários, cozinha, etc., gabinetes médico, odontológicos e enfermaria. Código Internacional de Chamada: PWIK
Tripulação: 147 homens, sendo 13 oficiais, 6 suboficiais, 26 sargentos e 102 cabos e marinheiros (2). Tropa Transportada: 497 homens ou 1.800 por curtos períodos (2).
O Navio de Transporte de Tropas Ary Parreiras - G 21, foi o primeiro navio da Marinha do Brasil a ostentar esse nome. Em 30 de agosto de 1955, após o recebimento do Custódio de Mello e do Barroso Pereira, foi firmado outro contrato, para construção de mais dois navios de transporte de tropas e carga, o Ary Perreiras e o Soares Dutra, junto ao estaleiro Ishikawajima Heavy Industries Co. Ltd., em Tóquio, Japão. Pelo Aviso nº 3828-D, de 09 de novembro de 1955, do Ministro da Marinha, recebeu o nome do insigne Almirante Ary Parreiras, como homenagem ao Oficial-General que atuou de forma decisiva na 2ª Guerra Mundial, presidindo a "Comissão de Construção da Base Naval de Natal", tendo sido seu primeiro Comandante. Nessa Base, foram feitas as preparações e manutenções dos navios que operavam no Atlântico Sul durante aquele conflito, o que muito contribuiu para a vitória aliada. Teve sua quilha batida em 13 de dezembro de 1955, foi lançado ao mar em 24 de agosto de 1956, tendo como madrinha a Sra. Roberto Mendes Gonçalves, esposa do então Embaixador do Brasil no Japão. Findas as experiências no cais e no mar, realizadas na Baía de Tóquio, em 29 de dezembro de 1956, o navio foi entregue e incorporado à Marinha do Brasil, passando a arvorar a bandeira brasileira. Após sua entrega, o navio foi guarnecido por uma tripulação japonesa especialmente contratada pela MB para conduzi-lo até o Pará, onde seria realizada a Mostra de Armamento. Assim, em 21 de janeiro de 1957, o navio partiu de Tóquio com 49 militares japoneses, além de 25 imigrantes, do engenheiro-garantia dos construtores e de 30 militares brasileiros que, viajando como passageiros, iriam substituir a tripulação japonesa quando da chegada em Belém. Navegou para o Brasil sob o comando do Capitão Jiro Kondo e atracou em Belém em 05 de março de 1957, passando por São Francisco (Califórnia), Canal do Panamá e Willemstad (Curaçao). Em 8 de março de 1957, pelo Aviso nº 462 de 15/02/57 do Ministro da Marinha, foi incorporado ao Serviço Ativo da Armada. Recebendo o indicativo naval "G-21", o navio foi subordinado à Força de Transporte da Marinha. Naquela ocasião, assumiu o comando o Capitão-de-Mar-e-Guerra Lauro Martins Ferreira.