Psicóloga Isaura von Zuben

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Psicóloga Isaura von Zuben

Reflexões sobre as complexidades e individualidades do ser humano,
Como lidar com as diversas forma

27/09/2022

Assim como os adultos as crianças são capazes de amar e também sofrem com a morte de uma pessoa querida.
O luto das crianças está diretamente relacionado a forma como os adultos a sua volta estão lidando com aquela perda, em muitas famílias não se fala sobre a morte e o fato de algumas crianças não se expressam com palavras, não quer dizer que não estejam sofrendo.

Quando for falar de morte com sua criança seja sempre honesto e verdadeiro. Usar a palavra MORTE é muito importante. Evite suavizar a expressão como “descansou”, a criança pode associar o descanso com morte, não diga que dormiu, logo ela ficará com medo de dormir ou de quem ela ama durma. Dizer que viajou também não é boa escolha pois não é uma atitude verdadeira e pode gerar pensamentos mágicos e fantasiosos.

Muitos dizem que a pessoa querida virou uma “estrelinha”. Crianças pequenas estão na fase do desenvolvimento cognitivo concreto, logo ela imagina que de fato o ente querido se materializou em uma estrela, o que não é nada seguro e honesto.

Isso tudo são estratégias dos adultos em tornar leve ou contornar a morte, algo que não é possível, pois a criança está inserida na família e sente tudo a sua volta.

Claro que temos que levar em conta em que fase do desenvolvimento cognitivo a criança se encontra.

Porém se você conseguir explicar esses 3 conceitos, já ajudará bastante!

Ao falar da morte com as crianças, se atentem a esses 3 conceitos básicos:

- Universalidade
- Não funcionalidade
- Irreversibilidade

Já compartilha com quem precisa saber disso! 🤍

Para saber mais sobre esse tema, agende um horário.
Contato no link da bio📱

21/09/2022

A imagem da Princesa Charlotte de 7 anos, filha do Príncipe Willian e da Princesa de Gales Kate Middleton chorando no velório da bisavó Rainha Elizabeth II rodou o mundo e levantou uma questão importante, levar ou não as crianças em funerais.

Devemos entender primeiro que os rituais fúnebres existem não só para a manifestação do luto coletivo, mas também para ajudar na elaboração da perda. Precisamos “ver para crer” e com isso criamos ferramentas e recursos que ajudam na elaboração da m@rte.

Nós adultos temos dificuldade em lidar com a própria dor e regular as emoções das crianças passa a ser também uma tarefa bem complicada, principalmente em uma sociedade em que não há uma educação para a m@rte, onde não aprendemos a falar sobre esse tema e sendo assim, o que não se aprende não se pode ser ensinado.

As crianças tem plena capacidade de amar, portanto também sofrem ao perder alguém especial, elas sentem e vivenciam o processo de luto, assim como os adultos.

Se a criança faz parte do núcleo familiar por que excluí-la do processo que ajuda na elaboração da perda? As crianças são capazes de perceber tudo a sua volta. Elas precisam saber que aquela pessoa MORREU, sem eufemismos, caso contrário irá criar fantasias nada saudáveis a respeito do “desaparecimento” da pessoa querida.

Devemos ser respeitosos, honestos e sempre levar em consideração os limites cognitivos e emocionais da criança. Deixa-la à vontade também se não quiser ir.
Na dúvida procure um profissional especialista em Luto para mais esclarecimentos sobre esse assunto.

Fez sentido aí?🤍

Para atendimentos link na bio

15/09/2022

Dando continuidade ao projeto Saindo do Casulo, a prosa de setembro será com a jornalista Rackel Accetti que em setembro de 2020 teve sua vida modificada para sempre.
Rackel criou o insta para dar voz ao seu luto e alcançar mais pessoas que também estão em sofrimento.
Nessa live ela irá compartilhar com a gente seus processos de lutos e lutas após perder sua avó materna e sua mãe ano passado, em período curto pelo Covid -19.
Foram perdas significativas e repentinas. Como seguir em frente sem os dois alicerces de sua vida?
Tenho certeza que será uma história emocionante repleta de lutas e crescimento.

