Núcleo de Psicologia Clínica e Psicossomática - Icaraí, Niterói

Núcleo de Psicologia Clínica e Psicossomática - Icaraí, Niterói Serviços em Psicologia - marque sua consulta - informações - Psicoterapia, Somatic Experiencing.

Núcleo de Psicologia Clínica e Psicossomática
Marcação de consultas: (21) 98777-8141 ou 2705-1023
(Não aceitamos convênios)

www.clinicapsic.com.br

Oferecemos tratamento Psicológico de Pânico, Depressão, Fobias, Estresse, Traumas, Problemas de Relacionamento, Distúrbios Psicossomáticos, entre outros. Psicólogo Clínico (UFRJ), com formação em Psicoterapia Reichiana (formações no Brasil e na Inglaterra - Centre for Orgonomic Research and Education), Gestalt), Somatic Experiencing®, Psicologia Biodinâmica, Pranic Healing, Hipnose Ericksoniana, entre outras abordagens psicoterápicas. Membro da European Association for Body-psychotherapy (EABP) e da Associação Brasileira do Trauma (ABT). Contatos: 2705-1023 / 98777-8141

Atendimento com hora marcada:

SHOPPING ICARAÍ - sala 1920
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Há um tipo de pensamento que não nasce no esforço, na análise, nem na vontade.Ele nasce na sua ausência.Quando o eu deix...
17/11/2025

Há um tipo de pensamento que não nasce no esforço, na análise, nem na vontade.

Ele nasce na sua ausência.

Quando o eu deixa de vigiar, controlar, explicar e concluir, uma camada mais precisa, e menos ruidosa, assume o comando.

Essa camada não opera em palavras.

Opera em arranjos silenciosos, em percepções que antecedem a percepção, em conclusões que surgem como se viessem de outro lugar, mas que sempre vieram de dentro.

É no intervalo, na distração, no vácuo de exigência que o sujeito real trabalha.

Não o sujeito que performa, mas o sujeito que pensa quando ninguém está olhando, nem mesmo você.

A análise, feita com rigor, não tenta te tornar mais consciente.

Ela te aproxima dessa inteligência subterrânea que só opera quando você não está ali para interferir.

A análise não aumenta a sua presença, ela te ensina a se ausentar do jeito certo.

Há um despertar que não é espiritual, nem psicológico.É perceptivo.Um dia, você percebe que viveu anos com uma nitidez b...
17/11/2025

Há um despertar que não é espiritual, nem psicológico.

É perceptivo.

Um dia, você percebe que viveu anos com uma nitidez baixa, tolerando meias-compreensões como se fossem verdades.

E, quando essa opacidade se dissolve, o mundo revela uma complexidade que antes você não conseguia suportar.

Não é culpa, é maturação.

Enxergar não é automático: é aprendizado.

A análise não te faz “ver mais”.

Ela te ensina a sustentar o que aparece quando você finalmente vê.

E esse ato, o de permanecer diante do real sem encurtá-lo,
é o verdadeiro sinal de que você deixou de estar dormente.

Há um ponto da vida em que não se trata mais de analisar, entender ou interpretar.Trata-se de assumir.Assumir aquilo que...
15/11/2025

Há um ponto da vida em que não se trata mais de analisar, entender ou interpretar.

Trata-se de assumir.

Assumir aquilo que você vem adiando por anos:
a responsabilidade por si mesmo.

Responsabilidade aqui não é culpa, é lugar.

É a posição interna que você escolhe ocupar.

E enquanto você ocupar a posição de alguém que reage à vida, a vida continuará te arrastando.

O que mais te aprisiona não são os outros,nem os acontecimentos, nem o passado.

É o hábito de fugir de si.

Fugir da clareza que você já tem.

Fugir do incômodo que revela que você está indo contra o que deseja.

Fugir da coragem que te exigiria uma decisão.

A verdade é simples: você sabe o que precisa fazer.

Só não suporta admitir o que terá que abandonar para fazer.

Mas chega um momento em que continuar adiando dói mais do que enfrentar.

E quando esse momento chega, a vida começa, finalmente, a se mover.

Não porque o mundo muda, mas porque você muda de posição.

