01/12/2025
Preguiça 🦥💚
Recebemos amostras de um bicho-preguiça e, durante a análise sanguínea, nos deparamos com um achado inesperado: a presença de microfilárias (formas larvares de filarídeos) circulantes no sangue.
Em animais silvestres, especialmente aqueles provenientes de resgate e reabilitação, a detecção de hemoparasitos pode ser relativamente comum, em razão da exposição prévia a vetores hematófagos no ambiente natural.
Diversos gêneros podem estar envolvidos, como Litomosoides sp., Dipetalonema sp., Dirofilaria immitis, Chandlerella sp., entre outros, todos com similaridade morfológica. Por isso, a diferenciação específica não pode ser realizada apenas pela microscopia, tornando indispensáveis exames complementares, como PCR e sequenciamento de DNA.
Embora a infecção possa ser subclínica, uma avaliação clínica detalhada é indispensável, associada a um hemograma bem interpretado e conduzido por um laboratório capacitado e de confiança, uma vez que alterações hematológicas podem fornecer pistas importantes sobre a resposta inflamatória e a carga parasitária.
Esse paciente foi resgatado e ficou aos cuidados do , instituição que desempenha um papel fundamental na conservação da fauna silvestre, promovendo resgate, reabilitação e reintrodução segura desses animais ao seu habitat.
Vale lembrar que ainda existem muitas lacunas de conhecimento sobre os parasitos que acometem a fauna silvestre, tanto em relação à diversidade de espécies quanto ao impacto clínico dessas infecções. Pesquisas contínuas são essenciais para aprimorar nosso entendimento e o manejo desses pacientes. 🌿🔬