01/04/2022
Todas as pessoas já mentiram uma vez na vida. E até há um dia (1 de abril) em que isso é notícia, mas o que fazer quando estamos perante alguém que mente compulsivamente?
Quando a mentira se torna um vício, uma forma de estar na vida, as histórias deixam de ter graça e as consequências para o bem-estar da pessoa e de todos os que a rodeiam pode ser nefasta. A maioria das pessoas faz isso por medo mas, mentir compulsivamente, interfere no julgamento racional, no relacionamento familiar e especialmente social.
A mentira pode ser considerada uma patologia e tem um nome: mitomania. Neste quadro clínico inserem-se as pessoas que contam mentiras compulsivamente. Este tipo de comportamento é causado por um transtorno/perturbação psicológico/a.
Existem várias razões que podem levar uma pessoa a transformar a mentira numa forma de estar na vida. Uma das principais é a necessidade de atenção ou de reconhecimento por parte dos outros, por vezes com o desejo implícito de tirar partido.
Como tratar:
O tratamento de problemas associados à mitomania engloba vários profissionais e áreas de intervenção. O diagnóstico da mitomania pode ser feito pelo médico psiquiatra ou psicoterapeuta após uma avaliação psicológica. Na maioria dos casos, o tratamento envolve acompanhamento psicológico e em pessoas que também apresentem outros quadros psiquiátricos (depressão ou ansiedade) o uso de psicofármacos poderá ser recomendado.
Fora do consultório, existe um apoio que não deve ser negligenciado: a família e os amigos são fundamentais, uma vez que permitem desenvolver relações mais saudáveis de confiança e conforto, e fazem com que a pessoa recupere o autocontrolo e a autoestima.