E, quando muda de posição, descobre que aquilo que chamava de limite era apenas a consequência de permanecer no mesmo lugar.

O resto é consequência.

E consequência, ao contrário da armadilha que você vivia,
é liberdade.

Há um ponto no trabalho interno, seja na análise, seja na vida, em que não é mais possível sustentar a história que você...
15/11/2025

Há um ponto no trabalho interno, seja na análise, seja na vida, em que não é mais possível sustentar a história que você contou sobre si mesmo.

Não importa o quão refinada, coerente ou bonita ela seja.

O enredo simplesmente não fecha mais.

É nesse momento que o sujeito sente uma espécie de fadiga moral.

Não do mundo, de si mesmo.

Da própria narrativa.

Da própria encenação.

Do teatro silencioso que fez durante anos para continuar funcionando.

E algo importante acontece quando essa fadiga chega: a ficção começa a descolar da pele.

E, por mais desconfortável que seja, é também um alívio.

Porque você percebe que havia uma energia imensa sendo gasta para manter uma mentira viva.

Uma mentira refinada, elegante, razoável, mas ainda assim uma mentira.

E o mais curioso é que, quando essa mentira cai, você não encontra caos.

Encontra simplicidade.

Uma simplicidade dolorosa, mas real, sólida, incontornável.

Você encontra aquilo que sempre tentou adiar: a própria responsabilidade por existir.

Não responsabilidade no sentido moral, mas no sentido mais profundo: o que você faz com aquilo que é?

A análise, sem precisar ser dita, opera aqui.

No lugar onde você se confronta com a parte de si que você não controla, não domina, não organiza.

A parte de si que te escolhe antes de você escolher qualquer coisa.

E é por isso que o deslocamento não é suave.

Ele tende a parecer queda.

Mas não é queda: é a devolução de você a si mesmo.

Quando o sujeito chega aqui, ele descobre algo que nunca mais desaprende: a vida não muda quando você decide.

A vida muda quando você não consegue mais sustentar quem você era.

Esse é o verdadeiro começo.

E tudo o que vem depois é só consequência.

A maior descoberta de um processo profundo, seja na análise, seja em qualquer trabalho sério de transformação, nunca é u...
15/11/2025

A maior descoberta de um processo profundo, seja na análise, seja em qualquer trabalho sério de transformação, nunca é um insight bonito.

É o momento em que a pessoa percebe, quase com vergonha, que sustentava uma ficção sobre si mesma.

Uma ficção muito bem racionalizada, coerente, razoável… mas ainda assim, uma ficção.

E o mais desconcertante não é perceber a mentira.

É perceber o quanto você precisava dela.

Porque a maioria das pessoas não teme a verdade,teme o que precisaria fazer depois de reconhecê-la.

Teme reorganizar a própria vida, desfazer pactos, abandonar papéis, atravessar silêncios, tomar decisões que não cabem mais dentro das histórias que contou para si mesma para conseguir sobreviver aos dias.

E há algo quase irônico nisso: os sintomas não são punições.

São maus acordos que você fez consigo para não encarar aquilo que já sabia.

No consultório, quando isso aparece, quase sempre vem acompanhado de um silêncio específico.

Um silêncio que não pede co***lo, nem acolhimento, nem explicação.

Ele só se instala.

Quem já passou por isso sabe: é um daqueles momentos em que o sujeito percebe que não pode mais voltar ao modo de vida anterior, mas ainda não tem o novo.

É um entre-lugar, desconfortável, honesto e profundamente transformador.

A partir dali, começa a nascer algo raro: um sujeito em posição de autoria, não de repetição.

Alguém que deixa de ser empurrado pela vida e começa a fazer o movimento de dizer “agora é por aqui”.

E não é um despertar leve.

É uma queda precisa.

Mas é na queda que se perde o que era falso e se recupera o que era necessário.

Se isso tocou algo em você, talvez seja porque uma parte sua já sabe: há um ponto da vida em que carregar ficções dói mais do que enfrentar verdades.

Existem dores que não deixam hematomas, mas deixam arquitetura.Marcam o jeito de respirar, de amar, de escolher, de exis...
13/11/2025

Existem dores que não deixam hematomas, mas deixam arquitetura.

Marcam o jeito de respirar, de amar, de escolher, de existir.

