14/10/2025
Quando você se acolhe, o cérebro entende: “você está segura.”
Quando você se acolhe conscientemente, com respiração, presença e palavras de gentileza, o seu cérebro realmente muda de estado.
🧠 A amígdala cerebral, estrutura localizada nos lobos temporais, é responsável por detectar ameaças e ativar respostas de medo e ansiedade. Quando você se olha no espelho, coloca a mão no peito e respira devagar, o córtex pré-frontal ventromedial começa a enviar sinais inibitórios para a amígdala, reduzindo sua hiperatividade (LeDoux, 2000; Pessoa, 2017).
💓 Ao mesmo tempo, o nervo vago principal componente do sistema parassimpático é ativado pelo toque e pela respiração lenta e profunda. Essa ativação aumenta a liberação de acetilcolina, neurotransmissor que desacelera os batimentos cardíacos e reduz a pressão arterial, comunicando ao corpo que “o perigo passou” (Porges, 2011).
🫁 Quando a respiração se estabiliza, o sistema límbico se reorganiza e o cérebro interpreta o gesto como um sinal de segurança interna.
Essa resposta é chamada de neurocepção de segurança, conceito desenvolvido por Stephen Porges na Teoria Polivagal, que explica como o corpo e a mente reconhecem quando estão fora de risco.
✍️ Além disso, práticas como escrever para si ou se olhar no espelho estimulam o córtex cingulado anterior e a ínsula, áreas associadas à autopercepção e à empatia — fortalecendo circuitos de autorregulação emocional (Craig, 2009).
Em outras palavras: cada vez que você se acolhe, você ensina o cérebro a escolher o caminho da calma.