Quinta feira dia 22/09 as 19h

Um momento para compartilhar a dor, a história. Vem com a gente ! Pode reconhecer, se identificar e trocar experiências. Ajuda muito.
Compartilhe com quem já pode se beneficiar!

13/09/2022

Infelizmente, para algumas doenças graves que progridem apesar do tratamento, nem sempre temos a cura.

Porém, para o ser humano que sofre nessa trajetória, sempre teremos o que fazer.

Diante da doença grave, o sofrimento não é somente físico. Vem a dor total, emocional, social, familiar, espiritual. Essa dor paralisa, aprisiona. Quando cuidada, surge a possibilidade de ser transformada, libertada, curada.

Mesmo com as nossas limitações humanas, podemos continuar cuidando uns dos outros com o possível de cada um. Para isso, precisamos de conhecimento, compaixão, coragem e criatividade.

Vamos conversar sobre essas questões tão importantes no nosso encontro presencial dia 08/10, no Instituto Neuron em Campinas.

Até lá!

11/09/2022

Quando digo que trabalho com Luto as pessoas se assustam, algumas dizem que é mórbido, triste e pesado.
Entendo que a morte ainda é um tabu em nossa sociedade, que ainda é estranha, desconhecida e que ainda não há uma educação para a morte no Brasil - não somos preparados para perder.
No entanto o que as pessoas não sabem é que, falar de luto, nada mais é do que falar de AMOR.
Falar de luto é recontar o passado , é falar de laços de afetivos , de histórias de vida e pessoas especiais. Falar de luto é falar de VIDA.
Sempre digo que a dor do luto é proporcional ao amor vivido e não conheço ninguém que tenha se arrependido de ter amado demais 🤍

09/09/2022

“Boas memórias são nossa segunda chance para a felicidade”
Essa frase da Rainha só reforça o quanto as memórias afetivas fazem parte da construção dos significados da nossa existência. Do quanto podemos deixar memórias nas pessoas e o quanto isso gera felicidade, amor e sentido e permanência.

A rainha Elizabeth ll , uma mulher forte liderou com sabedoria a Inglaterra por 70 anos e entregou sua vida a favor de um povo. Morreu aos 96 anos de idade, deixando memórias não só ao povo britânico, como também ao mundo inteiro.

O que somos sem nossas memórias? Nossa identidade é expressa através dela, de onde nascemos, das nossas relações pessoais e familiares, das músicas que gostamos, dos sabores e até dos desamores.
Uma nação não é feita apenas de um hino e uma bandeira, ela é feita através de pessoas que têm memórias que expressão suas identidades.
Uma pessoa sem memória é uma pessoa sem identidade.

As memórias que o tempo não apaga eu chamo de relíquias. Relíquias que nós agarramos junto o luto de quem amamos.

Lembro muito bem das minhas memórias no luto: Leitoa a pururuca feita pela minha avó Estela e as apresentações com meu avô Arnaldo e meus primos em finais de ano no Natal, aquele pudim de leite condensado partido cirurgicamente para que todos da família pudessem comer...

São essas pequenas coisas que enriquecem quem somos por dentro e que permanecem eternamente dentro de nós.

Abrace suas memórias, seus momentos bons, e se enriqueça disso. Se abra para vivenciar o que te tornou feliz tantas vezes e que hoje pode ser uma lembrança distante.

Descanse em paz, rainha!

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07/09/2022

Términos de namoro, perdas de emprego, conflitos, esses são os gatilhos (a gota d’água), mas não podem ser considerados a causa do suicídio.

“E o que causa um suicídio?”
Essa é uma pergunta que escuto frequentemente.
Esperam uma resposta simples, uma causa, uma explicação que resolva o mistério.