Uma delas é essa: crescer sendo o suporte emocional de adultos que nunca se sustentaram.

Isso não acontece só quando há violência explícita ou abuso direto.

Acontece no cenário muito mais comum (e silencioso) das famílias onde: um adulto é frágil demais, outro é instável demais, outro é ocupado demais, outro é problemático demais.

E a criança “boa”, “fácil”, “madura” vira o contrapeso do caos.

O sujeito que nasce disso aprende a sobreviver assim:

– evitar conflito para não acionar bombas emocionais dos outros;

– ser competente para não ser mais um peso;

– ser lúcido para tentar prever o que pode machucar;

– ser compreensivo para não ser abandonado;

– ser responsável para não contribuir com o descontrole alheio.

Esse script vira identidade.

Vira a única forma de existir sem se sentir culpado.

Na vida adulta, o efeito é devastador: o sujeito se torna funcional demais para entrar em colapso, mas solitário demais para se sentir vivo.

Ele entende todos os traumas da família.

Reconhece todos os padrões.

Lê tudo, estuda tudo, se trabalha.

Mas, no fundo, continua preso na mesma equação infantil:

“Se eu for leve, eles não quebram.”

“Se eu for forte, eles não vão me perder.”

“Se eu for impecável, ninguém vai me machucar.”

Esse é o tipo de ferida que terapia bem feita não acaricia, expõe.

Não para torturar, mas para devolver ao sujeito o que lhe foi arrancado: a possibilidade de existir fora da função que lhe foi imposta.

Porque, enquanto você viver como solução para uma história que não é sua, nunca terá coragem de escrever a sua própria.

E, no fim, a pergunta que realmente importa é simples, brutal e libertadora:

Quando é que você finalmente vai parar de carregar uma casa que nunca te carregou?

Um trabalho sério sobre si não vem em forma de espetáculo.Não é fogos, não é “agora tudo fez sentido”, não é roteiro de ...
11/11/2025

Um trabalho sério sobre si não vem em forma de espetáculo.

Não é fogos, não é “agora tudo fez sentido”, não é roteiro de superação.

É algo bem menos vendável: um estranhamento contínuo diante da própria repetição.

Você ainda sente o que sempre sentiu.

Ainda se irrita, ainda se apega, ainda teme, ainda fantasia.

A diferença é que, onde antes havia só automatismo, começa a haver testemunha.

Você se flagra.

Vê o movimento no momento em que ele acontece, não só depois do desastre.

Esse “me ver enquanto faço” é o ponto de virada que ninguém posta em print.

Porque ele não é glamouroso.

Ele desmonta a ideia de destino imutável e desmonta, junto, a ideia de que basta “querer muito” para mudar tudo.

Entre a impotência dramática e a onipotência infantil, aparece algo mais difícil: responsabilidade adulta.

Responsabilidade aqui não é culpa, não é autoataque, não é vigiar-se como um policial interno.

É saber que, por maior que tenha sido o estrago da sua história, hoje existe uma margem.

Pequena, incômoda, mas real.

Uma fresta em que você pode não repetir na mesma intensidade, com a mesma cegueira, o mesmo roteiro de sempre.

E ninguém pode caminhar essa fresta por você.

O efeito mais honesto de uma análise não é transformar sua vida em exemplo.

É torná-la menos mentirosa para você mesmo.

Menos automática.

Menos guiada por respostas prontas herdadas de dor, medo ou necessidade de agradar fantasmas.

Você não sai ileso.

Sai menos protegido e mais verdadeiro.

E é precisamente essa perda das velhas proteções que muitos confundem com ataque, dureza, falta de acolhimento.

Quando, na verdade, é o maior gesto de respeito: tratar você como alguém capaz de sustentar a própria existência sem se esconder atrás de enredos prontos.

Não é sobre virar “melhor”.

É sobre perder o luxo de viver no piloto automático.

E começar, enfim, a responder por aquilo que escolhe manter, mesmo quando ninguém está olhando.

Há formas grosseiras de recusa da realidade: explosões, rompimentos dramáticos, ataques diretos.E há a versão elegante, ...
10/11/2025

Há formas grosseiras de recusa da realidade: explosões, rompimentos dramáticos, ataques diretos.

