28/09/2024
Você já está sabendo das medidas feitas para conter o prejuízo do excesso de telas nos estudantes ?
O Ministério da Educação está elaborando um pacote de diretrizes, dentre os quais incluem o banimento do uso de celulares pelos estudantes em todo o ambiente escolar.
O anúncio deve acontecer em Outubro, mês de comemoração ao dia das crianças e do professor.
O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que estão trabalhando em um projeto de lei pois em uma análise, fazer apenas uma recomendação seria algo frágil.
O ministro Camilo mostrou que os estudos tiveram resultados positivos após o banimento do uso.
Não podemos esquecer algo: É de suma importância que a mente dessas crianças estejam funcionais, ativas e não apenas passivas.
É essencial que, uma vez feito o banimento, essas escolas tenham suporte em tecnologias, abordagens ativas de ensino, profissionais capacitados e engajados na inovação, criatividade, que estimulem a investigação. Que saibam utilizar ferramentas tecnológicas de maneira INTENCIONAL. Investir no esporte, na cultura, na arte, estimulando as diversas formas de expressividade desses adolescentes. Considerem a cultura Maker e gamificação (excelente estratégia de engajamento e motivação).
E não menos importante: Educar TODA a comunidade e família.
A pesquisa do DataFolha elaborada pelo Institudo Alana, de defesa da infância e da adolescência, mostrou que a maioria dos brasileiros (58%) com filhos até 17 anos, dizem acreditar que crianças e adolescentes até 14 anos não deveriam ter acesso ao celular ou tablet.
Mas a pergunta é: Porque então que as pesquisas (TIC Kids On-line Brasil, do comitê da Internet no Brasil) também apontam que 95% das crianças e adolescentes têm acesso?
Para mim, esta conta não está batendo 🤷🏻♀️
Retirar o uso de telefones das escolas é só o começo de um trabalho de desintoxicação que deve iniciar em casa.
Eu insisto em falar sobre posicionamento e mudança de mentalidade, porque estamos em tempos de excesso de permissividade.
E como querido Osiel Basílio bem disse:
“Se a casa não for sua primeira escola, a escola nunca será sua primeira casa”
Entendo que não é sobre excluir, mas dar limite. Limite de tempo, acesso com supervisão, e por que não, eventualmente um jejum para desintoxicar?
Portanto, a educação da família, juntamente com a atitude da escola seria de extrema importância para minimizar esses impactos de forma mais eficaz.
É o que tenho feito desde 2018. E não tem sido fácil. Conscientizar e educar adolescentes, professores e pais.
É um trabalho desafiador, requer muitas dimensões envolvidas e querendo estar ativas nesse processo, mas, não tenho dúvidas de que é possível.
São muitas famílias alcançadas. Atualmente 442 alunos de Escolas parceiras recebem o nosso programa Socioemocional. Professores recebem nossas mentorias e cursos, e responsáveis são orientados.
Não somos o fim, apenas o meio para uma sociedade mais equilibrada e consciente.