01/12/2025
Meu livro não nasceu num cenário organizado, daqueles com aroma de café fresco, silêncio absoluto e uma mesa instagramável. Não... Nasceu do jeito que as coisas verdadeiras nascem: no caos doce do cotidiano!
Nasceu das minhas conversas paradoxais com meu marido, aquelas em que nossos pontos de vista seguem caminhos completamente opostos, mas se complementam de um jeito quase poético: ele, totalmente racional, das exatas, da lógica impecável… e eu... feita de devaneios, intuições, psicanálise e chimarrão que viram momentos de teorias sobre a mente humana.
Nasceu do caos da maternidade, das perguntas filosóficas no pior horário possível, e... por que não? daquela exaustão que, quando olhada de perto, vira metáfora de tudo.
Nasceu, também, dos pequenos absurdos da vida adulta, aqueles que a gente transforma em chiste para não enlouquecer.
Como escreveu Freud no livro O Chiste e sua Relação com o Inconsciente: “O humor não é resignação, é rebeldia do espírito.”
E o meu espírito, sinceramente, sempre foi um rebelde bem-humorado!
Nasceu porque, enquanto lavava a louça, buscava a meia perdida ou me perguntava por que o universo insiste em testar a minha paciência, a mente fazia o que sabe fazer melhor: dançar entre o filosófico e o cômico.
Foi quando percebi que meus devaneios tinham mais coragem do que eu!
E, como escrevi no livro:
“Devaneios são momentos em que a mente dança livremente, enquanto a realidade faz uma pausa para o café.”
Meu livro nasceu exatamente dessa dança, entre filosofia e roupa no varal, entre psicanálise e arroz querendo queimar, entre amor e debates que começam no “coloca o lixo pra fora” e terminam no sentido da vida.
Ou, para ser ainda mais honesta:
Nasceu no momento em que me perguntei…
“E se eu tivesse coragem de escrever?”
E o resto eu deixo que você descubra, em breve...