20/10/2025
As alterações do frênulo lingual (ou “freio lingual curto”, também conhecido como anquiloglossia) são conhecidas há muitos séculos, mas começaram a ser estudadas de forma mais sistemática na medicina moderna no século XX.
Antiguidade e Idade Média: já se observavam bebês com dificuldade para mamar devido à língua “presa”, e parteiras cortavam o freio com unhas ou instrumentos simples.
Século XIX (1800–1900): médicos começaram a registrar casos clínicos e cirurgias de liberação do freio, mas ainda sem critérios padronizados.
Décadas de 1960–1980: pesquisas começaram a relacionar o frênulo lingual a alterações de fala e sucção, mas ainda sem protocolos diagnósticos claros.
Anos 1990–2000: no Brasil, estudiosos como Irene Marchesan iniciaram pesquisas mais aprofundadas sobre o diagnóstico fonoaudiológico das alterações do frênulo.
2010 em diante: foram desenvolvidos protocolos padronizados para avaliação, como o “Teste da Linguinha” (Protocolo de Avaliação do Frênulo Lingual em Bebês, de Martinelli, 2012), aprovado pelo Ministério da Saúde em 2014, quando se tornou obrigatório em todos os recém-nascidos no Brasil.
Portanto, podemos dizer que as alterações do frênulo lingual são conhecidas há séculos, mas a detecção clínica padronizada começou com pesquisas entre os anos 1990 e 2010, culminando com o Teste da Linguinha em 2012.