01/12/2025
Por que a misoginia deve ser crime?
Misoginia não é apenas um comportamento repulsivo ou uma opinião ofensiva — é um padrão estruturado de ódio e desvalorização às mulheres, que se expressa em violência física, psicológica, moral, patrimonial ou institucional. Esse preconceito de gênero legitima abusos, silencia vozes, reduz a autonomia feminina e reforça desigualdades graves. Diante da persistência desses atos, é urgente que a misoginia seja criminalizada de modo claro e efetivo, com força de lei; somente assim poderemos garantir proteção, justiça e igualdade de direitos. O avanço recente no Congresso, com a proposta de incluir a misoginia na Lei do Racismo, é um passo importante — mas é necessário mobilização, conscientização e fiscalização para que isso se traduza em proteção real e mudanças culturais.
Três casos recentes que expõem o horror da violência de gênero
Violência no CEFET‑RJ — Durante o fim de semana, duas funcionárias do CEFET foram vítimas de ataque extremo, em mais um episódio violento que chocou a comunidade. Este caso evidencia como a violência contra a mulher pode atingir espaços de trabalho e institucionalidade, quebrando seguranças básicas e revelando a necessidade de respostas urgentes.
“Calvo do Campari” e a agressão doméstica — O influenciador conhecido como “Calvo do Campari” foi preso na sexta‑feira após espancar a namorada — com tapas, chutes e agressões graves — apenas porque ela negou relações se***is. Apesar da detenção em flagrante, ele foi liberado em audiência de custódia. Esse caso expõe a normalização da violência sob justificativas de “direito sobre o corpo” da mulher e mostra o quanto a impunidade perpetua atrocidades.
- Ataque brutal com veículo — Em mais um episódio cruel, um homem arrancou as pernas da mulher que dizia amar — usando um carro como arma. Essa violência extrema revela o risco físico real que muitas mulheres vivem, mesmo em relações que se apresentam como “amorosas”. Mostra também como o patriarcado pode escalar de abusos psicológicos a crimes gravíssimos de tentativa de feminicídio.
Esses episódios recentes demonstram, de forma dolorosa e urgente, por que a misoginia precisa ser encarada como