E há a versão elegante, socialmente aceitável, quase sempre elogiada: a de quem nunca se decide plenamente sobre nada importante.

Esse sujeito é visto como sensato, sensível, ponderado.

Não xinga, não entra em guerra, não rompe feio.

Mas também não entra inteiro em lugar nenhum.

Mantém reservas em tudo: no amor, no trabalho, na terapia, em si mesmo.

Não é falta de inteligência.

Ao contrário: é inteligência a serviço da proteção.

Sabe prever as consequências de uma escolha mais honesta, um término, um “basta”, um “sim” que terá que sustentar depois.

Então cria um modo de vida onde tudo f**a em suspenso.

Assim, ninguém o acusa. Nem ele mesmo.

Uma clínica séria não vem desmoralizar isso, nem chamar de preguiça ou evitação barata.

Lê como sintoma de algo mais fundo: o medo legítimo de perder amor, lugar, imagem, pertencimento, caso se autorize a desejar algo que não caiba no script.

A intervenção não é grito nem sermão.

É o espelho preciso que, em algum momento, devolve:

“Percebe que, dizendo que não escolhe, você já escolheu manter tudo como está?”

Esse tipo de enunciado dói não porque humilha, mas porque arranca o conforto da inocência permanente.

Te coloca no mesmo patamar humano que você conhece nos livros, mas evita aplicar a si próprio: alguém que, ainda ferido, ainda condicionado, ainda com medo, continua produzindo efeitos pelo que faz, e pelo que se recusa a fazer.

Desestabilizar o conhecido, aqui, não signif**a mandar você largar a vida.

Signif**a retirar o truque: a ideia de que suas não-escolhas não são escolhas.

O resto é simples (e difícil): talvez não seja sobre mudar tudo, mas sobre assumir um passo mínimo, concreto, hoje, que desminta a velha história de impotência total.

Esse deslocamento é cortante, clínico, pouco vistoso.

Mas quem sente, sabe: é desse ponto seco, sem espetáculo, que começa, enfim, uma vida em que você não é só espectador, é responsável.

E isso, longe de ser condenação, é o primeiro sinal de respeito por si.

Um dos efeitos mais silenciosos  (e mais sérios) de um processo terapêutico honesto não é “melhorar o humor”, “pensar po...
09/11/2025

Um dos efeitos mais silenciosos (e mais sérios) de um processo terapêutico honesto não é “melhorar o humor”, “pensar positivo” ou “fazer as pazes com tudo”.

É muito menos vendável do que isso: é perder o conforto das explicações prontas.

A história de cada um importa, e muito.

Traumas existem, violências existem, falhas graves de cuidado existem.

Não é ficção, não é frescura, não é “vitimização”.

Ignorar isso é desonesto e cruel.

Mas há uma segunda camada: o uso que fazemos do que nos aconteceu.

O ponto em que a dor, legítima, vira também abrigo.

Vira moeda para proteger o próprio medo de arriscar de outro modo, amar de outro jeito, trabalhar de forma mais alinhada, falar com menos faz-de-conta.

Ninguém faz isso por maldade.

Faz porque é humano defender o pouco que funcionou.

O corte clínico não está em culpar o sujeito.

Está em recusar a fantasia de que ele é só resultado do que fizeram com ele.

Reconhecer o dano sem eternizar o lugar.

Colocar luz na zona cinzenta onde não há algoz evidente,
só um conjunto de pequenas escolhas que mantêm vivo um sofrimento já conhecido.

Não se trata de moralizar: “assuma, cresça, pare de reclamar”.

Trata-se de algo mais duro e mais digno: aceitar que ninguém virá ordenar por fora aquilo que só pode ser reordenado por dentro.

Aceitar que continuar igual também é decisão, mesmo quando tomada no automático.

Essa percepção não traz paz imediata.

Traz um certo silêncio desconfortável, que muitos confundem com vazio.

Na verdade, é espaço.

Espaço onde, pela primeira vez, o sujeito pode operar sem tanto teatro interno: menos historinha, mais gesto; menos justif**ativa, mais critério; menos necessidade de um vilão, mais compromisso com aquilo que ainda pode ser feito, apesar de tudo.

