Clínica Obstare
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Respeito e humanização em todas as fases da mulher, ginecologia, implante e estética íntima.
Endereço
Avenida Doutor Maurício Cardoso, 833 Sala 706
Novo Hamburgo, RS
93510250
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Como chegamos até aqui!
O termo violência obstétrica sempre me pareceu forte. A primeira vez que o ouvi logo pensei em histórias de mulheres que apanhavam em trabalho de parto nos hospitais, nas frias e escuras noites de pequenos hospitais desestruturados para recebê-las. Sai da residência cheia de vontade de trabalhar e atender bem as "minhas pacientes", sempre amei "fazer" partos normais, mas realmente não achava que fazia muita diferença entre "parir por cima ou por baixo", desde que a mãe e o bebê ficassem bem fisicamente. Me orgulhava de ser boa em fórceps e episiotomia, a final eu "salvava" muitos bebês e períneos.
O tempo foi passando e eu "endureci" aos poucos com a realidade da vida após a residência. Atendia no posto de saúde mães despreparadas e muitas vezes desesperadas , com gestações carregadas de sofrimento. Acompanhava resultados péssimos de partos vaginais e comecei a pensar que talvez a cesárea fosse uma opção mais interessante como "parto".
Ainda aceitava pacientes que queriam parto, mas não as estimulava, não mentia uma indicação, mas sempre pronunciava sentenças de desestímulo do tipo " é a pior dor que tu vai sentir" , "uma vez que tu entre em trabalho de parto, a indicação da cesárea é obstétrica" , me considerava a favor do parto normal, mas sem radicalismos. Na época não tinha ideia de que praticava violência obstétrica e se tivessem me acusado, eu teria me enfurecido! Afinal eu fazia plantão no SUS, 72 horas por semana , atendia no posto de saúde , eu "sabia" como as coisas funcionavam!
Então em abril de 2010 tive um beta HCG positivo! Foi uma surpresa assustadora, tinha acabado de entrar no mestrado, estava trabalhando em 5 cidades, com 2 consultórios...mas o amor de ter aquele ser dentro de mim transbordou no mesmo instante em que eu vi o resultado do exame.