A minha resposta costuma ser uma outra pergunta...

"O que faz alguém sofrer?"

A resposta dessa minha pergunta, fará você entender o porquê da prevenção do suicídio ser uma arte da escuta.

Cada caso é um caso.

Se quiser entender o suicídio, se quiser prevenir um suicídio, não olhe a pessoa por um ângulo só.

Além disso, é importante lembrar que essa busca por entender as motivações, só faz sentido enquanto essa pessoa estiver viva (para tentar atuar preventivamente), a busca de respostas por curiosidade (quando ocorre um suicídio), pode ser algo invasivo e produzir sofrimento nas pessoas próximas!

01/09/2022

Eu sinto muito por você que está passando por esse tipo de luto. Não dá para explicar de forma simples o que é perder alguém pelo o suicídio. Quem perde uma pessoa querida nessas condições, enfrenta muitas batalhas em silêncio, como o preconceito da sociedade, a incompreensão, a culpa que corrói a alma, a vergonha. Tudo isso somado ao desespero que a morte traz, gera uma carga emocional enorme que beira ao insuportável.
Eu sei que esse tipo de morte te rouba o direito de falar abertamente sobre o acontecido, e te põe frente a situações que a maioria de nós jamais imaginou ter que passar, te faz perder a fé e, muitas vezes a vontade de viver.
É uma perda muito singular.
E sei também que muitos de vocês que estão lendo essa carta aberta agora e que me acompanham no insta Isaura von Zuben Lemos / Luto], já viveram esse tipo de perda e estão aqui para tentar encontrar respostas, para tentar dar significados, para tentar compreender os sentimentos envolvidos e acima de tudo: para estar em um espaço onde o silêncio sobre o suicídio não é necessário.
Eu gostaria de poder dizer algumas poucas palavras que amenizassem a dor de vocês.
Mas para um sofrimento complexo, não existe solução simples.
O que eu posso oferecer nesse momento, é um espaço onde essa dor é validada. Onde a perda e o impacto dela recebem a devida importância.
O que eu tenho a oferecer, é a minha aposta, de que "falar é a melhor solução".
Por meio das palavras você pode ir curando da sua ferida e no seu devido tempo ir dando novos tons para sua vida que já foi um dia cheia de cores.
Por isso, é importante que você, sobrevivente, busque ajuda.🎗

Com todo meu amor,
Isaura von Zuben Lemos / Luto]

30/08/2022

Perder um filho é como ter o coração e os pulmões arrancados em meio a multidão sem ser notados.As pessoas só reparam na sua aparência e não no que se passa dentro de você, no que você está sentindo.
Eles insistem para que você continue vivendo como antes, mas como? Não venha me dizer que a morte de um filho é um aprendizado. Não é!
A dor de perder um filho não nos ensina nada!
A dor do luto não é uma universidade da qual se sai graduado, pelo contrário, saímos esvaziados de sentido , saímos sem profissão, sem futuro, sem crença alguma sobrevivente, sem esperança e sem a motivação do amanhã, saímos com muito menos de quando nascemos.
É tristeza para anestesiar uma existência inteira.
Não se supera a morte de um filho, não se supera a morte de que se ama, se tenta sobreviver a cada dia, sem um pedaço do seu próprio corpo.
Meu abraço carinhoso a todos os pais que assim como eu, já perderam filhos 🤍🩹

Inspirado em

27/08/2022

Hoje é dia do Psicólogo

22 anos separam essas fotos.
Todos esses anos dando apoio, suporte e acolhimento a todos que por mim passaram.
Espero poder contribuir por muito por muito tempo🙏🏼

A todos meus colegas de profissão: parabéns pelo dia de hoje 🌹

Endereço

Avenida Perimetral 3889
Passos, MG
37903-002

Telefone

+5535988766188

Site

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