Não é espetacular.

Não rende slogan.

Mas é o tipo de deslocamento que, quando acontece, não volta atrás.

E é aí, justamente aí, que uma análise bem conduzida mostra seu efeito: não salvando ninguém, mas retirando, com precisão, o luxo de permanecer inocente dentro da própria vida.

Passamos boa parte da vida tentando ser compreendidos.Mas o olhar do outro nunca é neutro, ele atravessa nossas feridas,...
06/11/2025

Passamos boa parte da vida tentando ser compreendidos.
Mas o olhar do outro nunca é neutro, ele atravessa nossas feridas, nossos disfarces, nossos restos.

E sempre falta um pedaço.

Essa falta, por muito tempo, parece dor.

Depois, revela-se liberdade.

Porque ninguém precisa nos ver por completo para que sejamos reais.

O que escapa é o que nos mantém autênticos, a parte que não cabe na imagem, nem na aprovação, nem no entendimento.

Na análise, o sujeito aprende a habitar o que não se mostra.

A perceber que a verdade não é o que se revela,
mas o que resiste em permanecer velada.

O humano começou antes do que ele chama de “eu”.Tudo veio pronto: o olhar que ensina a forma, o tom que define o permiti...
05/11/2025

O humano começou antes do que ele chama de “eu”.

Tudo veio pronto: o olhar que ensina a forma, o tom que define o permitido, o gesto que organiza o possível, o silêncio que ensina a ocupar o mínimo.

Chamaram isso de criação. Foi inscrição.

E o resto da vida virou defesa do molde contra o risco de dissolvê-lo.

Quando a cultura atual fala de autenticidade, fala de decoração do molde.

Quando fala de trauma, fala de narrativa que protege da pergunta mais assustadora:

E se nada me fizeram?

E se eu apenas me tornei aquilo que o ambiente comportava?

E se a grande dor não foi ter sido ferido mas ter sido esculpido sem testemunha?

Esse momento não humilha. Ele desencaixa.

E no desencaixe, algo novo aparece não a criança, não o ferido, não o personagem, não o iluminado.

Apenas alguém sem roteiros antigos, sem desculpa ontológica, sem mito pessoal.

Não venceu.

Não perdeu.

Apareceu.

Isso não brilha.

Não vende.

Não se exibe.

Não emociona.

Não te dá identidade nova.

Te dá realidade.

E realidade, quando chega, não acolhe nem destrói.

Ela retira o cenário.

E você descobre que nunca precisou dele para existir.

A verdade, quando chega, não grita.Ela expõe.O “eu” não nasceu como escolha.Nasceu como adição de gestos que garantiam p...
05/11/2025

A verdade, quando chega, não grita.

Ela expõe.

O “eu” não nasceu como escolha.

Nasceu como adição de gestos que garantiam permanência.

Você aprendeu quem era observando o que sua presença gerava nos outros.

O ritmo deles virou o seu.

As falhas deles viraram sua régua.

A carência deles virou sua bússola.

A negligência deles virou seu instinto.

A dureza deles virou sua ética.

A fragilidade deles virou sua missão.

A imprevisibilidade deles virou sua antena.

A ausência deles virou sua casca.

E nada disso foi percebido como estranho porque para a criança, o que mantém viva é o que é real.

Dor normaliza.

Falta educa.

Tensão vira reflexo.

Silêncio vira moral.

E você chama tudo isso de personalidade.

Não há culpa aqui. Há estrutura.

E estrutura só se move quando vista sem romance e sem rancor.

Não é sobre “meus pais”, “meu passado”, “meus traumas”.

É sobre como o organismo aprendeu a existir num mundo que podia falhar com você e fez o que era preciso para não colapsar.

Você não precisa destruir isso. Só não precisa mais obedecer.

A lucidez não tira sua história.

Só devolve a direção.

Alguns preferem o mito do “sou assim”.

Outros sustentam olhar a engrenagem.

Esses últimos, às vezes, começam a existir pela primeira vez.

Endereço

Rua Ator Paulo Gustavo, 229, Sala 1920/Icaraí/Niterói
Niterói, RJ
24230052

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Terça-feira 09:00 - 17:00
Quarta-feira 09:00 - 17:00
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