06/06/2024
“Minhas melhores intervenções não serão faladas, serão sentidas”
Essa frase está no meu notion da clínica. Sempre que abro os dados meus pacientes, ela está ali do lado.
Me recordo que enquanto ainda era estagiária, utilizei pela primeira vez uma técnica com uma paciente e arrisco dizer que foi uma das melhores que fiz até hoje, mesmo depois de formada. Eu saí da clínica saltitante, porque a paciente conseguiu se colocar perfeitamente na condução da sessão e no fim ela me disse “Paola, não que nos outros dias não tenham sido, mas essa foi a nossa melhor sessão. Caramba, como eu não tinha visto isso? São tantos anos e eu nunca tinha enxergado assim”.
Ela me agradeceu emocionada, e lembro neste dia de sair toda orgulhosa dela, e também de mim, como estagiária. Orgulhosa também do nosso vínculo!
Mas com o tempo, depois de formada, eu fui vendo valor também nos feedbacks que não são ditos. Aqueles que realmente são sentidos. Quando o paciente consegue dizer não, quando ele muda uma perspectiva ou quando chega empolgado porque conseguiu valorizar algo que antes era difícil. Aquelas mudanças que a gente vê no olhar do paciente uma leveza.
Essas são as intervenções que não ditas, mas que fazem uma baita de uma diferença não só na vida dos pacientes, mas também nas nossas vidas, como psicólogas(os).
Tanto as que são ditas, quanto as que não são, a cada dia eu consigo enxergar o quão a Psicologia atravessa a vida das pessoas, e é exatamente por isso que eu sou imensamente grata e apaixonada por ela.
Sem dúvidas, eu realmente amo essa profissão!