15/04/2017
Diante das últimas notícias relacionadas ao “desafio da baleia azul” senti-me pessoalmente mobilizado a comentar o assunto. Gostaria de proporcionar alguma ajuda por meio da informação.
O Brasil ocupa a 8º posição no ranking de países com a maior incidência de suicídios, havendo mais de 12 mil casos por ano. No mundo, alguém tira a própria vida a cada 40 segundos! Isso é realmente algo inquietante, e que nos faz pensar “por quê?”.
A pessoa que decide acabar com a própria vida geralmente entende este ato como algo que irá colocar fim ao seu sofrimento, toda a dor que está sentindo irá deixar de existir. Muitas vezes o indivíduo camufla esta dor da sociedade, por ter vergonha ou medo do preconceito. Afinal, você provavelmente já deve ter ouvido (ou dito) que depressão é “frescura”, “fingimento” ou coisa de “quem não tem o que fazer”. Bem, não é! Também já pode ter ouvido que uma ameaça/tentativa de suicídio é algo de quem quer “chamar a atenção”. Pode ser, mas isso não torna o ato menos relevante. Seja porque uma tentativa para “chamar atenção” também pode tirar a vida, seja porque “chamar atenção” é a maneira que a pessoa encontrou de comunicar seu sofrimento.
Esta cultura psicofóbica, totalmente preconceituosa, acaba ocasionando resistência na busca de um tratamento. O indivíduo pode acreditar que aquele sofrimento faz parte dele como sua personalidade, “sempre fui assim”, ou acreditar que não há um tratamento para o mal do qual ele sofre. O primeiro passo para um tratamento, qualquer que seja, é o reconhecimento dos sintomas!
Os acometimentos psicológicos também podem ser incapacitantes, sendo este outro obstáculo. Talvez, a pessoa compreenda que precise de ajuda, saiba o que fazer, mas não possui forças para isso. Ocorrendo algo parecido com o que foi citado, é recomendado que pessoas próximas tomem a iniciativa de buscar um tratamento para o indivíduo.
O tratamento psicológico e psiquiátrico pode tratar, prevenir e controlar. Saúde mental também é importante!
Se você não tem condições de bancar um tratamento particular, em Palmas você pode conseguir auxílio gratuitamente no Posto de Saúde, Centro de Assistência Psicossocial (CAPS) ou no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS).
Marcelo Restelli
CRP - 08/22479